quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O que vai rolar no Marketing Digital em 2012


Principais tendências do marketing digital em 2012
Com base no que temos visto no Brasil e também em palestras e seminários dos quais tivemos oportunidade de participar no exterior, enumeramos algumas das principais tendências do marketing digital no Brasil em 2012.
Pequenas e médias empresas adotarão definitivamente o marketing digital
Que o marketing na Internet já era uma tendência ninguém duvidava, o problema é que muitas empresas parecem ter ignorado isso e agora estão tendo que correr atrás do tempo perdido. A presença de pequenos e médios empresários em nossos cursos sobre marketing digital é cada vez maior, disputando espaço com estudantes de marketing e publicidade que sempre foram a grande maioria nesse tipo de treinamento. A tendência é que em 2012 as pequenas empresas se rendam finalmente a mídia digital, o que deve provocar um sensível aumento da demanda por este tipo de serviço e profissionais do setor.
Presença online com mais engajamento nas mídias sociais
No rastro da revolução das mídias sociais as empresas deverão buscar cada vez mais engajamento em suas ações online. As ações de reforço de marca deverão ter uma estrutura que permita um engajamento maior do público criando uma relação de confiança entre a empresa e seu público-alvo. A tendência para o marketing nas mídias sociais em 2012 é uma busca cada vez maior por parte das empresas por um lugar de destaque em mídias simpáticas aos brasileiros como Facebook, Twitter e ainda o Orkut.
Social Media Optimization
O marketing nas redes sociais dependerá cada vez mais de conteúdo relevante e essa parece ser o maior problema para as empresas no Brasil. O marketing passivo nas redes sociais não surte mais efeito e a tendência é que o público fique cada vez mais exigente. A tendência é que o SMO venha a ganhar um status próximo ao que o SEO possui atualmente no marketing de busca. As próprias ferramentas de busca já estão utilizando o critério de relevância para ponderar as menções nas redes sociais.
Aumento do custo de links patrocinados
Cada vez mais empresas buscam no marketing digital um novo canal para a divulgação de seus produtos e serviços. Com isso, a tendência para 2012 é que o custo de links patrocinados volte apresentar uma alta em relação a este ano já que o espaço continua o mesmo, mas cada vez mais anunciantes buscam anunciar neste canal. Essa tendência deve ser ainda mais sensível tendo em vista que muitas empresas não dominam as técnicas de utilização do AdWords e por isso forçam uma alta desnecessária dos preços por palavra-chave. O Google agradece.
SEO cada vez mais refinado
Com o aumento dos custos de links patrocinados as técnicas de SEO deverão estar mais em evidência do que nunca. Ao mesmo tempo, o Google busca cada vez mais sofisticar seu algoritmo em busca de respostas cada vez mais relevantes e atuais. A última mudança no algoritmo do Google busca exatamente isso. Em função disso, a tendência do marketing de busca em 2012 é ficar cada vez mais sofisticado com os profissionais lutando não só para conquistar boas posições nas páginas de respostas dos buscadores mas também para manter os posicionamentos já conquistados.
Mobile Marketing em alta
Seguindo uma tendência forte no mundo inteiro, a tendência é que o marketing digital no Brasil em 2012 volte-se para o mobile marketing para atingir um público cada vez mais conectado através de dispositivos móveis como smartphones e tablets. As pesquisas apontam para uma venda recorde de smatphones neste Natal deixando criando um novo público-alvo a ser atingido. Já a redução dos preços dos tablets no ano que vem deverá deixar o mercado ainda maior.
Geolocalização
As campanhas de marketing digital baseadas em princípios de geolocalização deverão se tornar cada vez mais comuns no Brasil em função, principalmente, da expansão da base de dispositivos móveis. As empresas poderão solicitar a seus clientes autorização para o envio de mensagens quando estes estiveram dentro da sua área de atuação entre outras estratégias já bem populares lá fora e que deverão passar a serem vistas por aqui também. O sucesso do Foursquare por aqui já tem instigado a curiosidade de algumas empresas neste tipo de campanha.

sábado, 24 de dezembro de 2011

2012 de Inovação

As empresas que mais crescem e são mais lucrativas são as que derrubam barreiras. O único antídoto que você tem nesta ultracompetição é a inovação. 


“É pela inovação, que você vai minimizar a competição”.


As pessoas não estão preparadas para superar essas barreiras. “A inovação precisa estar no DNA das empresas”. - Gary Hamel


Que em 2012 você, sua empresa e sua equipe possam superar barreiras antes intransponíveis, mas agora, com a evolução digital e seu acesso cada vez mais fácil e ágil, se tornaram menos difíceis.
Esse é o desejo de todos aqui da MKT360GRAUS.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Comércio eletrônico promete crescer no Natal; cuidados devem ser redobrados orienta IBEDEC.

As vendas pela internet devem chegar a R$ 2,6 bilhões no Natal deste ano, o que significa um crescimento de 20% em relação a igual período de 2010. A estimativa é da E-bit, empresa especializada em informações do setor do comércio varejista online, que foi divulgada ontem (16). Ainda conforme a entidade, o número de pedidos feito deve ser 25% maior sobre o ano passado e o gasto médio deve girar em torno de R$ 350,00.

“A comodidade de comprar pela internet cada vez mais ganha mais adeptos. No entanto, a pressa de fechar um negócio online requer cuidados redobrados, até porque nem todos os consumidores brasileiros conhecem seus direitos, por se tratar de um relacionamento comercial um tanto quanto recente”, diz José Geraldo Tardin, presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo –IBEDEC


Por isso, a entidade elaborou uma série de dicas para as compras de Natal pela internet:

1) Imprima todas as fotos do produto;
2) Preste atenção em toda a informação oferecida a respeito do produto;
3) Se o preço do produto for bem menor que o preço de mercado, aumente as cautelas;
4) Além do e-mail, é importante verificar se a loja oferece outras formas para poder encontrá-la (telefone, endereço e fax);
5) Imprima todos os procedimentos realizados para a compra:
6) Evite pagar antecipadamente;
7) Cuidado com as ofertas, na maioria das vezes, não esta incluído o valor do frete;
8) Preste muito atenção e imprima as regras de restituição, de pagamentos, devolução, frete, negociação e prazo de entrega;
9) O consumidor deve observar os recursos adotados pelo site, que garanta a sua segurança;
10) Para compras em sites estrangeiros, devem ser observadas as taxas de importação e se o produto possui assistência técnica no Brasil;
11) O consumidor deve verificar, antes de efetuar a compra, a política de trocas e quais os procedimentos adotados pelo site para esta situação;
12) No ato da entrega do produto, o consumidor deve fazer um teste de imediato com ele, para verificar a qualidade e as características descritas no site;
13) O consumidor deve observar se existe de reclamação da loja em que está comprando. Uma excelente forma de verificar é por meio dos sites: Buscapé e Reclame Aqui;
14) Desconfie de produtos muito mais barato em relação ao mercado convencional. Pode se tratar de um golpe;
15) O consumidor deve lembrar que os Correios, na semana natalina e na véspera do Natal, ficam sobrecarregados com o volume de entregas. Assim, o consumidor deve comprar com antecedência, se quiser que o produto seja entregue até a data do Natal.

Prazos
Tardin ainda cita um problema comum nas compras feitas pela internet: o consumidor tem direito de desistir da compra em um prazo de sete dias, após o recebimento da mercadoria, sem precisar justificar sua decisão, tendo direito à devolução de todo o valor pago. “Caso isso não ocorra, o consumidor poderá requerer os valores junto ao Poder Judiciário, além do dano moral”, orienta o presidente do IBEDEC.

Mais informações pelo fone (61) 3345-2492 e 9994-0518 com José Geraldo Tardin.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Cresça e apareça na busca orgânica


O sonho de consumo de qualquer empresa é ficar bem posicionada nas pesquisas feitas por seu público nos mecanismos de busca como o Google. Mas isso não é fácil.

