domingo, 30 de dezembro de 2007

2008

Espero que 2008 seja ao menos "8", porque "10" só em 2010.

Estarei por aqui a partir do dia 3 de janeiro e até lá fiquem com uma frase do Jack Welch que resume muito bem o que é perseverar nos nossos ideais.

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"Ao tentar alcançar o que parece ser impossivel, geralmente fazemos o impossivel."

Paulo Rubini, consultor de Marketing

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Coaching e a Neurociência

Como vocês já perceberam, gosto de trazer artigos de terceiros com umas emendas minhas. Mas também gosto de ler grandes artigos e fazer compilações para facilitar a leitura, principalmente os oriundos das páginas impressas.

Na HSM Management de janeiro, em uma ótima matéria: “A neurociência da liderança”. Os autores americanos Jeffrey Schwartz e David Rock, dos best sellers Brain Lock e Quit Leadership, respectivamente, falam sobre os avanços na pesquisa do cérebro e sua importância para a mudança nas organizações.

Organizações de todo o mundo enfrentam o mesmo problema: o sucesso não é possível sem mudar o comportamento cotidiano das pessoas. Entretanto, mudar o comportamento é difícil, mesmo para os indivíduos e mesmo quando os novos hábitos significam a diferença entre a vida e a morte. Dos muitos pacientes que recebem pontes de safena, apenas 10% adotam hábitos mais saudáveis no dia-a-dia.

Durante as últimas duas décadas, os cientistas adquiriram uma visão nova e muito mais precisa da natureza humana e da mudança de comportamento por conta da integração da psicologia (estuda da mente e do comportamento humano) e da neurociência (estudo da anatomia e da fisiologia do cérebro).

As implicações desse novo tipo de pesquisa são particularmente relevantes para os lideres empresariais. Os gestores que entenderem os recentes avanços da ciência cognitiva poderão liderar e influenciar a mudança consciente: a transformação organizacional que leva em conta a natureza fisiológica do cérebro e as formas pelas quais ela predispõe as pessoas a resistir a algumas formas de liderança e a aceitar outras. Isso não significa que o gerenciamento – da mudança ou de qualquer coisa – seja uma ciência. Existe muito de arte e habilidade nisso. No entanto, é possível tirar várias conclusões sobre a mudança organizacional que tornam essa arte e essa habilidade mais eficazes. Tais conclusões iriam contra o senso comum ou seriam tachadas de erradas alguns anos atrás.

Os autores seguem citando os exemplos do que era senso comum anos atrás:

- A mudança é dolorida. A mudança organizacional é inesperadamente difícil porque provoca sensações de desconforto fisiológico.

- O behaviorismo não funciona. Os esforços de mudanças baseados em incentivos e ameaças (a cenoura e a vara) raramente têm êxito em logo prazo.

- O humanismo está superestimado. Na prática a abordagem de empatia convencional de conexão e persuasão não envolve suficientemente as pessoas.

- Foco é poder. O ato de prestar atenção cria mudanças químicas e físicas no cérebro.

- A expectativa molda a realidade. As pré-concepções das pessoas têm impacto significativo sobre o que elas percebem.

- A densidade da atenção molda a identidade. A atenção repetida, propositada e concentrada pode levar a uma evolução pessoal duradoura.

Quando vemos um produto novo na prateleira do supermercado e racionalmente comparamos seus benefícios com os de um produto que já usamos, é a memória de trabalho que recebe as novas informações e as compara com as antigas. Esse tipo de memória ativa o córtex pré-frontal, uma parte do cérebro de energia intensiva.

Os gânglios basais, por outro lado, são invocados por atividade rotineira, familiar, como colocar um produto frequentemente comprado no carrinho do supermercado sem prestar atenção e talvez sem se lembrar depois de que o pegou. É nessa porção do cérebro, localizada no centro, que se formam e se mantêm os circuitos de hábitos duradouros. Ela exige muito menos energia para funcionar do que a memória de trabalho, em parte porque transparentemente conecta comportamentos simples de módulos cerebrais que já foram moldados por intenso treinamento e experiência.

As pessoas acabam dirigindo um carro “sem pensar”, graças aos gânglios basais. Mas, se tentarem dirigir na outra mão, precisarão usar o córtex pré-frontal. Por isso, muita gente nunca que alugar um carro na Inglaterra.

Muitos modelos existentes para mudar o comportamento das pessoas são extraídos do behaviorismo, mas a motivação behaviorista, inspirada em Pavlov e que aposta em incentivos às pessoas, não funciona. A motivação humanista, baseada em Maslow e que propõe atender a necessidade e explicar erros, também não é tão eficaz. O modelo predominante da psicologia humanista envolvia ajudar as pessoas e atingir seu potencial pela auto-realização – trazer à tona capacidades e aspirações escondidas. Os terapeutas e coachs deixaram para trás a vara e a cenoura e se concentraram na empatia com soluções holísticas. A meta implícita é “trazer as pessoas para o barco” ao estabelecer confiança e relacionamento e então convencê-las do valor de uma mudança: “fornecer um feedback de desempenho construtivo”. Trocando em miúdos, dizer às educadamente às pessoas o que elas estão fazendo errado. Esta abordagem supõe que se as pessoas receberem as informações corretas sobre o que estão fazendo errado e houver os incentivos corretos implantados, elas automaticamente mudarão.

No entanto, o cérebro humano pode se comportar como uma criança de 2 anos: diga-lhe o que fazer e ela automaticamente age ao contrário. Esse fenômeno é parcialmente uma função da homeostase (o movimento natural de qualquer organismo de tender ao equilíbrio e afastar-se da mudança), mas também reflete o fato de que o cérebro é um órgão que faz padrões com um desejo inato de criar conexões inusitadas.

Em vez de dar aulas e fornecer soluções, os coaches eficazes fazem perguntas pertinentes e dão apoio a seus clientes para que eles próprios descubram as soluções”.

Coaching. Existe sempre algo a aprender.

O primeiro passo em qualquer esforço para melhorar a desempenho de um funcionário é o chamado coaching. O que é Coaching? "Coaching é a habilidade de ajudar as pessoas a se dedicarem, e se entusiasmarem no cumprimento dos seus objetivos". Coaching deve ser parte da interação diária entre um gerente e seu funcionário.

O objetivo do coaching não é fazer uma pessoa se sentir mal ou demonstrar o quanto o gerente sabe mais do que o funcionário. O objetivo do coaching é trabalhar com o funcionário para resolver problemas de desempenho e melhorar o seu trabalho, o trabalho da equipe ou do departamento. Algumas idéias sobre como fazer coaching nas pessoas:

· Demonstre confiança na habilidade do funcionário em resolver o problema.

