quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Inclusão bancária - Bradesco atinge 100% de Brasil


O Bradesco inicia hoje, por meio da mídia de massa (internet, TV e mídia impressa), a comunicação de um feito super inovador para o país: levar o banco para 100% dos municípios brasileiros - dos grandes centros às regiões mais distantes. E, para comunicar isso, foi criada uma campanha com abordagem de comunicação simples e direta, que entrega a mensagem em apenas um olhar.

Na internet, a divulgação está sendo feita com peças de mídia gráfica que levam ao hotsite com o filme da campanha, além de uma diária hoje na home do YouTube e divulgação em redes sociais - sendo o principal meio o Twitter.

O Bradesco também conta com um canal no YouTube que apresenta todos os seus filmes de campanha (youtube.com/bradesco).

Para conhecer o filme da campanha, você pode acessar também o hotsite Bradesco.


A bancarização e a internet vão gerar um casamento duradouro.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Dica- Selecione pela atitude, treine visando a habilidades




Habilidades podem ser ensinadas, mas é difícil treinar alguém a ter uma atitude correta. As organizações de serviços mais bem-sucedidas contratam primeiramente pela atitude e somente em segundo lugar pelas habilidades. Elas treinam seus novos funcionários nas habilidades que necessitam para suas posições.

Todos na organização precisam ter uma atitude voltada para o cliente. Ninguém deve estar isento, nem mesmo funcionários que gastam pouco ou nenhum tempo em contato com clientes. Por exemplo, um programador de software talentoso mas egomaníaco pode retardar a liberação de produtos e tornar a vida insuportável para seus colegas. Se os problemas de atitude do programador permanecem despercebidos, os atrasos vão continuar, e os colegas mais altamente habilitados vão procurar trabalho em um concorrente.


4 Dicas sobre como selecionar as pessoas certas

terça-feira, 17 de novembro de 2009

4 Dicas sobre como selecionar as pessoas certas

Dica 1
Comece com seus critérios de contratação. Faça uma lista de prioridades com os atributos e qualidades mais importantes dos seus funcionários mais bem-sucedidos na prestação de serviços ao cliente.

Dica 2
Encoraje os candidatos a cargos na empresa a fazer uma auto-seleção imaginando-se dentro ou fora de uma posição. Quando os candidatos têm uma visão clara do trabalho, eles ficam mais bem capacitados a decidir por si mesmos se serão bem-sucedidos em um trabalho. Candidatos que não se ajustam ao trabalho provavelmente vão imaginar-se fora daquela posição - antes que você faça uma má contratação.

Dica 3
Considere uma variedade de técnicas criativas de recrutamento, como a de envolver clientes na seleção.

Dica 4
Solicite recomendações das estrelas de sua equipe. Ganhadores atraem ganhadores.

domingo, 15 de novembro de 2009

Marketing não é enganação

O vídeo com o título “O projeto muito louco”, vindo da Austrália, conta o caso de dois caras que compraram e revenderam um mesmo produto, no mesmo meio, usando muita criatividade.

Ele anda circulando por aí sendo contextualizado como estratégia de Marketing:
“Nesse vídeo você confere uma verdadeira aula marketing. Não dá para perder.”

Têm gente séria citando ele:
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2009/10/26/como-agregar-valor-ao-vender-um-produto/

Fiz alguns comentários por aí sobre o vídeo, e da minha perspectiva não tem marketing nessa “jogada”, mas pilantragem das boas. Criatividade não falta e ela não é privilégio de pessoas éticas, apenas. Diverti-me com o vídeo e cheguei à conclusão de que aquela máxima onde em terra de cego quem tem um olho é rei pode ser verdadeira.

(citação da dupla): “Você se tornará membro de qualquer clube que já inventaram mundo afora porque você será demais.”
Induzir alguém a erro com a intenção de obter lucro é passivo de punição no Brasil e se sua empresa for usar do mesmo artifício para potencializar suas margens, tome cuidado.