Vemos muita propaganda dizendo conseguir colocar sua empresa nas primeiras páginas das pesquisas orgânicas com técnicas de SEO (Search Engine Optimization), como se fosse apenas isso: Tags, Meta-tags e keywords... Também não é bem assim.

Não quero entrar no vasto assunto sobre otimização de sites, apenas alertar de que o melhor posicionamento nas pesquisas, além de técnicas de SEO, monitoradas constantemente, o planejamento estratégico de Marketing Digital é de fundamental importância.

Posicionamento, SEO e conteúdo, formam a base de sustentação para seu melhor desempenho e visibilidade.

Por exemplo, nossa agência, a MKT360GRAUS, na busca por “Marketing Digital Colatina”, está perdendo posições devido a um curso sobre o tema que acontecerá na cidade nos próximos dias. Isso ocorre porque os robôs do Google enxergam na difusão do evento através de links em vários sites, maior relevância em relação ao nosso conteúdo. Entretanto, após o evento, caso o site do mesmo não fale mais do assunto, sua relevância será zero.

Dica: Conteúdo gerado para internet deve conter o que denominamos de PRF: Pertinência, Relevância e Freqüência.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Fan Page. Você vai ter uma.



Indiscutivelmente, a “bola da vez” das redes sociais é o Facebook. O que mais chama a atenção dos “faces” é a imensa facilidade de interação que a plataforma possibilita. Entretanto, não subestime a criação de Mark Zuckerberg.

Grande parte dos usuários desconhece a infinidade de possibilidades do facebook, principalmente no que diz respeito à privacidade. Convenhamos! A maioria de nós nem que saber mesmo de todas as possibilidades, o que não deve ocorrer com as empresas.

Inegável a sua capacidade de comunicação como mídia social para as empresas que querem maior proximidade com seu público, utilizando técnicas de marketing digital.

O facebook tem claro em suas regras de uso que empresas não podem ter perfis pessoais; mas sim, Fan Pages (FP). Além de tentar evitar o spam, o maior objetivo é fazer o usuário “curtir” as páginas das marcas que mais gosta.   

Do ponto de vista das empresas, a FP é bem superior aos perfis em relação às ferramentas disponíveis, como aplicativos (APPs) diversos para melhoria do design, formulários de contato, promoções e etc...

A FP não tem limitação de “curtidores”, ao contrário do perfil que limita em 5000 amigos.

Todas as postagens feitas no mural da FP aparecem automaticamente na timeline do usuário que a curtiu. Além disso, suas postagens terão estatísticas para análise.

Se você tem um perfil de empresa e quer migrar para uma Fan Page, fale com a gente.

Atendemos Colatina e demais cidades do Espírito Santo.

www.mkt360graus.com.br


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

5 Razões porque o mundo dos negócios vai sentir falta do Steve Jobs.

Este texto foi brilhantemente escrito por um cara que julgo ser dos maiores fãs de Steve: Ricardo Jordão Magalhães. Não perca esta leitura!






"Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção". Steve Jobs

 Morreu Walt Disney.

Morreu O cara que mudou o mundo nos últimos 30 anos.

Eu sabia que O cara estava morrendo, mas mesmo assim, eu chorei.

Eu não estaria escrevendo e me divertindo na minha própria empresa se não fosse pelo Steve Jobs.

A indústria INTEIRA da microinformática não estaria de pé hoje se não fosse pelo Steve Jobs.

Se não fosse o Steve Jobs, o microcomputador teria tomado um rumo maçante, sem inventividade, sem qualquer graça, sem prazer, sem alegria, sem rebeldia.

Se não fosse o Steve Jobs, o microcomputador teria se tornado uma simples ferramenta de trabalho como um elevador, um ar condicionado, uma mesa de trabalho, ou um copo de plástico.

Se não fosse o Steve Jobs, não haveria computadores nas nossas casas, não haveria razões para brincar com um computador. A internet estaria restrita ao mundo acadêmico, ou servindo ao exército americano.
Foi o Steve Jobs que percebeu que o computador poderia se tornar a mais poderosa ferramenta alavancadora de mudanças para todas as pessoas do mundo.

Steve Jobs inspirou Bill Gates, e o resto é história.

Em um mundo onde os CEOs das empresas são meros bonequinhos de plástico contratados para sorrir e fazer política com outros bonequinhos de plástico, Steve Jobs é um caso raríssimo de CEO que realmente teve alguma influência na empresa que comandou.

Os produtos que Steve Jobs criou tiveram um grande impacto sobre a minha vida, mas acima de tudo, o que me influencia profundamente é a maneira que Steve Jobs viveu a sua vida.

Semanas atrás, quando Steve Jobs anunciou a sua saída da Apple, eu escrevi o texto abaixo que volto a compartilhar com vocês como uma maneira de homenagear o grande Walt Disney da minha geração: Steve FUCKING Jobs.

Infelizmente Steve Jobs acaba de anunciar a sua renúncia ao cargo de CEO da Apple. O mais fodástico CEO de todos os tempos acaba de jogar a toalha por motivos de saúde.

Confira a mensagem original em inglês que Steve Jobs soltou ontem:

I have always said if there ever came a day when I could no longer meet my duties and expectations as Apple’s CEO, I would be the first to let you know. Unfortunately, that day has come.
I hereby resign as CEO of Apple. I would like to serve, if the Board sees fit, as Chairman of the Board, director and Apple employee.
As far as my successor goes, I strongly recommend that we execute our succession plan and name Tim Cook as CEO of Apple.
I believe Apple’s brightest and most innovative days are ahead of it. And I look forward to watching and contributing to its success in a new role.
I have made some of the best friends of my life at Apple, and I thank you all for the many years of being able to work alongside you.
Steve
Steve Jobs é o cara. A frente da Apple ele revolucionou a indústria de microinformática, música, entretenimento, telefonia, computadores portáteis e aplicativos móveis entre outras.

A frente da Pixar, ele revolucionou a indústria do cinema. Steve Jobs comprou a Pixar quando ela era apenas um pequeno estúdio de criação gráfica, e transformou os caras no melhor estúdio de animação gráfica da história do cinema. Alguns anos depois a Disney comprou a Pixar, e o Steve Jobs se transformou no maior acionista individual da Disney Corporation.

Steve Jobs é DONO da Disney! Ele tem mais ações da Disney que os herdeiros do Walt Disney.
Mas voltando a Apple, nenhuma outra empresa transformou tantas indústrias diferentes em tão pouco tempo como a Apple fez.

Em 1997, quando Steve Jobs retornou a Apple, a empresa estava falida. Quebrada. Em apenas 10 anos, ele transformou a Apple em uma empresa de 100 bilhões de dólares de faturamento anual, e colocou 70 bilhões de lucro no caixa da empresa. Hoje a Apple tem mais dinheiro em caixa do que o próprio governo dos EUA.
Steve Jobs é o cara!

Aqui vão algumas lições sobre negócios e vida que eu acredito que temos a aprender com ele:

1. Não me leve a mal, mas o negócio é pessoal mesmo! Você já deve ter escutado a frase "Não é nada pessoal, é apenas negócios", certo? 
O fato é que o cara que te disse isso estava mentindo. Tudo é pessoal! Tudo! Se alguém te trocou por outro fornecedor, é porque o cara não foi com a sua cara. Você não serve. Você deve ser um puta cara chato. Não tem nada a ver com preço! O problema é você! NEGÓCIOS É PESSOAL!

Steve Jobs é a Apple, a Apple é o Steve Jobs. E é isso mesmo! As empresas bem sucedidas são aquelas que tem pessoas de verdade por trás, e não gente de plástico que se esconde atrás dos pilares da empresa.
Ao longo de toda a sua carreira, Steve Jobs sempre foi o porta voz da Apple na hora dos lançamentos de produtos. Steve Jobs lançou o Apple I, II, Macintosh, Newton, iMac (o computador colorido), o Cube, o iPod, o iPad, o MacBook Air, a iTunes, Apple TV, AppStore entre outros - todos produtos "viajantes" e inovadores que tinham uma grande chance de serem mal sucedidos no mercado como acontece com a grande maioria dos produtos inovadores que são lançados todos os dias.