· Descreva o problema da desempenho. FOCO no problema ou no comportamento que precisa ser melhorado, e não na pessoa. Pergunte a opinião do funcionário sobre a situação.

· Determine se existe alguma situação que limita a habilidade do funcionário de cumprir a tarefa. Quatro barreiras comuns são: tempo, treinamento, ferramentas e atitude. Determine como remover essas barreiras. Crie um plano de ação.

· Discuta soluções potenciais para o problema. Pergunte ao funcionário se ele tem alguma idéia sobre como resolver o problema, e prevenir que não aconteça novamente. Ofereça as suas sugestões.

· Coloque no papel quais serão as ações que cada um de vocês terá que fazer para corrigir a situação.

· Determine uma data para fazer a revisão da situação. Demonstre ao funcionário o quanto você confia na competência dele em fazer as correções que são necessárias.

“O poder de mudar o comportamento com perguntas data da época de Sócrates, mas mesmo o método socrático pode falhar quando for utilizado por alguém de autoridade que estiver tentando convencer os outros de determinada solução ou resposta”.

A mudança consciente na prática começa deixando os comportamentos problemáticos para trás; concentrando-se na identificação e criação novos comportamentos. Com o tempo, eles podem moldar os caminhos dominantes do cérebro de seus funcionários. Isso se consegue com uma abordagem de fazer perguntas concentradas na solução que facilitem a autopercepção, e não com uma abordagem de dar conselhos.

Por exemplo, se perguntarmos a um subordinado porque não atingiu a meta do período, ele concentrará a atenção no não-desempenho. Em decorrência dessa atenção ele poderá fazer novas conexões cognitivas (também conhecidas como razões) quanto ao motivo de não ter encontrado mais pessoas para sua equipe cumprir as metas: “todas as pessoas realmente boas já estão em outras empresas” ou “eu não tive tempo para fazer os recrutamentos necessários”. Essas razões, embora válidas, pouco contribuem para apoiar ou fomentar qualquer mudança.

Uma abordagem mais útil para concentrar a atenção do mesmo subordinado é em novos circuitos que ele tem de criar para atingir os objetivos futuros. A pergunta dirigida a ele deveria ser: “O que você precisa para resolver os desafios apresentados?” Esse questionamento certamente induzirá o gerente a uma percepção de que ele precisa se lembrar com maior freqüência de seus objetivos anuais e de manter os olhos nos prêmio. Assim, o superior deve perguntar com mais freqüência sobre o andamento das coisas para que o seu subordinado não perca o foco.

Segue na parte 2 com O poder do foco.

Paulo Rubini, consultor de Marketing.






sábado, 22 de dezembro de 2007

A cor do natal

Transforme este natal você também,
faça uma criança feliz neste natal,
seja solidário neste natal...




frases de efeito escondem o lado mais cruel da comemoração cristã. Claro que não me refiro à comemoração do nascimento do filho de Deus, mas à comemoração dos homens de negócios que festejam o crescimento das vendas deste final de 2007 em relação ao mesmo período de 2006.

Das quase 500.000 cartas que os Correios recebem no período de natal com pedidos ao bom velhinho, uma significativa parcela delas pede cestas básicas. Isso denota o desespero de algumas famílias em apelar para que alguém atenda seu pedido na esperança de um natal com comida na mesa. Claro que a maioria das meninas e meninos de 7, 9, 11 anos não as escreveu, e em muitos casos fazem um segundo pedido de que possa ser o de uma boneca ou carrinho, mesmo usados.

Hoje pela manhã assistindo a um jornal televisivo fiquei estarrecido com a linha editorial do sensacionalismo acima de tudo. O repórter entrevistava uma menina de 7 anos não alfabetizada que pedira uma boneca usada e uma cesta básica ao papai Noel, sob os olhares da mãe desempregada e do pai que sobrevive de bicos.


Cena 1: Dentro do barraco de um cômodo o repórter tascou a seguinte pérola:
"Como você acha que vai ser o seu natal?"
Resposta da criança vítima da armadilha: "ah, não sei....mas vai ser bom"

Cena 2: Para fechar com chave de ouro, a câmera se volta para o pai humilhado e com lágrimas nos olhos, talvez pensando na sua impotência diante do apelo massivo do business natalino sobre a mente inocente de sua filha, não esquecendo, claro, daquela musiqueta dramática ao fundo.

Take end.: Outra visita só no natal de 2008, quando novamente uma família será abordada pela solidariedade sazonal natalina

Você colocaria a sua marca em ações sensacionalistas assim?

A sociedade e as empresas devem mudar sua visão do natal e não misturar a comemoração cristã religiosa com problemas sociais; ou seja, as ações comerciais alusivas ao evento festivo de natal nada tem a ver com os problemas sociais de nossa nação. Pobre come, ou deveria comer todos os dias e não na ceia de natal. Fatos como o mencionado anteriormente agrava ainda mais a situação de distanciamento que temos com nossos semelhantes mais necessitados.

Em tempos de responsabilidade social e com cada vez mais empresas engajadas por resultados sociais em seus balanços, nada pode soar mais inquietantemente falso do que ações dessa natureza.

Decerto a ação mencionada é apenas midiática. Não se constrói uma imagem de responsabilidade social dessa forma.

Ações sociais devem ser uma constante e até pode fechar o balanço anual na data do natal.

Planeje um projeto de inclusão social dentro de sua empresa, crie uma paleta da cor vermelha para a sua planilha social que pode começar no branco em janeiro e finalizar o ano, em dezembro, com o vermelho de papai Noel festejando os resultados obtidos pelo esforço sincero de dedicação ao próximo.

Assim, quando o natal chegar será para sua empresa e para os beneficiários de seu projeto, uma data a ser comemorada pelas conquistas diárias e não uma mera festança de calendário. Certamente a confraternização interna da empresa será mais valorizada por esses números.

Paulo Rubini, Consultor de Marketing.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Boa iniciativa.