Todas as vezes que algum desavisado ou algum desinformado usa o termo marketing para contextualizar engodo e enganação, fico preocupado. Isso corrobora o que muita gente pensa sobre o marketing quando o confunde com propaganda enganosa.

O vídeo poderia muito bem servir para uma propaganda de BMX usando a mesma temática, porém com o verdadeiro insano falando da surrada bike que resistiu bravamente a toda a pancadaria radical, no intuito de demonstrar a sua resistência, por exemplo.

Amigos, o que tem neste vídeo não é MARKETING e não tente fazer isso em casa ou nos negócios.

Veja o vídeo, dê boas risadas, e faça seus comentários.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Desejo, necessidade e vontade

Lendo um artigo no jornal “Mulher 24 horas”, do sindicato dos bancários do ES, com o título “Consumo: entre o desejo e a necessidade”, de autoria de Marcos Kahtalian, professor de Especialização em Comunicação Publicitária pela Unicamp, deparei-me com o que chamo de distorção sobre nocividade do consumo.

Alguns trechos: “ Por que o ato de comprar um aparelho celular, por exemplo, é mais valorizado do que a compra de produtos de necessidade básica para a sobrevivência do indivíduo?

Esse é um fenômeno da sociedade moderna capitalista, na qual o desejo, estimulado pelo mercado, se sobrepõe à necessidade ou é transformado pelo mercado numa necessidade.” Diferentemente do animal, que se guia pelo instinto, o ser humano busca o seu desejo, e qualquer objeto pode funcionar nesse mundo de fantasia como o que vai completá-lo, trazer-lhe a plenitude, o gozo. Só que isso é impossível, diz Antonio Carlos Félix das Neves, psicólogo.

O objeto desejado busca suprir uma falta estrutural do ser humano, o preenchimento de um vazio”.
Ainda, segundo Félix: “O mercado fala: goza, goza, mas não pergunta se pode.

As consequências são o isolamento, as relações superficiais, a falta de tempo para a familia e doenças como depressão”
-

(Meus, os destaques)


O psicólogo Abraham H. Maslow, o mais conhecido especialista em comportamento humano e motivação, teve seus livros de psicologia atingindo os domínios dos negócios e da gerência com a sua Hierarquia das Necessidades.
Entende-se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os a ação.

Para que haja ação ou reação é preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Esta teoria nos dá idéia de um ciclo, o Ciclo Motivacional. Assim, quando os estímulos ou impulsos são internos ao indivíduo são chamados de motivação.


A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-la.

Poucas ou nenhuma pessoa procurará reconhecimento pessoal e status se suas necessidades básicas estiverem insatisfeitas.
Dentre as necessidades fisiológicas determinadas por Maslow, também objeto de estudo por Taylor, em seus Princípios da Administração Cientifica, onde anunciou que o indivíduo têm necessidades que vão além das puramente financeiras, há as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto realização).

“A necessidade de auto-realização não se extingue pela plena saciação. Quanto maior for a satisfação experimentada por uma pessoa, tanto maior e mais importante parecerá a necessidade (Hampton,1992).”

As necessidades fisiológicas e de segurança são consideradas mais básicas (biológicas e instintivas), sendo as mais primitivas do ser humano. São essenciais para a sobrevivência de qualquer indivíduo ou organismos, mas fatores psicológicos e inconscientes interferem no modo como cada indivíduo irá buscar a satisfação dessas necessidades. Podemos pensar em uma necessidade exagerada por mecanismos de segurança (cadeados, alarmes contra roubos etc.), uma pessoa pode estar sendo motivada a adquiri-los por fatores psíquicos como uma neurose.

Uma pessoa também é muitas vezes levada a alimentar-se exageradamente por compulsão por comida (há pessoas que também aumentam o apetite quando ansiosas), ou ser levada a matar sua fome com um Big Mac por necessidade de prestígio social, que relaciona-se com a auto-estima.
Qual o parâmetro para se determinar o alcoolismo? Qual o parâmetro para se determinar a compulsão por compras?