Steve Jobs nunca teve medo de quebrar a cara e associar a sua imagem ao fracasso. Diferente de muito executivo frouxo que tem por ai que usa do recurso de press releases e propaganda para o lançamento de produtos no mercado.

Quando anunciou o iPod, os críticos e o próprio conselho diretor da Apple falaram que NINGUÉM NUNCA pagaria 500 dólares por um tocador de música portátil.

Quando anunciou o iPhone, os críticos e o próprio conselho diretor de novo, falaram que NINGUÉM NUNCA pagaria 400 dólares por um smartphone da Apple.

Ainda bem que o Steve Jobs não deu ouvidos à turma da roda presa e apostou no iPod e iPhone.
O mundo dos negócios precisa de gente que dá a cara para bater, assume riscos, responsabilidades, assina cartas para clientes, coloca a própria imagem no web site da empresa, e atende o telefone quando o cliente liga.

2. Todas as pessoas são substituíveis, mas a SUA MANEIRA PESSOAL DE TRABALHAR não é. 
Ok, todos são substituíveis. Ninguém precisa de ninguém. Existe estepe para todo mundo.
MAS eu acredito que se você fizer o seu trabalho DO SEU JEITO E DA SUA MANEIRA, o mundo pode até encontrar outro cara para te substituir, mas NUNCA conseguirá replicar o seu jeito de fazer as coisas.
A Apple realmente NUNCA será a mesma sem o Steve Jobs.
O Steve Jobs é ÚNICO.

Daqui prá frente ninguém fará as coisas como ele fazia. ]

Mas eu acredito que as pessoas podem escolher se inspirar no cara para tomar as suas decisões.
Steve Jobs não ficou na Apple por cinco dias. Tirando a meia dúzia de anos em que ele ficou afastado da Apple porque foi despedido  pelo pangaré-burrocrata que ele mesmo colocou por lá, o cara esteve a frente da Apple desde o início. Todos os dias, todas as horas, todos os minutos.

"Digas com quem andas que direi quem és" - a Apple andou com o Steve Jobs, e não Steve Jobs andou com a Apple.
Durante mais de uma década milhares de funcionários da Apple tiveram a sorte de participar de dezenas de reuniões com o Steve Jobs. O quanto vale isso??? Te garanto que vale muito mais do que qualquer MBA em Harvard.
Não duvivem que a Apple continuará ser a mais fodástica das empresas de tecnologia por muitas décadas a seguir.
Eu não temo pelo futuro da Apple. Eu acredito que eles sabem o que tem que fazer pelos próximos 20 anos e vão fazer.
Eu sinto mesmo é pelo Steve Jobs.
A pior coisa que pode acontecer com uma pessoa que adora trabalhar é ser obrigada a se afastar do trabalho por motivos de saúde. O cara adora trabalhar, adora a empresa que fundou, adora inventar coisas, adora deixar a sua marca no universo. Ser obrigado a ficar longe disso tudo deve ser terrível.
Steve Jobs não é cientista, mas é inventor. Ele tem 313 patentes em seu nome!!!
Incrível, não???

313 patentes!!!
Você conhece algum outro presidente de empresa que tem 313 patentes em seu nome?
Eu não.
Muito provavelmente boa parte dessas patentes tenham custado o fígado e a saúde do Steve Jobs; mas, ele gravou para sempre a sua maneira de fazer as coisas na história do mundo dos negócios.
Ninguém influenciou tanto o comportamento do mundo nos últimos 30 anos como Steve Jobs.
Coloque A SUA MANEIRA DE FAZER AS COISAS nas coisas que você faz!!!
NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA!!!

3 - Diga NÃO para a mediocridade! Existe uma lenda que reza que o Steve Jobs gongou 23 versões do iPhone até chegar na versão que conhecemos. Ex-funcionários dizem que Steve Jobs gongava um produto ao menor sinal de "falta de design e bom senso".

Até onde sabemos, Steve Jobs disse NÃO para dezenas de protótipos de produtos ao longo dos últimos dez anos. Quando retornou a Apple em 1997 Steve Jobs mandou para o saco praticamente todos os produtos que a Apple "vendia" na época. Ele cortou tudo e começou tudo do zero com o iMac.
Todos nós precisamos aprender a dizer NÃO para as drogas que atrapalham o nosso crescimento. Eu conheço um sem número de pessoas que vive uma vida que não quer por conta dos SIMs que disseram ao longo das suas vidas.

Eu mesmo dispenso clientes, projetos e negócios ao primeiro sinal de falta de alinhamento entre os meus valores e os dos clientes.
A vida é muito curta para fazer negócios com caras chatos!

4. Vence quem tiver contato direto com os clientes! A Apple reinventou o negócio de música com o iPod, mas a Apple não está no negócio de música. A Apple reinventou o computador, mas a Apple não está na indústria dos computadores. A Apple reinventou a indústria da telefonia, mas a Apple não está na indústria dos telefones celulares.

Em qual indústria a Apple está?

Varejo

A Apple é uma empresa de varejo.

Todos os dias milhões de pessoas passam pelas centenas de lojas físicas da Apple e tocam os seus produtos e tiram as dúvidas com milhares de funcionários apaixonados pelos produtos.
Todos os dias milhões de músicas, filmes, séries de televisão, livros e aplicativos são comprados por milhões de pessoas via iPad, iPhone, iTouch, MacBooks através de uma plataforma de compra incrivelmente fácil de usar e presente em todos os lugares.

Enquanto a Apple conversa diariamente com milhões de pessoas, os seus concorrentes e praticamente todas as empresas do mundo fazem de tudo para se afastarem dos consumidores.

Você já reparou como é difícil conseguir o número de telefone de uma empresa com quem você quer falar?
As empresas estão fazendo das tripas coração para NÃO FALAR diretamente com o consumidor.
"O consumidor é um bicho chato. Não vale a pena falar diretamente com o cliente"

Faça o teste. Entra agora no web site da HP e procura o telefone do escritório da HP. Entra no web site da Samsung e tenta encontrar o telefone do cara de marketing da Samsung. Entra agora no web site da Google e tenta encontrar o telefone do gerente de produtos do Google AdWords porque você quer umas dicas de como usar o Google AdWords.

Você não vai encontrar telefone de ninguém! Ninguém quer falar com o consumidor. Você, consumidor, é um zé, um zé caro que atrapalha, enche o saco e custa caro. Te vira negão!
A Apple fala com o cliente através das suas fantásticas lojas de varejo. E você?

Você tem que falar com o seu cliente!

Vence tem que ter contato direto, frequente e crescente com os seus clientes!

Qual tipo de contato direto, frequente e crescente você tem com os seus clientes?
A grande maioria não faz nada de nada. A grande maioria das pessoas que estão lendo esse artigo nesse momento sequet tem banco de dados de clientes. Imagina o resto.
Pois você vai dançar filhão.

Quem não tiver contato direto com o cliente vai dançar. Escreve ai!

5 - Get Mad, You Son of a Bitch, Get Mad! Steve Jobs aproveitou o lançamento do Macintosh em 1984 para lançar a sua cruzada contra a IBM: "A IBM é o mal do mundo! Vocês não podem aceitar apenas um padrão de computação. Temos que lutar contra isso. Acabar com isso. A IBM acredita que o computador pessoal não serve para nada. Não podemos deixar a computação na mão de poucos, temos que mudar isso. A IBM quer dominar a Era da Informação. Não podemos deixar isso acontecer!"; Em 1990, Steve Jobs entrou em cruzada contra a Microsoft e a sua maneira padronizada de vender computadores. Nos anos 2000, a Apple entrou em uma nova cruzada contra o PC com a fantástica campanha "Mac VERSUS PC"; em 2007, Steve Jobs desceu o pau nos telefones de plástico da Blackberry na frente de milhões de pessoas.