Setor plástico quer reduzir uso de sacola

A indústria do plástico e o setor supermercadista lançaram quinta-feira o Programa Nacional de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, em que esses segmentos assumem o compromisso com a melhoria das sacolas e a diminuição de seu uso. A perspectiva das entidades participantes é de uma redução de 30% no consumo desses itens. Pode parecer contraditório as fabricantes quererem a diminuição do uso dos produtos. No entanto, a idéia é melhorar a confiabilidade das sacolas e mostrar a preocupação com a preservação do meio-ambiente. Segundo o diretor-superintendente do INP (Instituto Nacional do Plástico), Paulo Dacolina, essa é uma preocupação antiga. No início deste ano, houve uma ação para a regulamentação do mercado, em que a maioria dos produtores se comprometeu a passar por uma certificação. E a ABNT, em trabalho conjunto com o instituto, emitiu uma norma para garantir a resistência desses itens. A ação envolve hoje 12 empresas (que representam 75% do setor), que se adequam a essas regras. A iniciativa deverá trazer vantagens para a população e para as próprias empresas. “Tivemos um ganho na gestão da empresa, já que a nova norma é baseada na ISO 9001”, disse o gerente industrial da Hiper-Roll Embalagens Plásticas, Ary Ferreira dos Santos Júnior. E a fabricante espera ganhar mercado, pelo aprimoramento e porque poderá usar a logomarca da ABNT e do INP nas sacolas. Já o público ganha um produto mais resistente, que dispensa a necessidade de duplicidade do uso para o transporte de um saco de arroz, por exemplo. Supermercados - Abras e Apas (as associações brasileira e paulista de supermercadistas) devem incentivar a adoção de sacolas certificadas pelo varejo e buscar conscientizar a população em relação ao uso consciente, para diminuir o desperdício.

Fonte: www.dgabc.com.br - 07.12.07

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Ecologia de consumo

Ecologicamente corretos. Essa é a tendência de consumo do momento. O setor de moda, por exemplo, já cunhou o termo ecomoda para as iniciativas atreladas ao uso de materiais que colaboram com a sustentabilidade do planeta.


A coleção de verão 2008 da Timberland, batizada de Earthkeepers traz camisetas desenvolvidos com algodão orgânico – cujo cultivo, sem agrotóxicos, não agride o meio ambiente -; o algodão naturalmente colorido – cultivado no estado da Paraíba, já nasce com as fibras coloridas e não tem necessidade de tingimento com corantes que prejudicam o solo -; e o algodão com PET reciclado.


Da Imaginarium, rede de franquias que prega o fundesign, as blusas femininas são confeccionadas em fibra de bambu, obtida por um processo natural - além de um toque macio, a fibra tem propriedades anti-bactericidas e alta absorção de umidade. As embalagens também abraçam a causa, se transformam em cartaz de conscientização, com várias dicas de pequenas atitudes que podem contribuir para um mundo mais sustentável.


Não só o planeta agradece como também muitos consumidores ficam satisfeitos em comprar produtos e serviços de empresas preocupadas com o desenvolvimento sustentável. Uma pesquisa realizada pela Market Analysis e pelo Instituto Akatu revelou que 33% dos compradores brasileiros adotam atitudes conscientes na hora das compras, o que representa uma em cada três pessoas.


Além disso, 37% dos entrevistados afirmam pagar mais por materiais não-nocivos ao meio ambiente e oito em cada 10 consumidores que manifestaram disposição a pagar mais, aceitariam um sobrepreço de 25% a 35% pela mercadoria com selo ambiental.


Estudo feito pela TNS Interscience para a Consumidor Moderno, com o tema “Empresas que mais Respeitam o Cliente”, revelou que 51% dos entrevistados consideram como um item muito importante as ações de responsabilidade social que a empresa realiza na hora de se decidir por uma marca.


A indústria de bens de consumo já reúne iniciativas de sucesso. Ao fazer algumas substituições na tampa de plástico de seus desodorantes, a Unilever contribuiu com a simplificação da reciclagem das embalagens.


Outra. Com mudanças simples nas garrafas pet de refrigerantes, a AmBev, acabou economizando matéria-prima, o que resultou em 650 toneladas a menos no consumo de plástico por ano, reduzindo, conseqüentemente, o volume de lixo gerado. Ou seja, no fim, o benefício não é só do planeta, é redução de custos para a própria empresa também.
(fonte consumidor moderno)



Leia sobre a GB Lavanderia e seu trabalho constante pelo meio ambiente.


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Curta e importante!

“De acordo com nossas pesquisas, a marca Brasil é
uma lovemark, amada no mundo todo, assim como
Itália e Austrália.”
[Kevin Roberts]

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Uma das frases mais importantes do ano:

“É com você.”
Radiohead, ao pedir em seu site que usuário definisse o preço de "In Rainbows", novo álbum da banda britânica lançado primeiramente pela internet


segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Mantega leva a Lula alternativas à CPMF

Lula resiste à recriação da CPMF por considerar que a oposição, segundo relato de um ministro, não foi " séria " na recente negociação. " O PSDB fechou um acordo e no dia seguinte votou diferente " , criticou um auxiliar do presidente.

A assessoria do ministro divulgou ontem uma nota negando que Mantega queira recriar a CPMF. Lula teme uma nova derrota. Para ele, a única negociação possível desse tema é no âmbito da reforma tributária, que o governo enviará ao Congresso no próximo ano. " Obviamente esta proposta que estamos para enviar ao Congresso terá algumas mudanças em função da votação da CPMF " , disse ontem o presidente.

As linhas gerais do pacote que deve ser discutido hoje entre o presidente e Mantega já estão definidas e prevêem o aumento das alíquotas de tributos como a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), além de medidas de contenção de despesas em algumas áreas.

Em reunião preliminar com Mantega, o presidente definiu as " diretrizes gerais " do pacote. São elas: a meta de superávit primário das contas públicas, de 3,8% do PIB, será mantida; haverá aumento pontual de impostos; serão cortadas despesas, preservando-se, no entanto, os investimentos do PAC e os gastos sociais. Na sexta-feira, Mantega ordenou à sua equipe que calculasse os impactos fiscal e econômico das medidas propostas. Ele tem pressa. Hoje, apresentará o pacote ao presidente, em Montevidéu, onde Lula participa da reunião de cúpula do Mercosul.

O principal objetivo do pacote é encontrar novas fontes de arrecadação para cobrir os R$ 40 bilhões que deixarão de ser arrecadados anualmente com o fim da CPMF. Segundo fontes ouvidas pelo Valor, o pacote terá três eixos. O primeiro é o aumento de impostos. No caso da CSLL, tributo que tem a mesma base de incidência do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, a alíquota atual é 9%. O governo sabe que terá dificuldade para elevar a CSLL.

Matéria completa.

Façam suas apostas. Eu acredito que surgirá um novo imposto nos mesmos moldes da CPMF para aproveitar toda a estrutura já existente em torno dela, porém com uma alíquota bem menor.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Por que é difícil resolver o problema do cliente?

Consumidor Moderno fez essa pergunta a destacados líderes de importantes empresas brasileiras. Confira as respostas:


"O segredo é entender que o cliente não sabe tudo. É preciso fazer essa descoberta junto, diagnosticar suas reais necessidades e não apenas o que ele fala, mas o que sente".

