A bronca foi a seguinte: o Facebook ao implementar o Beacon assumiu que todos os seus usuários concordavam com este tipo de interação, algo como se o site entrasse na conversa entre você e sua rede de amigos, indicando produtos, claro, baseado no comportamento e perfil.
O erro foi não dar ao usuário a opção de escolha e assumir que todo mundo estaria feliz e contente de participar da brincadeira. Querendo dar um passo a mais na observação tradicionalmente praticada por outros grupos (preciso explicar que qualquer rede de varejo sabe o que, quando e quantas vezes você comprou com seu cartão de crédito, não né?), o Facebook correu o risco de se transformar num BigBrother do e-commerce.
Apesar de seus executivos garantirem que apenas uma minoria manifestou-se contrária a implantação do Beacon, o Facebook anunciou esta semana que agora, a cada compra o usuário será perguntado se quer ou não exibir este "movimento" em sua rede de amigos.
Se esta moda pegar o boom das redes sociais pode dar um passo atrás. Se tem uma coisa que o pessoal das redes sociais odeiam é a invasão sem permissão. O pior é que o pessoal do Facebook é do ramo e deveria saber disso.
Paulo Rubini
Consultor de Marketing
Fonte: New York Times
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