Ao longo das últimas décadas nós vimos um Steve Jobs bravo, energético, provocativo, humano, emotivo, cheio de vontade de mudar o mundo e incomodar o status quo com a sua visão inovadora das coisas. Ele nunca teve medo de colocar o dedo no nariz da concorrência, falar o que pensa sobre o mercado, enfrentar os gigantes.
"Fique Bravo, Seu Filho da Mãe, Fique Bravo!", deixa de ser esse mascarado corporativo cheio de não-me-toques, terno e gravata escondido por trás de uma reunião boçal, e venha para o pau!

Emocione! Incomode! Provoque! Exija Mudanças! Lute por alguma coisa! Brigue pelo que você acredita!
O mundo dos negócios não pode ser apenas sobre ganhar dinheiro. Não pode ser. Nós podemos e devemos usar o horário das 9 as 18 para nos divertir, incomodar os paradigmas e derrubar preconceitos.
Longa Vida ao Steve Jobs!
Longa Vida a todas as suas criações.
Longa Vida a todos os profissionais da Apple que tem agora a oportunidade de superar a genialidade do seu mentor.
NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA! 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O Livro Secreto do Marketing



Livro extremamente útil para profissionais e estudantes de Comunicação e Marketing; diria até, para qualquer leigo interessado no entendimento do lado “menos honrado” de alguns especialistas de marketing.

A verdade deve ser o norte de qualquer planejamento de Marketing, mas a verdade nem sempre foi contada de forma correta por alguns profissionais ao longo da história. É bom sabermos como fazer as coisas de forma enganosa para não cometermos tais erros de forma involuntária.
De maneira inteligente, o livro explora os relatos cuidadosamente maquiados, que foram produzidos geração após geração. Desvenda ruas estreitas pouco visitadas, que o levarão a partes obscuras do marketing comercial, das ciências sociais e da propaganda política. Caminhos que ligam erros futuros a promessas presentes e propaganda passada.

”O teste mais verdadeiro de qualquer cigarro é o fumo contínuo. Fume apenas cigarros Camel nos próximos 30 dias...e veja como Camel é suave, maço após maço... como eles agradam sua garganta enquanto você fuma regularmente. Veja se você não achará Camel mais prazeroso do que qualquer outro cigarro que já tenha fumado.”

Nunca ninguém havia imaginado que os cigarros pudessem matar. Afinal. Desde 1940, a marca de cigarros Camel anunciava : “Mais médicos fumam Camel do que qualquer outra marca.”

“As inverdades mais perigosas são as verdades moderadamente distorcidas.” – Georg Lichtenberg

Um livro marcante que expõe o lado negro das meias verdades que muitas organizações prefeririam manter em segredo.

Tá curioso em saber como surgiu o Branding?

“Enquanto filmes como “Branded” (marcado) sugeriam que o Oeste americano tenha durado pelo menos 50 anos, na verdade, o período durou apenas entre os anos 1866 e 1886. Os cowboys americanos marcavam seu gado para avisar às pessoas quem era o dono das cabeças e para evitar elas fizessem qualquer exigência de posse sobre o rebanho. Isso deu origem ao conceito moderno de ‘Brand” (marca) , com diferença fundamental que ele estimula as pessoas a “colocarem suas mãos sobre” a marca, em vez de manter as mãos longe dela.”

Nos Estados Unidos, ao analisar as táticas de propaganda de sua nação, Bernays chegou à conclusão de que os interesses comerciais e políticos dos “negócios com almas”(expressão muito usada pelo autor) eram indivisíveis e que, ao lidar com as massas, era muito difícil explicar questões complexas em uma base puramente racional. O necessário era o que Bernays chamava de “engenharia de consentimento”. Isso, por sua vez, preparou o caminho para “fazer a engenharia das mentes das pessoas” de forma que elas cobiçassem bens e serviços dos quais não precisassem realmente. Os negociantes de almas precisavam apenas relacionar os produtos, serviços e idéias aos desejos inconscientes e aos impulsos mais obscuros de consumidores e eleitores.

- Bernays era um daqueles gênios da propaganda, muito procurado pela CIA para alguns “serviços”.

Um dos tópicos mais fortes do livro é o que fala das “101 regras não publicadas do profissional de persuasão”. Técnicas repetidas ao longo da história e que ainda não foram abertamente reconhecidas em campanhas.

Citando apenas uma delas: “Seja um dos modernos” – Faça as pessoas acreditarem que sua lealdade prova que elas definem tendências, em vez de segui-las. No marketing isso funciona bem com marcas com apelo junto aos jovens, como tênis Reebok ou iPods da Apple. Outro exemplo vem à mente é um anúncio do Burger King contra o MacDonald’s que pergunta: “Você prefere se deleitar como um rei ou comer como um palhaço?”

Jonathan Gabay, autor do livro, atua no mercado de propaganda e marketing há trinta anos. Ele faz parte do Chartered Institute of Marketing, referência mundial em melhores práticas de marketing. 

Palavras do autor:
“O mundo todo está passando por profundas mudanças. Convicções firmemente enraizadas foram substituídas pelo ceticismo. O que será necessário fazer para que os líderes reconstruam sua reputação e reconquistem nossa confiança? Se você um dia já desconfiou que há mais por trás do que é dito e do que os olhos conseguem ver, ou se você está interessado em construir um futuro rentável e ético para sua organização ao aprender as maiores lições da história sobre modismos e propaganda, este livro foi escrito para você.”

Leia e saiba quais caminhos não seguir para construir um amanhã mais ético, moral e comercialmente sustentável.


Paulo Rubini - Digital Marketing Consulting

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Neoconsumidor é multicanal, digital e global.



Recente pesquisa da GS&MD – Gouvêa de Souza - sobre o “Neoconsumidor”, realizada em diversos países, dentre eles, o Brasil, levantou informações importantes sobre como utilizar de forma integrada, internet e lojas físicas objetivando o aumento das vendas.

Algo importante que constatamos é o reforço da característica do neoconsumidor, que se tornou ainda mais mobile e global” - Luiz Goes, sócio sênior da GS&MD – Gouvêa de Souza. Goes revela que o neoconsumidor é multicanal, digital e global.

As impressões captadas são de suma importância para o desenvolvimento de estratégias. Vamos a elas:

Principais razões por não comprar
- 59% Prefere tocar o produto
- 48% Informações bancárias
- 37% Prefiro falar pessoalmente
- 41% Evita passar informações pessoais
- 41% Receio de não receber o produto

Processo de compra
- 62% Compram online e recebe em casa
- 84% Verificam online e compra na loja

Comparam preços
- 81% Utilizam sites de comparações de preço

De onde, geralmente, compram
- 67% Casa
- 18%Trabalho
- 6% Outros

Comportamentos de compra online
- 47% Fico desapontado se as lojas que compro regularmente não vendem online
- 71% A Internet é um ótimo ambiente de Compras
- 57% Considero a Internet um local seguro para Compras

Acesso à Internet via Celular
- 49% Acessa a Internet utilizando o celular
- 9% Acreditam que o celular possui um ambiente seguro para troca de informações
- 18% Sinto-me seguro em usar meu celular para compras online
- 67% Mais funções direcionadas a segurança precisam ser desenvolvidas para me sentir seguro em comprar pelo telefone
- 27% Demorará um bom tempo para que o número de compras por celular (dados) aumente
- 37% Gostaria de receber promoções e propagandas por meio do celular

Pagamento móvel
- 17% Estão familiarizados com o sistema de pagamento móvel
- 18% Conhece lojas que aceitam pagamento móvel
- 35% Pagamento móvel é o futuro
- 22% Funciona em outro país, mas não no meu

Compras coletivas
- 51% Já utilizaram
- 48% Nunca utilizaram
- 1% Não conhece

Muitas conclusões podem ser tiradas dessa pesquisa; mas, em especial, a convergência de canais. Ou seja, a integração entre as lojas físicas, suas marcas e a internet, como forma de impulsionar as vendas e gerar valor para as marcas.