Paulo Ricardo Gouvêa, diretor de marketing e vendas, da Organon

"Não é difícil resolver problema do cliente. O operador precisa ter preparação adequada, entender os processos e ter o suporte da tecnologia mais avançada. Só assim é possível estar à altura da expectativa do cliente, que cresce a cada dia".

Alexandre Jau, presidente TMKT


"Não basta coletar a informação, é preciso usar, é ela que vai resolver o problema do cliente. É preciso aprender com experiências positivas e negativas".

José Eduardo Vaz Guimarães, marketing e produtos da BrasilPrev


"A grande sacada é conhecer as relações que o consumidor tem com a marca, mapear, armazenar e analisar essas interações. Resolver o problema do cliente, é resolver o problema da empresa, os questionamentos, as deficiências. Na maioria das vezes, as expectativas do cliente são mais rápidas do que a empresa consegue entregar, mas quando vibra na mesma velocidade é muito bom".

João Batista Ciaco, diretor de marketing da Fiat


"É difícil quando os processos são mal definidos, quando não dão ao profissional na ponta, a opção de decidir, não há autonomia. O profissional vai simplesmente seguir um script. É difícil também quando as pessoas não são preparadas".

Ana Júlia Baumel, coordenadora da central de relacionamento de O Boticário


"Porque essas empresas não gostam de gente. Quem gosta, resolve. Se não entregamos nada ao cliente não podemos tirar. É preciso mimar o cliente. Um sorriso abre portas e ajuda a abrir carteiras".

David Mendonça, ex-camelô e hoje empresário e palestrante


"É preciso olhar para o cliente de forma segmentada, dar um serviço correspondente e ter simplicidade. Necessário se aprimorar, aumentar o conhecimento naquele nicho que se pretende atuar, virar especialista, enfim fazer a diferença".

Roger Ingold, presidente da Accenture


"É ter as pessoas certas no lugar certo. No final, problemas surgem como conseqüência de algo que foi mal feito".

Marcelo Llévenes, presidente Endesa


"Pensar o cliente de forma inclusiva, entendendo toda sua diversidade"

Marcelo Alonso, diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Vivo


"Não é difícil resolver o problema do cliente. Demanda investimento e trabalho de longo prazo, de melhoria contínua. Tenho a sensação que os serviços das centrais de atendimento têm melhorado, mas muitas empresas ainda não conseguiram resolver plenamente, talvez porque não entendam a demanda do canal".

Cristiano Dencker, da área de inteligência de marketing da Accenture


"O atendimento precisa estar à altura da expectativa do cliente, com uma proposta de valor aliada a ela. Muitas empresas têm essa intenção, mas poucas conseguem. O consumidor não quer muito, ele quer apenas o que foi prometido".

Andréia Ribeiro Junqueira Souza, direção executiva do Carrefour


"A necessidade do cliente deve ser atendida na plenitude. Não é preço, é melhor custo benefício. Não é o que queremos vender, é o que ele quer comprar. Não é só criar um 0800, mas é fazer pesquisas para ouvir, medir a satisfação. Ainda, cliente é gente e quer falar com gente, não com máquina".

Acácio Queiroz, presidente Chubb Seguros


"Não é difícil resolver o problema do cliente. É preciso dedicação, tempo, treino e respeito".

Meyer Nigri, presidente Tecnisa


"Não é difícil. Fala-se muito e pratica-se pouco".

João Cox, presidente Claro


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É um assunto muito importante. Tão importante e quase não existe consenso entre as respostas apresentadas.

Qual é a melhor resposta? Ou todas complementam todas?

Eu começaria perguntando sobre o quê é problema para o cliente, para depois solucioná-lo. Muitos problemas para alguns não o são para outros. Enfrentar fila de banco não é problema para o "old boy", mas o é para o office boy. Assim, não existe nem clientes e nem problemas idênticos, existem processos com problemas que devem ser avaliados e seus scripts modificados.

Existe o cliente que não é cliente, é refém. Sendo refém ele não tem nem a opção de evitar o problema. Sou refém de uma empresa de telefonia/internet e não tendo opção pela troca de fornecedor vejo-me obrigado a permanecer no status quo indesejado, mas necessário para minha labuta diária. Para o meu caso só existe uma solução: concorrência na oferta do serviço e isso não é um problema localizado, mas uma deficiência do sistema.

De todas as respostas do artigo, a única que viu "além dos 5 dedos da palma da mão" (passagem do filme Patch Adams), foi:

"É difícil quando os processos são mal definidos, quando não dão ao profissional na ponta, a opção de decidir, não há autonomia. O profissional vai simplesmente seguir um script. É difícil também quando as pessoas não são preparadas".

Ana Júlia Baumel, coordenadora da central de relacionamento de O Boticário

O problema invariavelmente está nos processos e não nos clientes.

"Use a ferramenta apropriada para o serviço. Deixe que a ferramenta faça o serviço. Cuide de suas ferramentas." - Stanley E. West

Paulo Rubini, Consultor de Marketing e cliente.




sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Rapidinhas

Google desenvolve rival da Wikipedia

O Google está desenvolvendo uma nova plataforma de publicação, onde as pessoas podem inserir textos sobre assuntos que conheçam, muito similar a Wikipedia.

O projeto, em fase beta fechado (somente para convidados), permite que os usuários criem páginas com suas fotos e entradas (artigos), com temas como insônia. As entradas são chamadas de “knols” para unidades de conhecimento, do inglês “unit of knowledge”.

Completo


Natal se aproxima e rootkits também.

Que tal receber um vírus muito perigoso de Natal? É claro que ninguém gosta disso. Mas, se você se preocupa com os mal intencionados que existem por aí esperando uma brecha qualquer para causar um estrago danado nos sistemas informacionais, pode ficar ainda mais inquieto. Segundo especialistas, os ataques com rootkits estão se propagando de forma muito rápida em plena véspera de Natal.

Coincidência? A elevação nos números de PCs infectados começou a ser desencadeada em relatórios da empresa especializada nesse malware, a Prevx. A companhia possui mais de 725 mil PCs usando de forma ativa suas ferramentas contra esse tipo de ataque. Em dezembro, o total de máquinas infectadas já é de 22%, ainda faltando praticamente duas semanas para o final do mês. Em outubro, esse total era de 15,5%.

Rootkits podem ficar invisíveis aos meios comuns de identificação de vírus. São necessárias ferramentas especiais para identificá-los e removê-los. Eles se ocultam em outras aplicações ou no kernel do sistema operacional do computador. Isso permite que itens maliciosos coletem senhas e dados sigilosos do computador infectado sem que o usuário tome conhecimento do roubo da informação pessoal.

O mais curioso, é que rootkits existem há anos...

