Mais de 400 representantes de organizações de defesa do consumidor de todo o mundo se reuniram para escolher as corporações que mais desrespeitaram os consumidores
Pela primeira vez organizações não-governamentais se reuniram para eleger as piores empresas do mundo do ponto de vista do consumidor. O anúncio foi feito durante o 18º Congresso Mundial da Consumers International (CI), entidade representativa de 230 organizações de defesa do consumidor, em 113 países. O evento ocorreu entre os dias 29 de outubro e 1º novembro, na cidade de Sidney, Austrália.
Coca-cola, Kellogg´s, Mattel e o laboratório japonês Farmacêutica Takeda foram os eleitos. Os critérios para a premiação das priores foram baseados na responsabilidade social na produção e comercialização dos respectivos produtos.
A Coca-cola recebeu o troféu "Mau na comercialização de bebidas" por causa de sua água engarrafada, a Dasani. Em 2004, a empresa causou rebuliço no Reino Unido, ao reconhecer que a água engarrafada era mesmo originária das torneiras da companhia britânica de distribuição de água, a Thames Water.
O troféu "Alimento Ruim" foi concedido a Kellogg´s por causa de sua feroz campanha publicitária dirigida às crianças. Em 2006, a empresa vendeu US$10.900 bilhões e gastou US$ 916 milhões só em publicidade. A Mattel, que há pouco tempo ficou conhecida no Brasil por causa do recall de brinquedos às vésperas do Dia das Crianças levou o troféu "Brinquedos Ruins". Mais de 21 bilhões de brinquedos foram retirados do mercado em todo o mundo por apresentarem risco à saúde (e até de morte).
O grande ganhador do prêmio, o pior entre os piores é a Farmacêutica Takeda, uma multinacional japonesa, que veiculou uma propaganda escabrosa dirigida a crianças, na televisão dos Estados Unidos, em setembro de 2006, do medicamento Rozerem, um calmante.
A pergunta que não quer calar: Em qual categoria deveriam ser indicadas as fraudadoras do leite longa vida?
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