Leia mais sobre a pesquisa aqui:
http://rafaelarinelli.wordpress.com/2011/08/27/neoconsumidor-do-brasil-e-destaque-em-estudo/

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

E-mail Marketing – Não seja apanhado no anti-spam



Os filtros anti-spam dos provedores são implacáveis – e cada vez mais – na hora de bloquear mensagens enviadas para sua base de e-mails cadastrados.
Dentro de uma lista de itens analisados pelos filtros, existe uma pontuação para cada “pecado” cometido por seu envio que poderá redundar no bloqueio de seus envios.
Alguns aspectos têm pontuação bastante elevada, tais como o envio pelo MS Outlook/Outlook Express e uso de e-mail do remetente diferente do link para o domínio constante no corpo do e-mail. Estes dois levam a maior pontuação.
Outros detalhes podem arruinar seu trabalho em doses homeopáticas.
São eles:
- Enviado com prioridade alta;
- Opção de exclusão de cadastro;
- HTML incluído na mensagem;
- Título com exclamações ou interrogações;
- Mensagem somente com imagens;
- Link para e-mail com assunto.

Algumas palavras e expressões (na verdade, uma centena delas) são fiscalizadas pelos AntiSpam, jogando seu e-mail na vala comum da “caixa de spam”, ou podendo aterrorizar seu Click Through:
Todos os direitos reservados
Dúvidas conjugais
Tenha um site na internet
Trabalhe em casa
Divulgue seu/sua...”
“Contém a palavra hospedagem
“Que fala para não responder o e-mail
Vagas abertas no subject”
“Pede desculpas pelo incômodo
Interrogação no subject”
“Texto a partir de R$...”
“Texto apenas R$ no subject”
Link para produtos no Mercado Livre
Curso on-line no subject

Como disse, são muitas palavras e expressões fiscalizadas pelos AntiSpam. O conselho é de que deve procurar ajuda profissional para uma campanha de e-mail marketing para ter um bom desempenho.



sábado, 20 de agosto de 2011

Agência MKT 360 Graus, ao seu dispôr.

Amigos, é com satisfação que anunciamos o lançamento oficial de nossa agência.



A agência MKT 360 GRAUS tem uma filosofia de trabalho estruturada na união entre a tecnologia digital e os mais estratégicos conceitos de Marketing. Nossos profissionais contam com anos de experiência nas suas áreas de atuação.
Nossa missão é conhecer seu produto e buscar o melhor resultado com foco no que sua empresa preconiza como objetivo estratégico, sempre primando pelas melhores práticas competitivas e éticas na relação Mercado/Cliente/Agência.
Nossa lema é: “Não fazemos sites, produzimos resultados”.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Como a fidelidade do cliente afeta a lucratividade?


Logo que uma organização decide quem são seus clientes-alvo e começa a atender e a exceder suas expectativas, a satisfação do cliente aumenta. Segue-se a fidelidade, trazendo junto um impacto significativo e mensurável no resultado final.


O valor vitalício
Dois pesquisadores chamados Earl Sasser e Fred Reichheld estudaram um considerável número de setores da indústria de serviços e descobriram que em todos os casos as relações com os clientes típicos se tornavam cada vez mais lucrativas com o decorrer do tempo, independentemente do setor. 





  1. No ano 0, os clientes são adquiridos. Os custos da aquisição precisam ser recuperados no decorrer da relação.
  2. Logo no começo da relação, os níveis de compras e de lucros tendem a ser baixos. Mas eles criam uma base sobre a qual uma relação prolongada com o cliente pode ser estabelecida.
  3. Assim que fica familiarizado com um produto ou serviço, o cliente provavelmente passa a comprar novos produtos ou serviços. O cliente torna-se menos sensível a preço ao comprar novos produtos ou serviços do que quando compra pela primeira vez. O nível de lucratividade aumenta.
  4. Ao ficar familiarizado com a empresa e suas políticas, o serviço prestado ao cliente torna-se menos caro e os custos, conseqüentemente, são reduzidos. Além disso, o cliente verdadeiramente fiel torna-se um "apóstolo", alguém que fervorosamente recomenda a empresa a outros, gerando novos negócios e lucratividade cada vez maior.
Quanto mais prolongada a relação, tanto mais lucrativa ela tende a tornar-se. Em um estudo de empresas prestadoras de serviços, estender a relação de um cliente de cinco para seis anos resultava em um incremento de 25% a 85% em lucratividade


Tenha um planejamento estratégico onde o centro das atenções seja o cliente, o cliente lucrativo, o cliente evangelizador.

domingo, 19 de junho de 2011

Marketing Digital - Os 3 mitos do Marketing Digital

Não pude deixar de replicar este desabafo de um profissional de Marketing, que pela exposição, demonstra o pensamento da maioria de nós, consultores da área.


Paulo Rubini
Digital Marketing Consulting

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Os três grandes mitos do marketing digital


Não é à toa que o marketing digital se tornou uma das prioridades nos investimentos em publicidade e propaganda. É uma forma prática, dinâmica e acessível para empresas dequalquer porte ou segmento promover seus negócios e manter contato com clientes e consumidores. Um bom exemplo é o Google Adwords, um canal de publicidade em que uma pessoa com algumas horas de treinamento é capaz de criar e gerenciar seu próprio anúncio de publicidade. Outro mais recente é a Like Store do Facebook, em que é possível não só divulgar, mas vender os produtos diretamente na fan page.
De tanto ler, ver e ouvir falar sobre essas aparentes facilidades, empresários e gestores passaram a acreditar em “mitos” que conferem poderes sobrenaturais ao marketing digital. Com base em experiências pessoais, vou relatar três dos mitos mais comuns.
Mito 1: É possível fazer marketing digital sem Marketing
Recentemente fui consultado para o lançamento de um novo site de compras coletivas. Ao ser apresentado ao projeto, fiquei preocupado com o fato de não haver praticamente nenhuma característica que o distinguisse de outras centenas de sites da categoria. Levantei a questão e me surpreendi com a resposta. Para os empreendedores, relevante não era ter um diferencial para se destacar dos concorrentes, mas sim uma propaganda boa o suficiente para chamar atenção e gerar tráfego.
Assim como eles, muitas outras empresas se enganam ao pensar que só publicidade é capaz de fazer de qualquer produto um sucesso. Ela pode até gerar visibilidade para a empresa ou produto por um determinado período, mas não se sustenta ao longo do tempo.
Banners, links patrocinados, ações em redes sociais, newsletters e outras iniciativas online só funcionam se fizerem parte de um mix de marketing abrangendo pesquisa de mercado e público-alvo, análise de oportunidades, definição de uma estratégia de diferenciação para o produto, política de preços, canais de venda e monitoramento dos resultados por meio de indicadores. Quanto mais este Marketing estiver estruturado, maior o potencial da publicidade realizada através do marketing digital gerar retorno efetivo.
Mito 2: Marketing digital é a solução milagrosa para meus problemas
O dono de um site de camisetas personalizadas nos procurou para saber como poderíamos ajudá-lo a alcançar seus concorrentes, que estavam “bombando” nas vendas. Antes de eu terminar de explicar como funcionava nosso trabalho ele já me questionava sobre os resultados. Na sua visão, a conta era simples: “minhas vendas não estão indo bem, então vou investir X em uma agência de marketing digital e eles vão aumentar meu faturamento em 10X”.
Isso pode até acontecer, mas não basta somente contratar a agência e esperar os resultados. Antes de mais nada, o trabalho de um profissional de marketing é compreender por que as vendas estão baixas. Quais os pontos fortes dos concorrentes, quais os pontos fracos da sua empresa e o que o cliente em potencial está procurando, de modo a estabelecer uma estratégia e um plano de ação envolvendo tanto iniciativas online quanto off-line.
No caso em particular detectamos que a loja era praticamente desconhecida, enquanto o principal concorrente era um conhecido case de loja inovadora, inclusive com várias matérias na imprensa nacional e internacional. Seu produto era de qualidade e o preço até abaixo do que a média, mas as estampas não chamavam atenção. Por outro lado, outras lojas apresentavam camisetas segmentadas de acordo com o gosto do cliente (filmes, atores, bandas de rock) ou permitiam que a própria pessoa criasse sua estampa personalizada. As vendas eram limitadas ao site, enquanto a concorrência comercializava suas camisetas em outros sites e redes de varejo.
Para alcançar o tão almejado resultado, portanto, seria necessário investir não só em publicidade mas em um reposicionamento da marca e de sua atuação no mercado, o que não estava nos planos da empresa. Ou seja, a conta não era tão simples de fechar quanto inicialmente parecia.
3. Fazer marketing digital custa uma mixaria ou sai até de graça
Uma metalúrgica interessada em fazer publicidade por meio de links patrocinados solicitou uma proposta. Fiz uma apresentação para a diretoria, explicando os detalhes de como o trabalho funcionava, o orçamento estimado para campanha e o valor do nosso trabalho de gerenciamento.
“Mas se já estamos pagando para o Google, para que pagar também a você?”, foi o questionamento de um dos diretores, quase ofendido pelo fato de eu cobrar por um serviço que ele considerava gratuito. “Afinal o Google não é de graça?”
Não adiantou tentar explicar que o “investimento” era destinado a remunerar os profissionais responsáveis pelo gerenciamento da campanha. Para dizer a verdade até hoje não sei nem por que me chamaram lá, se eles mesmos podiam fazer o serviço “de graça”.
Assim como o Google, muitos sites oferecem recursos gratuitos, contribuindo para a percepção de que marketing digital é “barato” ou mesmo “na faixa”. Na verdade os sites colocam à disposição algumas ferramentas gratuitas que, utilizadas por um bom profissional, são capazes de gerar bons resultados. Nesse sentido, comparado com a propaganda em jornais, revistas ou TV, o investimento no marketing digital é muito menor.
Mesmo o caso de pequenos empresários que conseguem promover seus negócios nas redes sociais “sem gastar nada” nas redes sociais, por exemplo, na verdade investiram muito do seu tempo (um dos ativos mais valiosos de hoje) em aprender os recursos dos sites e em interagir com os clientes e consumidores.
Em vez de “barato” ou “caro”, a empresa deveria avaliar o custo-benefício das ações de marketing digital comparado às alternativas.
Os relatos acima podem soar como desabafo, e de uma certa forma são mesmo. Mas também servem de alerta para as empresas que estão investindo ou pensam em investir em marketing digital. Comparado com outras formas de publicidade e propaganda ele pode ser mais simples, ágil e apresentar custo menor, mas os resultados sempre vão depender do trabalho de profissionais (internos ou externos), dos recursos investidos e de muitos testes e avaliações.
Como os americanos costumam dizer: “no pain, no gain” (sem dor não há ganhos). O marketing digital não é exceção.
Este artigo é de Silvio Tanabe