Completo



terça-feira, 11 de dezembro de 2007

QUIZ Marketing de Guerrilha

Al Ries em um de seus livros defendeu com unhas e dentes o conceito de posicionamento de marca. A guerra não é de produtos, mas sim de mentes. Se sua marca não está na mente do seu público alvo, é como se ela não existisse!


Neste contexto surge o marketing de guerrilha com ações ousadas e inusitadas para chamar a atenção para uma marca ou produto.


Ninguém melhor que meu amigo guerrilheiro Ruizão para definir o espírito de um guerrilheiro:


O cara pode até fazer uma guerrilha pra chamar a atenção da mídia. Mas não adianta nada fazer guerrilha esporadicamente só porque a verba ta curta. O que eu tento passar pros meus clientes é que ser guerrilheiro requer mudança de atitude. Ser guerrilheiro não é apenas fazer ações de rua, emboscadas ou marketing viral. Ser guerrilheiro é compreender que você tem concorrentes com o bolso mais fundo que o seu, e que pra aparecer você precisa ser mais ousado.


Ser guerrilheiro é entender que propaganda intrusiva não é a solução. O empreendedor que percebe que estamos na era da informação vai utilizar isso como beneficio. Pra que voce vai pagar rios de dinheiro por 30 segundos no intervalo do jornal nacional se você pode aparecer no noticiario por 3 minutos sem pagar nada? O cara que é guerrilheiro sabe que no intervalo a maioria das pessoas faz zapping pra ver o que tá passando em outros canais.


O cara guerrilheiro sabe que pagar uma página inteira no jornal pra simular uma máteria não compensa (qualquer jornal coloca bem em cima claramente que é propaganda). O guerrilheiro sabe que compensa mais gerar notícias legítimas.


A atitude não é só na comunicação com o público alvo e mídia. Empreendedor guerrilheiro sabe ousar na hora de criar a embalagem do seu produto, na criação do seu logotipo, no slogan, no jeito de atender o seu cliente.


O marketing de guerrilha tem que ser abordado de maneira total pela empresa.


A agência vetora criou um teste bacana para definir seu grau na hierarquia de guerrilha.

Sou comandante com 11 acertos!

Responda o seu Quiz guerrilha para saber sua patente.


Paulo Rubini, consultor de Marketint e guerrilheiro.


segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Mistério na Bahia.

Hoje, coincidentemente, a Casas Bahia inaugurou uma nova loja em minha cidade, no ES, como parte da estratégia de expansão do grupo Klein e me deparei com uma notícia meio confusa. Leia a seguir:

A gigante do comércio de móveis e eletroeletrônicos Casas Bahia iniciou há cerca de dois meses um movimento que deixou outras varejistas e gente do mercado financeiro ao mesmo tempo em polvorosa e com a pulga atrás da orelha. A empresa da família Klein, por meio do consultor de varejo, Marcos Gouvêa de Souza, procurou um pequeno grupo de empresas do setor e de fundos de private equity, indicando que gostaria de receber propostas de compra do seu controle, conforme notícia veiculada no portal "Exame" na sexta.

Samuel Klein


Por seu porte e valor estratégico - a empresa lidera o ramo com faturamento anual por volta de R$ 12 bilhões -, a sinalização da Casas Bahia despertou grande interesse no mercado. Segundo apurou o Valor, foram procuradas as líderes do varejo de alimentos, como Pão de Açúcar e Wal-Mart e grandes fundos de private equity como GP Investimentos e Pactual Capital Partners.


Mas, o que era para ser algo restrito, acabou saindo do controle e atraindo a curiosidade de mais gente. Fala-se até em fundos de private equity estrangeiros, como o americano Blackstone. "Quiseram esconder um elefante atrás da moita", diz um dos executivos procurados. A Casas Bahia nega que esteja à venda. Procurado, Marcos Gouvêa preferiu não comentar.


A forma como a história vem sendo conduzida causa estranheza entre executivos acostumados a operações de fusões e aquisições. Primeiramente porque não se trata de um processo organizado. Além disso, a escolha de um consultor de varejo como assessor é pouco usual. Ainda mais para um grupo do porte da Casas Bahia. Representantes de empresas e fundos sentem também uma certa falta de convicção nos contatos feitos. "A família parece não ter certeza do que quer", comentou o gestor de um fundo de private equity.


Há a percepção de que, talvez, o objetivo final não seja propriamente a venda da rede. A família Klein pode estar tentando obter uma avaliação do seu ativo. Uma das hipóteses seria testar o mercado com vistas a realizar uma futura abertura de capital. Mas, neste caso, haveria maneiras mais discretas de obter uma avaliação.


Outra possibilidade é que a família esteja tentando fazer algum acerto entre herdeiros, acredita um executivo de uma rede de varejo. Essa hipótese é tida como bastante plausível porque as Casas Bahia estaria entrando em fase sucessória. Samuel Klein, o lendário fundador da rede, acaba de completar 84 anos. Sua mulher, Ana, acionista da empresa ao lado marido, morreu há cerca de um ano.

O casal tem três filhos vivos, o mais velho Michael, que dirige a rede, Saul, que também faz parte da administração, e Eva, que vive nos Estados Unidos e se mantém distante da empresa da família. A terceira geração da família - cinco netos - está na faixa dos 20 aos 30 e poucos anos e começa a chegar à empresa.


Leia o artigo completo no Valor On Line

E ai? o que voce acha que têm dentro dessa cumbuca?

Paulo Rubini, é consultor de Marketing e curioso.


domingo, 9 de dezembro de 2007

Espírito natalino

E porque estamos no mês das comemorações natalinas, nada mais singelo que um video com o bom velinho sendo bastante convincente em meio à pessoas apressadas em busca das compras de fim de ano.



Desperate Santa - video powered by Metacafe


Boas festas para todos os amigos que nos visitam e que a agressividade se limite à brincadeiras virtuais.

"A vida está cheia de desafios que, se aproveitados de forma criativa, transformam-se em oportunidades."
Maxwell Maltz

Paulo Rubini

sábado, 8 de dezembro de 2007

Estratégia competitiva de Porter.

Lições sobre estratégia competitiva por Michael Porter na Expo Management 2007, realizada pela HSM em novembro. Fiz uma apanhado e resumi assim:



Aspectos sócio-ambientais na estratégia econômica - "Para crescer mantendo a lucratividade, é preciso considerar a especialização e a criação de produtos exclusivos voltados a um público específico".

A originalidade é a alma da estratégia - Oferecer um valor único para um cliente específico, ou seja, "concorrer para ser o único e não o melhor".