Isso pode explicar a citação feita anteriormente sobre desejos não realizados como conseqüência de frustrações ou “preenchimento de vazios”.
Balela dizer que o mercado clama pelo consumo sem perguntar se o consumidor pode comprar. Um dos preceitos de mercado é que ele exista.

Ou seja: só há consumo se existir quem compre. Dessa forma, o comportamento “doentio” de determinados consumidores não pode refletir o todo.
Por que não posso usar um telefone celular para suprir minha necessidade de comunicação? Teria de usar sinal de fumaça? Agora, de ter um aparelho celular de 100,00 para satisfazer tal necessidade a outro de 1.000,00, para a mesma função, vai muita diferença e isso deixa de ser necessidade e passa a ser desejo de possuir algo que vai me destacar no grupo.

É o aspecto cultural de cada indivíduo.
Uma das partes mais interessantes do artigo em questão é a afirmação de que existe uma carência de referências simbólicas para o indivíduo, seja o poder simbólico de uma instituição, do Estado, de um sindicato ou da lei. Vai além, dizendo que o que prevalece hoje é o “vale-tudo” do mercado que oferece kits de identidade.

Se, segundo seus autores, o homem é refém de um mercado de consumo, o que dizer de ser refém de “muletas” religiosas? Dezenas de seitas ou igrejas das mais diversas fundamentações vendem desde água milagrosa do Rio Jordão até a segurança celestial no pós-morte.

O que dizer de líderes sindicais como Lula que recentemente disse que a esquerda é coisa antiquada. Coisa do passado? E tudo o que ele pregou até agora? E FHC quando disse: “esqueçam tudo o que falei no passado”? Onde estão as referências simbólicas de um Estado que convive com a miséria humana com total indiferença?
Deixemos a hipocrisia pseudo anti capitalista de lado e sejamos mais coerentes como seres humanos que consomem e comungam de princípios éticos.

Não confundam este profissional de marketing com o “marqueteiro” que aproveita temas religiosos como o natal para induzir o consumo desigual diante daqueles que não podem partilhar das mesmas “comemorações”.


Robert Pulmam disse em seu livro: “Bowling Alone”:


“Comunidade, comunhão e comunicação estão estreitamente relacionadas até do ponto de vista etimológico. A comunicação é um pré-requisito fundamental para conexões sociais e emocionais.”(citando os meios de comunicação eletrônicos). Então, fazemos conexões sociais no dia-a-dia e no consumo de desejos e necessidades.


A música “Comida”, do Titãs, resume muito bem tudo isso:

Bebida é água.
Comida é pasto. Você tem sede de que? Você tem fome de que? A gente não quer só comida, A gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, A gente quer saída para qualquer parte. A gente não quer só comida, A gente quer bebida, diversão, balé. A gente não quer só comida, A gente quer a vida como a vida quer. Bebida é água. Comida é pasto. Você tem sede de que? Você tem fome de que? A gente não quer só comer, A gente quer comer e quer fazer amor. A gente não quer só comer, A gente quer prazer pra aliviar a dor. A gente não quer só dinheiro, A gente quer dinheiro e felicidade. A gente não quer só dinheiro, A gente quer inteiro e não pela metade.


Paulo Rubini é Consultor de Marketing.

sábado, 7 de novembro de 2009

Receita de bolo para o sucesso não existe

Outro dia li mais um artigo como muitos outros que enumeram atitudes para alcançar o sucesso. Só que nestes 8 segredos para o sucesso eu vou fazer algumas considerações.

O artigo pondera que mesmo evangelizado pelos segredos, o sucesso não é uma garantia. Concordo.

Primeiro os segredos revelados e logo a seguir, minhas considerações(em itálico).

1- Paixão
Basicamente isso quer dizer que você deve ser totalmente apaixonado pelo que faz, com esse ingrediente, todo o resto é conseqüência. Sem esse ingrediente, seu caminho será infinitamente mais difícil.