terça-feira, 14 de junho de 2011

Raciocínio Estratégico como processo contínuo dentro e fora da internet

Um pensador estratégico melhora continuamente sua percepção do grande ecossistema no qual ele atua. Ele compreende as estratégias de sua empresa e de sua concorrência.

“Pense em seus clientes, concorrentes e em sua empresa.
O futuro influencia o presente tanto quanto o passado.” – Friedrich Nietzsche

Ao raciocinar estrategicamente, você precisa levar em conta não só o que está acontecendo externamente à sua empresa, mas, também, o que está acontecendo com ela própria. Isso significa manter-se a par das necessidades dos clientes, das ações da concorrência e das tendências do mercado no qual você atua. Sua função determina o quanto você deve tornar esse fator uma prioridade

Para avaliar a movimentação externa, em relação à sua empresa, faça as seguintes perguntas:

Clientes. Quem são seus clientes e o que eles valorizam? Como suas necessidades podem evoluir?

Concorrência. Quem são os nossos atuais concorrentes e quais táticas eles estão utilizando? Em que somos diferentes deles? Quais forças eles têm que podem nos ameaçar? Quais fraquezas eles demonstram ter, que podemos explorar?

Empresa. Quais tendências – em termos de tecnologia, política do governo, recursos naturais e outras forças-chave que moldam nosso setor – poderiam ter implicações importantes em nosso negócio?

Pesquisas de mercado, grupos de foco e outros métodos podem ajudá-lo a conseguir as respostas a essas perguntas. Muitos insights são fornecidos gratuitamente pelo Google. O Google alerts, por exemplo, é uma ótima ferramenta de monitoramento.
Você pode obter informações sobre empresas concorrentes tornando-se cliente deles, lendo relatórios analíticos (de empresas de capital aberto), e mantendo uma rede de relacionamentos com outros profissionais que estão familiarizados com a concorrência.

Você pode ficar a par dessas informações lendo uma série de publicações empresariais, conversando com outros profissionais bem informados, e participando de associações comerciais e profissionais.

Processo contínuo

Fase 1: Preparando o terreno
Nessa fase, você observa as implicações mais abrangentes das propostas e define seus objetivos para raciocinar estrategicamente. Essa fase inclui:

Ter visão panorâmica – compreender o amplo ambiente em que está atuando – On/Off line.

Definir objetivos estratégicos – determinar o que você espera alcançar pensando estrategicamente – Posicionamento, definição de metas, métricas e ROI.

Fase 2: Aplicando suas habilidades
Uma vez preparado o terreno, você coloca os princípios do raciocínio estratégico em prática para gerar resultados. Esta fase inclui:

Identificar relações, padrões e tendências – encontrar padrões em eventos visivelmente desconexos e classificar a informação relativa a eles para reduzir a quantidade de assuntos com os quais você vai ter de lidar ao mesmo tempo. Lembre-se de que sua empresa não precisa participar de todas as centenas de redes sociais, mas apenas daquelas onde poderá interagir com seu público.
 
Raciocinar de forma criativa – criar alternativas, visualizar novas possibilidades, questionar seus conceitos e manter-se aberto a novas informações.

Analisar informações – classificar e priorizar as informações mais importantes ao tomar uma decisão, gerenciar um projeto, lidar com conflitos e assim por diante.

Priorizar suas ações – manter o foco em seus objetivos ao lidar com múltiplas exigências e prioridades.

Fazer trade-offs – reconhecer as possíveis vantagens e desvantagens de uma idéia ou de um plano de ação, fazer escolhas quanto ao que deve ou não fazer, e manter o equilíbrio entre exigências de curto e longo prazo.

Targeted Marketing - Banners ou promoções focadas em função da análise do público, procurando uma faixa específica do mercado. Ações buscando públicos segmentados.

Para finalizar, fique com as dicas valiosas de Guy Kavasaki, o cara do Marketing de Guerrilha, que cabem na sua visão estratégica:

MEXA-SE – Não se preserva a liderança pelo que o produto é hoje, e sim, pela capacidade de mantê-lo permanentemente atualizado.”

MUDE AS REGRAS DO JOGO – Se com as atuais regras você só vai perder, sem nenhum constrangimento ou vergonha, mude as regras do jogo. Mude a distribuição, troque a embalagem, mexa no preço, repense a comunicação, vá atrás de novas vantagens e diferenciais…”

BUSQUE NICHOS AO INVÉS DE PEDAÇOS – O market share sempre é decorrência de um nicho corretamente identificado e primorosamente aproveitado. Na maioria das vezes, e por mais incrível que possa parecer, QUANTO MENOR, MAIOR.”

SEJA FLEXÍVEL – A cada momento uma nova atitude. Procure acompanhar o ciclo de vida e velocidade da sua empresa e de seus produtos.”

Ao longo de muitos anos atuando como consultor de marketing, percebi que a internet não é apenas um meio, mas um mundo próprio e interligado com o mundo de tijolos. Essa é a visão 360º que passamos para nossos clientes quando o assunto é visão estratégica.

Paulo Rubini
Digital Marketing Consulting  

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Cacau Show - Um case de empreendedorismo de dar água na boca

Lí a entrevista abaixo e não pude deixar passar a oportunidade de repassar-lhes tão estimulante e rico material.

Como escreve a jornalista, Alexandre Tadeu da Costa, fundador da Cacau Show aos 17 anos, se nascido dos EUA, seria um Mark Zuckerberg.