Os três equívocos. Para o Porter, há três tipos de erros comuns aos gerentes no que diz respeito a estratégia. O primeiro deles é confundi-la com uma ação, que, segundo ele, apenas faz parte desse conceito maior. Os outros erros citados foram os de considerá-la como sinônimo do objetivo ou aspiração ou, ainda, com a visão ou filosofia da empresa, pois estratégia "tem de falar sobre originalidade, diferencial, valor e também sobre as capacidades da empresa".


Primeiros passos - Porter destacou que o ponto de partida do planejamento estratégico é a definição do objetivo correto da empresa, no qual deve ser estipulado o prazo para o retorno do investimento, que é a meta.
Em segundo plano, vem o crescimento, baseado em metas realistas, embora muitas empresas invertam esses dois elementos, o que para Porter é muito perigoso. "Crescer é fácil, basta comprar outra empresa, lançar novo produto, baixar o preço", comentou. Um dos exemplos para essa teoria, segundo ele, é o que ocorreu no Japão, onde houve grande crescimento, mas com perda do foco nos objetivos, com baixa rentabilidade e, como conseqüência, muitas empresas quebraram.

Entendendo as fontes da rentabilidade - Michael Porter avaliou dois diferentes focos da rentabilidade nos negócios. O primeiro, segundo ele, está relacionado ao setor econômico, no qual a empresa atua e seu comportamento deve ser visto dentro da economia como um todo.
Já no segundo, a fonte de rentabilidade vem da posição da empresa dentro de seu setor específico, a qual depende de sua vantagem ou desvantagem competitiva perante seu concorrente. "Cada um tem de saber separar a renda que vem de cada uma dessas duas áreas".


Estratégia - Para obter lucratividade acima da média e, portanto, ter uma vantagem competitiva, deve-se, segundo ele, optar ou pela diferenciação, cobrando um preço maior por isso, ou pela redução do custo. Esse é o primeiro ponto da estratégia.

A definição de uma cadeia de valores compatível vem a seguir. Ela engloba todas as atividades internas ao negócio e constrói valor do custo a partir de compras, logística, design etc. Ela tende a ter uma estrutura diferente variando de setor para setor.

Segundo ele, é dentro desse escopo que se distinguem eficácia operacional e posicionamento estratégico. Na primeira, devem ser aplicadas e assimiladas as melhores práticas em todos os níveis, enquanto que o posicionamento é a ação de se criar uma posição competitiva e sustentável, pela diferenciação.


Posicionamento - O bom posicionamento estratégico deve se apoiar sobre cinco pilares: uma proposição de valor diferente para o seu cliente, diversa da oferecida pelo concorrente; uma cadeia de valor sintonizada com essa proposição; um tradeoff específico, determinando o que fazer e o que não fazer; integração de todos os elos da cadeia de valor onde estes se apóiam mutuamente, dificultado a cópia do produto pelo concorrente; e continuidade, pois tanto sua implantação quanto seus resultados não são imediatos.
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Para concluir, Porter ainda falou da necessidade de divulgar de forma clara, interna e externamente, a estratégia adotada pela empresa, assim como ampliá-la com a integração de políticas sócio-ambientais. "Temos de integrar economia e sociedade, pois não são itens separados. O mesmo deve ser feito em relação ao meio ambiente e os negócios", finalizou.

Paulo Rubini Consultor de Marketing

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

R$ 50 milhões para mestrado e doutorado

Pra quem tá querendo aprofundar os estudos, eis a oportunidade.


CNPq lança edital, com investimentos de R$ 50 milhões, convidando orientadores, vinculados aos Programas de Pós-Graduação stricto sensu do país, a apresentarem propostas de projetos de bolsas de mestrado ou de doutorado. Segundo a agência, o principal objetivo é investir na disseminação de recursos humanos para a ciência, a tecnologia e a inovação do Brasil.

Para promover a consolidação e o fortalecimento da pós-graduação brasileira, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) lança Edital, com investimentos de 50 milhões de reais, convidando orientadores, vinculados aos Programas de Pós-Graduação stricto sensu do país, a apresentarem propostas de projetos de bolsas de mestrado ou de doutorado.

Segundo a agência, o principal objetivo deste edital é investir na disseminação de recursos humanos para a ciência, a tecnologia e a inovação do Brasil. Para isto, investirá na formação dos novos mestres e doutores, em áreas consideradas estratégicas e de extrema necessidade para o desenvolvimento nacional e o crescimento do país.

Os recursos, provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e do CNPq, serão distribuídos em 25 milhões de reais para a primeira chamada, e o restante para a segunda chamada.

Fomentando também a descentralização regional da pesquisa brasileira, o Edital destinará uma parcela de 30% do valor global de investimento para propostas de pesquisadores vinculados a instituições sediadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, incluindo as respectivas áreas de abrangência das Agências de Desenvolvimento Regional.

Leia matéria completa e cronograma aqui.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Nova aposta da Chevrolet

Montadora investe em campanha 100% digital

Por Bruno Mello
bruno@mundodomarketing.com.br

As mudanças no hábito de consumo do brasileiro e a estabilidade econômica são dois combustíveis que estão fazendo a indústria automobilística bater recordes de vendas neste ano. Somente no primeiro semestre, foram vendidas 1,2 milhão de unidades segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores - Anfavea. Para pegar carona neste cenário inédito, a Chevrolet vai investir forte numa estrada por onde passam até 80% dos futuros compradores de carros, a Internet.

Em 2008, a montadora fará uma campanha exclusivamente digital, que envolve ainda ações de marketing no celular. O Diretor de Marketing da Chevrolet, Samuel Russell, não revelou detalhes da ação por razões estratégicas, mas adiantou que há dois anos a marca vem testando novos conceitos que colocará em prática em uma campanha adicional às tradicionais. Na entrevista ao Mundo do Marketing, Russell explicou como a companhia vem trabalhando no meio digital e como está fazendo para aproveitar este momento histórico.

Marca líder nos Estados Unidos, no Brasil a montadora fica atrás da Fiat e briga constantemente com a Volkswagen pelo segundo lugar. Para ganhar mercado, a montadora aposta num portfólio completo e em ouvir o consumidor para oferecer sempre o que ele quer e o que ele ainda nem imagina em ter. Foi assim com o Celta, quando a Chevrolet criou o modelo Nova Geração a partir de pesquisas com os consumidores.

O comportamento do consumidor atual mudou a forma como se vende em muitos segmentos. Como a Chevrolet faz para continuar conquistando novos clientes?
Utilizamos várias ferramentas de pesquisa para entender o comportamento, especialmente no momento da compra do automóvel, além de observar os hábitos, perfis psicográficos dos nossos consumidores e como está mudando o hábito do consumidor. Se olharmos para 10 anos atrás, não havia consumidor no meio eletrônico. Hoje, de 70 a 80% de quem compra automóvel passa pela Internet de alguma forma em busca de informação, seja em blogs, seja no site da montadora.