Não, não é necessário ser apaixonado para se ter sucesso. Você deve conseguir separar o fazer aquilo que gosta do gostar do que faz, e em ambos os casos o sucesso pode ser conseqüência do trabalho bem executado. Eu mesmo tenho 3 atividades que me remuneram e sou apaixonado por duas delas (bigamia?). Na terceira, procuro fazer bem feito, gostar do que faz, apesar de não estar fazendo o que mais gosto.

2- Trabalho
Roma não foi construída em um dia, nem será sua empresa. Sem injetar uma grande quantidade de energia é impossível sair do lugar.

Isso é inegável. Sem trabalho não se constrói nada, mas uma grande quantidade de energia mal direcionada pode gerar retrabalho, perda de produtividade e desgaste.

3- Ser excelente em algo
Para ser excelente só existe uma opção, praticar muito, aprender com os erros e continuar sempre se aprimorando.

Aqui existe uma confusão de conceito porque excelência é, por definição, o ápice, grau elevado de perfeição. Ora, a busca pelo sucesso não necessariamente passa por ser excelente, ser o melhor (o tal do perfeccionista), mas ser competente naquilo que faz. Você já deve ter ouvido várias vezes que excelentes pilotos de F1 acabaram suas carreiras sem uma única vitória. Eram especialistas, mas não tinham uma boa equipe e/ou um bom carro para competir. Um piloto de F1 que anda a 300 km/h e contribui para o desenvolvimento tecnológico dos automóveis que utilizamos, nunca será medíocre mesmo sem vitórias nas pistas.

4- Foco
Você tem recursos limitados, não saia atirando pra todos os lados. É muito tentador aproveitar todas as oportunidades que aparecem, mas só focando você conseguirá a verdadeira excelência.

Sem dúvida, concentrar-se em um objetivo de cada vez é o ideal para melhor aproveitar seus recursos. O único porém é saber qual é a melhor oportunidade para mirar.Troque a metralhadora giratória pelo fuzil de precisão, seja um sniper.

5 - Esforço
É o que falei antes, não é fácil alcançar o sucesso. Ir sempre mais longe é uma ótima forma de chegar mais longe, por mais óbvio que isso possa parecer.

É o que também falei antes, esforços mal direcionados podem resultar em perdas irremediáveis. Ir muito longe pode incorrer em falta de combustível para retornar, se estiver no caminho errado.

6- Servir
Se você quer que as pessoas te dêem dinheiro, faça por merecer. Antes de ficar pensando no seu retorno, dê um jeito de entregar valor para os outros, isso é o que te fará bem sucedido.

Marketing é conquistar e manter clientes que pagam. Você não deve ser um serviçal, mas um fornecedor consciente e que se relaciona com os clientes certos, de modo que o valor entregue será percebido por quem realmente irá valorizá-lo, e pagar por ele. Assim, devemos planejar o retorno sobre os esforços empreendidos e não fazer filantropia com aquilo que nos proverá.

7- Idéias
Pessoas bem sucedidas tem boas idéias e as colocam na prática, simples assim.

Simples assim”. O que mais tem no mundo são pessoas com idéias boas, mas os que conseguem colocá-las em prática são poucos. Mais ainda, dos que conseguem executar as boas idéias, pouquíssimos obtém sucesso. Eu mesmo tenho um bloquinho chamado “caderno de insights” onde coloco idéias e ações. Quem se habilita em conhecê-lo e aproveitar algumas das idéias? Por falar em criatividade, dizem que ficar olhando para o logo da Apple é inspirador. Particularmente, o que me inspira é ver o Jimmy Page tocando Dazed and Confused na sua Gibson Les Paul, usando um arco de violino.

8- Persistência
A vida não te dará as coisas de mão beijada, aceite isso. Falhar não é um problema, desde que você continue tentando.

Meu pai sempre dizia: nada é de graça. As conquistas são vitórias muitas vezes duras e demoradas. Entretanto, insistir num erro é um erro ainda maior. Falhar não é um problema desde que você tenha discernimento para entender a hora de mudar de rota.

Sendo pragmático em relação a essas fórmulas “secretas”, acredito que receita de bolo para o sucesso não existe, o que existe é a mão do confeiteiro capaz de descobrir o ponto certo da massa.