A conferir e aproveitar o ensinamento de quem sabe o que diz.


* meus os grifos
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A receita do sucesso da Cacau Show

Na empresa, a oferta para consumo próprio e para presente se baseia em um modelo de negócio que inclui a trufa de R$ 1 como produto de entrada

Por HSM Management, do Mundo do Marketing | 02/06/2011
pauta@mundodomarketing.com.br
Se você, leitor, fizer uma degustação cega de chocolates, confundirá um produto Cacau Show com um suíço como o da Lindt? A resposta correta é sim – por exemplo, se o produto Cacau Show for o Mais Leite. É que as diferenças básicas entre chocolates europeus e brasileiros estão no uso, no Velho Mundo, de açúcar de beterraba e leite mais gordo e o Mais Leite se faz com leite importado de lá.
Por conta do nome, a Cacau Show até pode ter sido confundida com empresa de shows de samba com mulatas, mas o fato é que essa organização fundada em 1988, que hoje tem mais de mil funcionários e mil lojas, receita de R$ 400 milhões em 2010 (ou R$ 1 bilhão, se contabilizado o movimento das lojas), 96% de reconhecimento de marca e produtos sofisticados como o Mais Leite, tem uma gestão empreendedora respeitável.
A entrevista em que o fundador e presidente Alexandre Tadeu da Costa detalha isso, concedida com exclusividade à editora-executiva Adriana Salles Gomes, foi realizada com a fábrica trabalhando a toda em função da Páscoa – a empresa detém 10% do mercado de ovos de chocolate. No prédio-sede, que combina com bom gosto madeiras claras e escuras como se fossem chocolates, Tadeu da Costa detalhou seu modelo de negócio do “luxo democrático e feliz”, nos moldes do posicionamento das sandálias Havaianas, os desafios que isso impõe e seus planos de expansão, que incluem uma fazenda de cacau e uma fábrica de chocolates na Bélgica, além de outra novidade guardada a sete chaves.
Às vezes, ficamos procurando nossos Steve Jobs, Bill Gates e Mark Zuckerberg na tecnologia, mas talvez, no Brasil, eles se encontrem em outros ramos. Alexandre Tadeu da Costa fundou sua empresa aos 17 anos de idade.
Você fundou sua empresa com 17 anos? Se fosse na Califórnia do século 21, você seria o Mark Zuckerberg? [risos] 
É, mas eu não era muito nerd... eu era cabeludo, guitarrista, jogador de vôlei federado. E minha família era muito humilde – meu pai, tecelão; minha mãe, vendedora porta a porta –, então, trabalho para mim era algo que tinha muito valor e, junto com criatividade e ousadia, sempre tive disciplina. Por exemplo, aos 13 anos, eu calibrava pneus num posto de gasolina às sextas-feiras – foi como comprei minha primeira bicicleta. Aos 14, quando minha mãe criou a Cacau Show, eu pegava os pedidos com as vendedoras porta a porta, passava ao fabricante e, quando vinha, punha o produto dentro da caixa, faturava etc.
Aí meus pais descontinuaram o negócio e eu, então com 17 anos, pedi que me deixassem tocá-lo. Peguei uns US$ 500 emprestados de um tio e vendi 2 mil ovos de chocolate. Aí ganhei dos meus pais um Fusca branco 1978.
Por que você fez isso? Pelo Fusca?
Também [risos]. O Fusca ajudou o negócio porque pude me movimentar melhor, comprando a matéria-prima de manhã e vendendo o chocolate de
 tarde para as padarias. Mas o grande pulo do gato foi o que descobri quando comprei as barras para fazer os 2 mil ovos: a diferença de preço entre 1 quilo de chocolate e 1 quilo de bombom fino feito dele era de mais de 10 vezes –ou seja, o que se comprava por 10 conseguia-se vender por 100. Logo vi que era uma margem grande demais e que, se eu comprasse por 10 e vendesse por 20, ainda seria um ótimo negócio. Foi o que fiz, numa salinha 3 por 4 metros, dentro da empresa dos meus pais.

O maior pulo do gato não foram as franquias, em 2003? 
As franquias nos deram visibilidade até que a marca estourou, três anos atrás. O pulo foi por acaso. Já tínhamos duas marcas em 2003: a Cacau Show, de venda porta a porta, e a Gardner, que criamos para varejo em geral, para a vendedora por catálogo não achar que havia competição direta.
Uns clientes nossos em Piracicaba, interior paulista –o casal João e Regina Caldas–, trabalhavam com ambas: ele vendia Gardner; ela, Cacau Show. Na Páscoa de 2002, compraram tanto chocolate que a família teve de sair do apartamento para a mercadoria entrar. Fui lá e propus alugarmos um local para ser a loja deles na frente e o depósito nos fundos. Sugeri que, para compensar o novo custo fixo, os filhos deles trabalhassem no negócio, como aconteceu na minha família. Estruturando isso, eu diria que tenho uma filosofia de controle de custos.
Daí nasceu a primeira loja, depois eles fizeram a segunda, a terceira, e outros distribuidores vieram...E a gente descobriu o canal três em um, que era, na mesma loja, o camarada poder vender direto ao consumidor, atender a vendedora por catálogo e ser distribuidor para o varejo.
A loja Cacau Show continua três em um? 
Não. A marca Gardner foi descontinuada, pela explosão da Cacau Show. Em um único ano, 2008, abrimos quase 300 lojas; hoje são 1.040. Resolvemos focar o que nos interessa mais.

Como você explica a explosão? 
Oferecemos um produto diferenciado a um preço democrático. Fizemos o artesanal em larga escala, com alta produtividade, com foco em tecnologia. Agora, também “surfamos” no crescimento de renda da sociedade.

A receita de sucesso da Cacau ShowSeu cliente é a classe ascendente?
Não rotulamos nossos clientes por classe social; eles são os apaixonados por chocolate em geral.O produto de entrada é a trufa, que custa R$ 1 ou R$ 1,80 a grande. Com ela, o cliente entende: “Com o mesmo dinheiro com que compro um bombom industrial posso comprar uma trufa dessa loja bonita, com a moça bonita me atendendo bem?”. E ele perde o medo da loja.

Explique esse medo, por favor... 
Sete anos atrás, a loja Cacau Show do Shopping D, em São Paulo, não decolava e eu disse: “Põe na vitrine que tem trufa a R$ 1”. Deslanchou As pessoas de menor poder aquisitivo viam lojas especializadas como inacessíveis; agora, essas lojas estão virando um hábito.

Como a loja Cacau Show se diferencia de concorrentes como Kopenhagen e Brasil Cacau, que veio na cola de vocês? 
Nós atendemos a classe C, e também a B e a A. Temos preço competitivo, mas investimos muito em qualidade de chocolate e em design –
 ganhamos oito prêmios de design em 2010 e 2011. Investimos muito em marca: somos top of mind da categoria “lojas de chocolate” pelo Datafolha, com 96% de recall, até na classe A. A gente tem boa performance tanto nas lojas de periferia como nos shoppings sofisticados. Nós resolvemos o dilema dos produtos de consumo e de presente.

Que dilema é esse? 
Se um chocolate é caro demais, ele é comprado só para presente, o que é um problema, porque não dá ticket médio ao lojista. O que conseguimos fazer foi:
• A classe C compra Cacau Show 65% para presente e 35% para consumo.
• A classe B compra nossos produtos com intenções meio a meio.
• A classe A compra 65% para consumo e 35% para presente.

Você tem certeza de o produto ser consumido pela classe A?
Sim, temos vários indicadores disso. Um deles é o de que vendemos, em dezembro de 2010, 2 milhões de panetones a R$ 39,90 cada um. Esse é um preço de classe A, não é?