Estamos implementando outras ferramentas que permitem monitorar cada vez melhor as nossas ações para saber o que está e o que não está funcionando. Fomentamos uma cultura para testar novos conceitos, para ter uma experiência grande, especialmente no meio digital, e medir o retorno sobre o investimento em marketing para saber o retorno que uma ação específica deu em vendas. A partir disso, já fizemos games on-line, e-mail marketing, torpedo SMS e outros conceitos on-line mais complexos.

A Internet agora é um meio fundamental para vender carros.
Certamente. Temos desde coisas institucionais e explicativas sobre as nossas tecnologias e serviços, até coisas mais táticas como um site exclusivo dedicado ao varejo. E todas as ferramentas são sempre mensuradas. Na medida em que o comportamento do nosso comprador no meio digital se mostra alinhado com a nossa estratégia, já estamos sabendo o que funciona e ampliamos as ações que mostram resultado.

Esta vantagem de medição on-line dá ainda uma precisão maior sobre os resultados e um raio x completo, diferente de um anúncio num jornal ou revista.
Infelizmente não vejo as pessoas falando disso quando comentam sobre marketing on-line, mas como anunciante, este é um dos maiores benefícios: a capacidade de medir e fazer ajuste para que o seu retorno seja otimizado. É diferente de programar uma mídia tradicional e esperar 60 dias para ver se você impactou o consumidor certo! E muito menos saber se este consumidor foi ou não comprar o carro. O meio digital rastreia (o consumidor) até a compra do carro, permitindo fazer os ajustes na estratégia. É como um jogo de futebol com o técnico gritando na beira do campo. Ele coloca o time em campo com um plano. Se não funcionar, faz os ajustes buscando o resultado. O meio tradicional coloca o time em campo com uma estratégia, sai do estádio e volta depois do jogo já com o estádio vazio porque é tão demorada a análise que você só volta para ver o resultado.

Como tem sido direcionando o investimento da Chevrolet nos últimos anos e o que vocês farão em 2008 em termos de comunicação on-line?
Não abrimos números, mas posso dizer que existe uma tendência forte e cada vez mais expressiva do aumento do nosso investimento no meio digital, que não é só na Internet. É em todos os contatos com o consumidor digital, inclusive no celular. Na medida em que temos resultados, aumentamos o investimento. Por isso, chegou o momento agora em 2008, a partir de uma série de experiências realizadas nos últimos dois anos, em que vamos fazer uma campanha de um de nossos produtos 100% digital, será exclusivamente on-line.

Será um lançamento ou um relançamento de qual carro?
Não posso abrir agora. O ponto é que ouvimos que a Internet vende, que o consumidor está na Internet, e pergunto o retorno disso. Tem como sustentar uma campanha de lançamento somente com esse meio? Daí todo mundo diz que também fez as outras mídias e não sabem se o resultado veio por causa de um tiro de canhão ou se teve uma comunicação eficaz com o consumidor e rastreou até a compra do automóvel. Há uma série de ferramentas e conceitos que dizem que funcionam e vamos testar.

Espero provar de uma vez por todas que existem formas de fazer a comunicação única e exclusivamente no meio on-line. Nada diferente de uma campanha integrada no meio tradicional porque você consegue fazer uma campanha digital que mostre desde o posicionamento do produto até a oferta de varejo.

Não terá nenhuma outra ação de relacionamento ou de promoção para levar o consumidor on-line para um test-drive, uma vez que só falte fazer um contato um pouco mais direto para ele comprar o carro?
Não. Tudo será feito no espaço digital. Falei isso uma vez e o pessoal de uma editora ligou em pânico achando que não iríamos fazer material impresso. Vamos fazer sim. Esta campanha on-line é para uma das campanhas que temos programado ao longo do ano. Na verdade é um adicional. Fazemos cinco campanhas ao longo do ano e agora vamos fazer seis, incluindo essa que é 100% digital.


A Chevrolet já mudou o Celta a partir de uma pesquisa que indicou que os consumidores não percebiam algumas qualidades do produto. Que outras mudanças a montadora já implementou a partir de pesquisas com o consumidor?
Todos os nossos produtos, em fase de pré-lançamento, são avaliados junto aos consumidores para entender quais são os pontos que chamam atenção e quais são os pontos fortes e fracos. Com isso, tentamos re-trabalhar os pontos fracos e enaltecer os pontos fortes para achar um espaço exclusivo para o nosso produto. No caso do Celta, redefinimos a percepção de que o mercado tinha de que o carro era frágil, quando na verdade é extremamente robusto e durável. Por isso criamos o Celta Nova Geração.

Como a Chevrolet pensa em antecipar o que o consumidor quer?
É um trabalho feito em conjunto. A área de pesquisa nos prove muitas coisas, estão constantemente procurando coisas novas para suprir as necessidades dos consumidores, os fornecedores estão sempre pensando nos produtos, os concessionários dão um feedback sobre os produtos, e há uma cadeira inteira que acaba gerando um pool de idéias de como melhorar os produtos. É um processo bastante complexo e que envolve praticamente a organização inteira.

O incentivo à rede de varejo é cada vez mais importante para o processo de venda. como a Chevrolet desenvolve estas ações com sua rede concessionárias?
Isso é muito estratégico e é difícil de falar, mas acreditamos muito nos atributos da nossa marca, que gira em torno de uma proposta de valor honesta para o consumidor no valor do carro versos o valor cobrado. Em termos de vendas, é preciso alimentar o consumidor de informações para que no momento em que tiver o estalo de comprar um carro novo, entrar na fase de shopping, ele escolha pela nossa marca, levando o consumidor à concessionária.

Mas há concessionárias que vendem muitas marcas. Como é o trabalho no ato da compra?
É um componente com vários fatores. Primeiro é preciso entender o que motiva o consumidor e, segundo, há uma fé muito forte de que temos o portfólio mais completo do mercado brasileiro e dificilmente o consumidor vai entrar numa loja procurando uma coisa que nós não temos. São poucos os concessórios que representam várias marcas, mas eles existem e o foco principal da nossa área de vendas é motivar constantemente os concessionários para que eles estejam alinhados com as nossas estratégias. Há o momento para gerar o conhecimento do produto, no segundo momento, há um esforço em RP para gerar reportagens comparativas dos carros e de preferência que o nosso carro seja o que se dá melhor e, no final, chegar na concessionária com uma estratégia competitiva.