Sucesso é uma coisa muito relativa
Aquele piloto que alcançou o topo da carreira automobilística, chegando à fórmula 1, mesmo sem ter conquistado uma vitória, também atingiu o sucesso. Para muitas pessoas, sucesso é morar numa região preservada, junto à natureza, de maneira simples e sustentável.

Procure saber qual é o sucesso que você busca e pra não dizer que estou sendo radical, anote ai

Frases favoritas sobre Sucesso




“A maioria das pessoas deixa passar uma oportunidade porque ela aparece vestida de macacão e lembra trabalho“ – Thomas Edison

“Não existe segurança nesse mundo. Só existem oportunidades” – Douglas Macarthur

Pessoas medíocres às vezes conseguem um sucesso extraordinário porque não sabem quando jogar a toalha. A maioria das pessoas obtém sucesso porque tem determinação” – George E. Allen

Sempre que alguém acha que atingiu o sucesso, cessa o progresso” – Thomas J.Watson Jr.

“Não existe nada mais inútil do que fazer com eficiência o que nem deveria ser feito” – Peter Drucker

A essência do sucesso é que nunca é necessário ter uma idéia nova sozinho. Muito melhor é esperar que outra pessoa a tenha e copiá-la nos mínimos detalhes, com exceção dos erros” – Aubrey Menen

Não seja insubstituível – Se não puder ser substituído, não poderá ser promovido” – Dilbert (Scott Adams)

“Não conheço o segredo do sucesso, mas o segredo do fracasso é tentar agradar a todo mundo” – Bill Cosby

O mau artesão põe a culpa na ferramenta” - Anonimus

E a sua frase preferida sobre o sucesso? mande para nós.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Como criar um verdadeiro case de Marketing

A revista Marketing completa 43 anos de muita informação inteligente. E para comemorar a data, convidou 43 nomes de destaque no segmento para responder a questão: Como criar um verdadeiro case de marketing?

Especialistas do naipe de Ivan Zurita (Nestlé), “Boni” (ex-globo e TVVanguarda), José Vicente Marino (Natura), João De Simoni (o “papa” da promoção no Brasil), Beatriz Galloni (MasterCard Brasil), Raphael Klein (Casas Bahia), Regis Dubrule (Tok&Stok), Amália Sina (Sina Cosméticos), entre outros que falaram para a edição comemorativa de setembro/09.

Pontos de vista variados em razão da posição ocupada pelo convidado no mercado, mas a quase totalidade dos entrevistados pela revista concordou que sem planejamento estratégico de longo prazo, só com muita sorte. Além disso, alguns aspectos julgados de suma importância para se conseguir sucesso em marketing. Vamos aos pontos:

- Produtos e serviços devem ser vistos como globais;
- Sustentabilidade é palavra de ordem;
- Inovação, uma busca constante;
- Novos nichos para novos posicionamentos (cauda longa);
- Conhecimento do consumidor em profundidade e proatividade nas decisões;
- Visibilidade estratégica da marca nos PDVs;
- Comunicação inteligente e com visão de longo prazo;
- Criatividade que desafie o óbvio

Destaques

Francisco Madia de Souza (MadiaMundoMarketing) disse que: – fazendo menção à história antiga (Plutarco 50 anos a.C) – “Comunicar-se é preciso, viver não é preciso”, numa alusão ao fato de que as empresas têm muita dificuldade quando o assunto é comunicação, criando “túmulos” para excelentes produtos desconhecidos por falha na comunicação. Frâncico Madia termina sentenciando: “que descansem em paz os que viveram em permanente silencia.”

Regis Dubrule (Tok&Stok) acredita que um case de marketing acontece sem pensar. Que uma boa idéia parte essencialmente da convicção íntima e profunda da falta ou da necessidade de um produto ou serviço. Mas esta convicção deve ser testada por você mesmo, o seu melhor cliente potencial. Como disse Sócrates (filósofo grego), “conhece-te a ti mesmo”. Não é só importante para a busca da serenidade, mas também para o bom marketing porque confere se sua proposta é mesmo irresistível para o consumidor que você é.