Nessa filosofia de manter os pés nas duas canoas, a do luxo e a do popular, como as Havaianas, fazia sentido mesmo descontinuar a Gardner? 
Produzimos para terceiros, como marcas próprias de supermercados, aí com o nome IBAC –Indústria Brasileira de Alimentos de Chocolate. Isso, que já é 10% do nosso negócio, faz sentido pela nossa capacidade produtiva, que agora é muito grande.
Na Casa Verde, comprando os terrenos vizinhos, cheguei a ter 5 mil metros quadrados de fábrica. Aqui em Itapevi, vizinha de São Paulo, são 40 mil metros quadrados de área construída. E dá para ampliar turnos de trabalho.
Qual é o horizonte de crescimento?
Enquanto o consumo anual de chocolate na Europa é de 12 quilos per capita, o nosso é de 2 quilos. Então, tem muito para crescer aqui, porque os brasileiros adoram chocolate.

Até no Nordeste? Reza a lenda que lá não se come chocolate... 
Das 10 lojas que mais vendem no nosso sistema, 5 estão lá.

E a internacionalização? Sei que você acaba de voltar da Bélgica... 
Este ano já fui três vezes para a Bélgica e irei mais. Tenho conhecido empresas lá, sim, porque queremos comprar uma este ano ainda.
Há muitas oportunidades para explorar ali. A empresa belga é muito engessada, consegue fazer só um tipo de produto: só chocolate moldado, ou só chocolate coberto, ou só chocolate centrifugado, ou só massa de chocolate. Quem chegar com a flexibilidade de saber fazer tudo terá um potencial de ganho enorme.
A gente faz desde a massa do cacau até o produto acabado em todos os tipos de tecnologia possíveis. Não temos medo da complexidade.
De onde vem tanta flexibilidade? 
A criatividade nasce da escassez. Éramos pequenos, tínhamos uma máquina apenas e nenhum dinheiro, então ficávamos chamando o técnico e adaptando-a para fazer tudo o que precisávamos fazer.

A marca Cacau Show pegaria lá fora?
Não trabalharíamos uma marca Brasil lá fora, só a gestão brasileira.

Você pensa em contrair dívidas para crescer? Abrir capital? Até vender parte da Cacau Show? Sei que tem 97,5% da empresa e seu sócio 2,5%. 
Eu nunca cresço me endividando; sempre reinvisto capital próprio. Meu “barato” é fazer chocolate, então eu me distanciar disso está fora de cogitação. Vejo a abertura de capital com bons olhos, principalmente para perenizar o negócio, só que traz mais complexidade. Estamos acompanhando experiências que incluem canal proprietário de franquias.

Você falou em escassez criadora... E na gestão? Quanto menos gestão, melhor? 
Eu diria que o princípio é o de uma estrutura enxuta. Por exemplo, temos diretoria faz apenas um ano; não havia antes. O nome –bonito– que dou para a estrutura vir depois da receita é de uma empresa “extremamente empreendedora”. Sabe por quê? Porque, para oferecer um negócio com qualidade e bom preço, você tem de ter custos controlados. Somos uma empresa de 1,1 mil funcionários que não tem uma copeira, por exemplo. Cada um que nos visita, você inclusive, tem de pegar a própria água e trazer. Mas pensamos em contratar uma.

Como você trabalha qualidade? 
Com investimento em tecnologia, rigor na escolha de matérias-primas, controle rigoroso e constante, tomando cuidados (por exemplo, abrimos outra fábrica para chocolates diet, sem açúcar, para não haver risco de mistura) e incorporando os últimos conhecimentos na área. Acompanhamos de perto a maior das novidades, que é interferir no sabor do cacau. Procuramos uma fazenda de cacau na Bahia neste momento para comprar e fazer isso. Tenho estudado muito o assunto.

A Cacau Show está verticalizando? 
O objetivo principal não é verticalizar, embora isso não seja ruim em si, e sim mostrar para o consumidor nosso expertise de ponta a ponta e estar à frente nessas pesquisas com fermentação de cacau.

E o design? A apresentação? 
De novo, é a criatividade que vem da escassez. Custava muito caro fazer embalagem com um estúdio de design. Então, chamei um amigo do tempo de vôlei, o Rafael, para vir fazer isso aqui. Compramos um Macintosh de segunda mão e saímos usando. Eu era dupla de criação dele, depois fiquei só num comitê que opina sobre o assunto e hoje até do comitê me expulsaram [risos]. O Rafael está há 15 anos conosco e temos até estúdio de fotografia in house.

E o design do chocolate? 
Eu também fazia dupla com o chocolateiro nisso, porque viajo e trago as referências. Mas hoje sofisticamos muito o processo e temos departamentos de desenvolvimento de produtos e de inteligência competitiva.

E o branding?
Construção de marca, na minha visão, é coerência. Ano após ano, mostramos para o consumidor o que a gente é e quer ser: uma empresa com produtos de alma artesanal feitos em larga escala e com a proposta de ser feliz, alto-astral e democrática. Está no nome: temos de oferecer cacau e show, que é a experiência do consumidor –show no ponto de venda, show no design, show em produtos inovadores... Somos a empresa que mais lança chocolates novos –disparado. A gente põe no mercado 100 novos produtos por ano –uma renovação de metade do meu portfólio de 200–, enquanto a maioria lança três, se tanto.
O bacana é que a gente está passando da fase de ir atrás das tendências da Europa ou dos Estados Unidos para a de criar tendências. Tenho visto coisas fora que a gente já fez há um tempo, como ter embalagens desenhadas por artistas ou fazer sticks salgados cobertos de chocolate.
Mas como se transmite isso aos consumidores? Basta publicidade? 
Não! Há o investimento de mídia –já estamos entre os 100 maiores anunciantes do Brasil– e também nas redes sociais. Há a experiência toda que acontece nas lojas e, cada vez mais, a gente melhora o departamento de treinamento. Para a motivação, eu mesmo vou para as convenções com as vendedoras –brinco que é meu momento Fábio Jr., pois beijo 2 mil mulheres em um dia.

E o Carnaval de 2010? O que foi aquilo em termos de branding, hein?! 
Sabe como surgiu? Fiz um livro lindo sobre chocolate registrando uma expedição de 15 dias, em 2008, por fazendas de cacau do Nordeste, com o fotógrafo Laílson Santos, e enviei para todas as escolas de samba de São Paulo sugerindo o tema; a Rosas de Ouro comprou o projeto. E a Rosas foi a grande vencedora do Carnaval. Cacau Show é alegria, isso tinha tudo a ver conosco. Eu saí em cima do carro alegórico a 5 metros de altura, como destaque, jogando chocolate para a avenida. Foi um desfile emocionante.

Como a Alpargatas enviou Havaianas para as estrelas do Oscar... Você é um daqueles brand leaders “by the book”, Alexandre. A empresa tem a sua cara... 

Nosso diretor de marketing, que veio do varejo e tem seis meses de casa, me disse isto: “Ô, cara, a marca é você, entendeu?”. Ele quis dizer que é o jeito que eu sou e vivo: sem frescura, feliz, analisando o sabor e o custo das coisas.

Não existe mais a venda porta a porta? A Nestlé está fazendo isso agora...
Praticamente não, mas foi uma distribuição importantíssima por 18 anos; foi o que pulverizou a marca.

Você não é mais dupla de criação de chocolates nem de embalagens. Qual é seu papel hoje na empresa? 
Essa é uma pergunta interessante... Acho que uma das virtudes de um empreendedor é entender qual é seu papel em cada momento, porque os papéis mudam; a gente tem de saber se desapegar de um e se preparar para outro. Meu papel atual é o de inspirar e formar as pessoas. Tenho de aprender a delegar, o que não é simples, porque é dar meu filho para outro cuidar.

Dizem que o segredo para envolver as pessoas continua sendo “pão + circo”, remuneração e bom ambiente... É? 
É. No ano gerencial que terminou em abril de 2011, começamos o programa “Excelência Show”, de dar bônus de até oito salários anuais para diretoria, gerência, supervisão e liderança, que é na fábrica. E temos rituais que nos unem, como o almoço de Sexta-Feira Santa, em que cozinho para todos.

*Esta reportagem foi publicada pela Revista HSM Management (br.hsmglobal.com) e no Mundo do Marketing .