De acordo com a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, 72% das vendas de automóveis são financiadas. Qual é a influência deste número no mercado hoje?
Isso foi uma mudança drástica. Hoje o consumidor pode, consegue entrar numa dívida. Até 10 anos trás ninguém pensava em entrar em dívida por causa da instabilidade econômica que não deixava o consumidor confiante em entrar numa dívida. Hoje não só tem essa confiança, como há várias tendências positivas, como a baixa de juros, maior entrada de capital no país, fortalecimento do real perante o dólar, disponibilidade de crédito, aumento de poder de compra do consumidor, entre outros. Mesmo com um salário menor, ao invés de guardar um bom dinheiro para comprar, ele pode fatiar o salário e comprar várias coisas. Na indústria automobilística, estamos se beneficiando de uma coisa interessante: no todo da lista dos sonhos das pessoas está uma casa e um carro zero. Na medida em que alguns já têm moradia, está na hora de comprar um carro novo.

Vocês investem há muitos anos na Stock Car. Como vai ser este patrocínio no ano que vem?
A Stock Car tem sido uma ferramenta de marketing importante em diversos aspectos. Automobilismo para a Chevrolet é DNA. Poucas marcas no mundo têm a sua origem nas pistas. A marca é o sobrenome de um piloto chamado Chevrolet. E a marca sempre esteve presente na Stock Car, desde seu início. O que acontece hoje é que ela é uma categoria extremamente profissional, cada vez maior e mais popular. A média de público nas corridas é maior do que a do Campeonato Brasileiro de Futebol.

Se você deseja um marca, você tem uma emoção por ela. E emoção é algo extremamente difícil de definir. Agora, quando você coloca um automóvel em situação de competição contra outras marcas, começa a criar um divisor de águas. E na medida em que os consumidores acompanham as corridas, eles começam a ter um envolvimento e a escolher para quem torcer entre Chevrolet, Volkswagen, Peugeot e Mitsubishi.

No fim, a qualidade e visibilidade do evento vêm crescendo. Tirando São Paulo, quando a Stock vai numa cidade, a cidade pára. Com isso, a ferramenta de relacionamento se torna mais importante a cada ano. Quando começou, a nossa área vip nos Box era para 50 pessoas em São Paulo. Hoje, temos que limitar 250 pessoas, pois já tivemos 450 pessoas, e começamos a trabalhar um relacionamento mais importante dentro deste espaço porque hoje é desejado ir numa corrida da Stock.

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Entrevista com cara de propaganda da marca. Nada foi falado sobre a tal estratégia de atuação 100% on line, e nem poderia, segundo o executivo. Então seria melhor dar a entrevista quando pudesse falar da estratégia porque o restante da entrevista é "chover no molhado". Ademais, as montadoras brasileiras pecam em não usar das melhores práticas de CRM. Eu fui cliente GM muitos anos e nunca fui convidado a trocar de carro com base em um estudo simples de comportamento relacionado à periodicidade de troca e preferências pessoais. Behaviors!


"Utilizamos várias ferramentas de pesquisa para entender o comportamento, especialmente no momento da compra do automóvel, além de observar os hábitos, perfis psicográficos dos nossos consumidores e como está mudando o hábito do consumidor"
Só se estão fazendo agora, porque enquanto usava a marca não percebia isto. Há 3 anos optei pelos modelos franceses.


A GM estadunidense fez - e ainda faz - uma tática interessante de boa percepção da marca e com alto grau de valor para o cliente. A tática consiste em o vendedor/consultor te oferecer através de um software várias opções de aultomóveis com base nas suas preferências. O mais importante: modelos de várias marcas atuantes naquele mercado. Pode parecer loucura à primeira vista, mas com a popularidade da internet, mais de 80% de quem compra carro pesquisa antes de fazê-lo - "Hoje, de 70 a 80% de quem compra automóvel passa pela Internet de alguma forma em busca de informação, seja em blogs, seja no site da montadora".

Assim, não se pode enganar o cliente muito facilmente e quando voce o apoia na decisão, mesmo que não seja a melhor para o momento, ele jamais esquecerá a sua atitude de empatia e honestidade, o que poderá ser revertido em futoros negócios e indicações.

Será cada vez mais comum o encolhimento de espaços fisicos destinados a lojas de montadoras no varejo e a internet é a grande responsável por isso. Breve faremos test drive de modelos que vemos nas ruas através de games realistas nos sites das marcas.

Paulo Rubini
Consultor de Marketing


quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A Vale investiu US$ 50 milhões no desenvolvimento da nova logomarca, incluindo todo o processo de branding para os próximos quatro ano!

A \/ale - quanto pesa - deu a resposta:

A diretora de comunicação institucional da Companhia Vale do Rio Doce, Olinta Cardoso, conversou com a reportagem do Clubeonline sobre as semelhanças entre os logotipos da mineradora e da empresa que atua no setor calçadista, a Vitelli (leia aqui).

De acordo com Olinta, a Vale trabalha com "símbolos universais" na composição da sua logomarca. "O símbolo, um triângulo virado, como uma letra 'V', é comum, assim como o nome 'Vale'. Muitas empresas carregam esse nome. Muitas outras utilizam o símbolo", admite a diretora. "Nós não procuramos por algo exclusivo, o 'V' é um sinal universal", argumenta.

Segundo a executiva, o que diferencia a Vale não é o logotipo por si só, mas toda a personalidade da marca e o trabalho de gestão de branding desenvolvido. "O símbolo tem tudo a ver com a atitude da marca. A letra 'V', além de remeter à Vale, faz alusão ainda à 'vitória', 'valor', atributos que se identificam com a companhia", justifica.

Olinta diz ainda que a logomarca traz um design global: lembra um coração verde-amarelo, para destacar a origem brasileira da companhia que tem atuação no mundo. "Além disso, o verde representa o setor de mineração, remete aos vales, e o amarelo, à riqueza. O desenho todo também faz referência à cava de mineração", explica.

Por fim, a diretora conta que a parte superior da logomarca traz o símbolo do infinito, num sinal de que a Vale atua mirando o longuíssimo prazo, contando com pesquisas com foco no futuro.

Como a empresa de calçados Vitelli atua num segmento de mercado totalmente distinto do da Vale, não há impedimento legal para a utilização dos logotipos semelhantes.

A Vale investiu US$ 50 milhões no desenvolvimento da nova logomarca, incluindo todo o processo de branding para os próximos quatro anos.

Meus amigos, 50.000.000,00 para fazer um coador de café verde e amarelo? Depois dizem que quando era estatal dava com os burros n'água. E os atuais acionistas da \/ale vão ver um \/ de \/endeta em seus sonhos?

Leiam os comentários da matéria mencionada acima aqui

Paulo Rubini
Consultor de Marketing