Paulo Koelle (P&G Brasil) alerta que um case de marketing só será conquistado a partir da combinação de execução e resultados. Tem de tocar a vida das pessoas (execução) e mudar a realidade anterior (resultados). Ele cita o exemplo da Duracell, que definiu uma estratégia clara baseada no consumidor. Duracell dura mais, é isso que o consumidor busca e é isso que oferecemos; desenvolva uma idéia inovadora e flexível.

Destaque também para o pensamento 2.0 onde o consumidor pertence a muitas tribos porque pode estar na TV, na internet ou no PDV. Ser uno é ser diverso, o que requer abordagem muito mais ampla do marketing que tem de conviver com redes sociais onde o primeiro público aproveita a experiência do segundo, sendo, assim, nossos melhores vendedores.

A melhor abordagem, em minha opinião, foi dada por Fernando Mussa (Ogilvy & Mather):

“Acredito que para a construção de um case de marketing a melhor dica é não começar o trabalho tendo como objetivo ‘fazer’ um case de marketing. Faça um case para seu consumidor. Um case para dentro da própria empresa, questionando aquilo que você já fez no passado e procurando fazer o novo. Questione paradigmas internos e externos. Questione e provoque o trabalho até o final. Faça dos seus objetivos os objetivos de todos aqueles que se envolverem no projeto; dê espaço e estimule o erro. E, finalmente, uma última dica: não acredite em dicas.”

Vai construir seu case de marketing?

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Marketing vai em busca do “novo” universitário

jornal O Estado de S. Paulo 26/10/2009 - Marili Ribeiro

Os universitários de baixa renda somam 73% dos quatro milhões de jovens que frequentam as universidades do País. Um contingente que inexistia há 10 anos e que se expandiu vertiginosamente com a criação das chamadas "Unis", as escolas com mensalidades compatíveis com o bolso de estudantes de famílias que ganham entre R$ 1.064 e R$ 4.591 por mês. Mas esse universo, embora gigantesco, começa só agora a atrair a atenção das áreas de marketing de algumas empresas.

"A maioria quer se relacionar com os universitários da classe AB", diz Caio Romano, sócio e diretor da agência Mundo Universitário, que há seis anos se dedica ao segmento. "A questão básica é que, se focarmos apenas nessa faixa de alto poder de consumo, o impacto de cada ação ficará limitado e o efeito final, reduzido. O cliente também deve entender que buscar qualificar e fidelizar sua marca com esses jovens de classe baixa, mesmo que isso no momento não reverta em vendas, pode ser um investimento", acrescenta.

O raciocínio de Romano parte de uma constatação matemática. No tradicional câmpus da Universidade Mackenzie, há 40 mil alunos, a maioria deles com bom poder aquisitivo. Porém, as redes Uninove ou Uniban somam o dobro disso, assim como as Universidades Estácio de Sá e Anhanguera, que abrigam, cada uma, cerca de 200 mil estudantes. As quatro últimas são voltadas para universitários da classe C. Suas mensalidades oscilam entre R$ 250 e R$ 500, ante R$ 1,5 mil a R$ 2,5 mil nas classificadas como de "primeira linha".

Os bancos têm sido os mais ativos nas ações e mensagens publicitárias para cativar esse público. "No Santander temos até uma divisão global voltada para atender o público dos campi", conta Mônica Bari, superintendente do Santander Universidades, área responsável por produtos de marketing e canais de contato com esse público. "No Brasil, temos 20% de participação no segmento de contas correntes de universitárias." Uma das razões está no fato de o custo médio para a manutenção da conta ser um quinto do valor cobrado dos outros correntistas.

Mais do que isso, no ano passado, a partir da observação da disparada da base de estudantes de baixa renda, o Santander lançou uma linha de crédito de R$ 2 mil, com carência de dois meses e pagamento em até dois anos, para esses jovens adquirirem, por exemplo, computador. Faz todo o sentido. Como captou uma pesquisa recente feita pela empresa de serviços de marketing A Ponte, 81% deles procuram cursos de informática. "Os garotos da classe de maior renda nascem com laptops em casa", diz o sócio da empresa de pesquisa, André Torretta.

Assim como os bancos, as montadoras também marcam presença entre os universitários. A Fiat, com o único objetivo de promover contato com a marca, promove, desde 2004, o Rally Universitário Fiat. Já ocorreram 34 provas em 22 cidades. Não é necessário ser dono de um carro da marca para participar. "Nem cobramos inscrição, o que o torna acessível a jovens de todas as classes", diz João Ciaco, diretor de marketing da companhia. "É uma competição que começou como uma iniciativa de relacionamento, porque a Fiat investe na imagem de ser uma marca jovem".

"O assustador é perceber que, apesar da participação crescente dos universitários da classe C, há desconhecimento sobre eles e seu potencial de consumo", diz Torretta, que recorre à metodologia que define por "antena" para conhecer melhor esse público. Ou seja, treina jovens do próprio meio pesquisado para que revelem a realidade com menos distorção. Entre as informações que colheu está, por exemplo, a de que a grande maioria desses universitários (77%) leva quatro anos para conseguir entrar na faculdade após o término do segundo grau. A explicação está no fato de 65% deles dependerem do que ganham para pagar o curso.

Orgulhosa por ser a primeira pessoa da família a fazer uma faculdade, Daniele Lima, 24 anos, acaba de concluir os dois anos de Design & Moda na Uniban. "Trabalho na confecção Nova Fibra há cinco anos e, depois que voltei a estudar, fui promovida a assistente de produto", diz ela, cujo atual objetivo é aprender inglês e, no futuro, fazer pós-graduação em gestão de negócios de moda.

"A educação acaba por refletir na renda", diz Marcos Caetano, diretor de marketing do Banco Itaú. "Há uma projeção que considera que aumenta em 70% a chance de uma pessoa melhorar de renda quando termina o 2º grau." Por isso mesmo, Caetano diz que no Itaú, ao contrário do comportamento habitual do setor, a tendência é não pensar em ações de marketing do ponto de vista da segmentação por renda.

Torretta acha que, para além da atuais iniciativas de marketing, as empresas que quiseram se aproximar desse novo universitário devem se lembrar que eles são práticos e objetivos em suas escolhas, pois trabalham desde cedo e se orgulham de ser batalhadores.

domingo, 1 de novembro de 2009

Os hábitos de consumo de mídia






B2B Magazine 07/10/2009
REF: Pesquisa de Marketing - Comportamento do Consumidor - Mídia


O cenário contemporâneo é marcado pela convergência das mídias, pela alta tecnologia e pela disseminação de vasta quantidade de informação. Pensando na conexão entre pessoas, marcas e meios, o IBOPE Mídia apresenta o estudo inédito Conectmídia: Hábitos de consumo de mídia na era da convergência.

Destaque no MaxiMídia 2009, evento voltado para o segmento da indústria de comunicação, que acontece em São Paulo entre os dias 6 e 8 de outubro, a pesquisa propõe uma reflexão sobre os impactos da chamada era do conhecimento. "A conectividade leva os usuários a um patamar de participação nunca antes imaginado. As personagens dessa nova história interagem, disseminam conteúdo, intervêm e opinam com muito mais vigor e velocidade", afirma Juliana Sawaia, gerente de marketing do IBOPE Mídia.

Dora Câmara, diretora comercial do IBOPE Mídia, destaca que o espectador transformou-se em colaborador com a evolução das formas de comunicação. "As pessoas reportam novidades e trocam informações, mas o que as diferencia é o potencial de influência e decisão em seu círculo de relacionamentos", explica.

A exposição múltipla aos meios revela consumidores mais exigentes, bem informados e concorridos: 81% deles importam-se mais com a qualidade da informação do que onde a encontram. "O conteúdo torna-se o grande protagonista, independente da plataforma em que está exposto", expõe Juliana. "Para conectar-se à nova realidade é necessário interagir com o tempo que é escasso, lidar com o volume de informações que é crescente, monitorar o padrão de consumo que é dinâmico e desvendar os desejos que estão cada vez mais singulares", completa.

Informação

A pesquisa Conectmídia aponta que 53% das pessoas sentem-se pressionadas com a quantidade de informação disponível nos dias atuais. Junto ao público feminino, este índice é de 56%.

Dois terços da população, porém, afirmam que conseguem absorver toda a informação e tecnologia disponíveis, principalmente, entre o público jovem de até 24 anos. ?Transformar quantidade em qualidade e excesso em aprendizado são os grandes desafios?, destaca Dora.

Tempo

A interação com esse crescente volume de dados envolve questões como instantaneidade e tempo, elemento que estará, segundo praticamente metade da população paulistana (46%), escasso em 2020. Na lista de limitações constam ainda recursos naturais( 81%), saúde (65%) e trabalho (56%).

A identificação com a frase "Sinto meus dias passarem muito mais rápido do que antigamente" é comum a 90% das pessoas. Entre as mulheres e jovens entre 25 e 34 anos, esse índice cresce para 93%.

A busca da individualidade é determinada como resposta à fluidez e extinção do tempo: 86% gostariam de ter mais tempo para si.

Comportamento midiático

No que diz respeito ao consumo das mídias, 82% da população paulistana afirma dedicar-se a um meio de cada vez. Entre os consumidores jovens, porém, a convergência de outros meios com a internet é representativa: quase metade deles acessam a web enquanto assistem à TV ou enquanto ouvem rádio. Outra realidade latente para o público de 18 a 24 anos é o download de filmes e séries: 45% possuem esse hábito, contra uma média de 22%.

Já o público adulto de 25 a 34 anos, além de ser mais preocupado com a qualidade da informação, destaca-se no consumo simultâneo de mídia impressa e televisão, e também de mídia impressa e rádio. "O consumo simultâneo de mídia é inevitável e já faz parte da rotina de uma parcela considerável da população. A sinergia entre os meios de comunicação é fundamental", destaca Dora.


Consumo

Entre as necessidades que imprimem ritmo às mudanças no padrão de consumo, o celular tem papel fundamental. Na lista de itens mais importantes no dia-a-dia figuram como prioridade a televisão (77%), o telefone celular (70%), o computador com acesso à internet (58%) e o rádio (46%), respectivamente.

Do total da população, 30% são a favor da propaganda no celular. "O aparelho celular firma-se cada vez mais como uma multiplataforma de comunicação", afirma Juliana.

Jovens, internet e as redes de relacionamentos Os relacionamentos pessoais são cada vez mais importantes na era da convergência e as redes sociais são plataformas de grande expressão: 45% das pessoas acreditam que elas já fazem parte da rotina. Este índice sobe para 72% entre os jovens de 18 a 24 anos e 49% para o público masculino.

A preferência pelos relacionamentos virtuais em relação aos interpessoais é realidade para 16% dos consumidores, que concordam com a questão "Prefiro falar com meus amigos/ família/ colegas de trabalho por computador a falar pessoalmente". Junto ao público jovem entre 10 e 17 anos, este índice é de 29% e dois terços deles utilizam regularmente serviços de mensagens instantâneas.

Entre as principais categorias comentadas pelos jovens na internet figuram: celular, eletroeletrônico, roupas, automóvel, vida saudável e alimentos.

Supermodernidade

Para compor a fotografia da supermodernidade, o estudo considera dois eixos que caracterizam o universo contemporâneo: informação e tecnologia, que ao interagirem com hábitos e comportamentos subdividem-se em quatro pilares: muita informação, pouca informação, alto nível de tecnologia e baixa tecnologia. A distância que separa um segmento dos outros é reflexo da predisposição em participar ou não do movimento contemporâneo.

O estudo também capturou quais os desejos dos públicos a partir dos perfis de informação e tecnologia. Os produtos de uso individual, por exemplo, figuram no topo do ranking dos indivíduos alta informação, alta tecnologia.