Quinta-feira, 08 de Novembro de 2007, 18h34
Os anúncios em TV aberta e a cabo, que hoje concentram 33% e 11%, respectivamente, do total das verbas destinadas à publicidade deverão cair dramaticamente nos próximos anos, de acordo com uma pesquisa realizada pela Accenture, consultoria de gestão, serviços de tecnologia e outsourcing, com 70 CEOs mundiais de empresas ligadas a áreas de mídia.
O estudo, que procurou saber sobre o papel de novos canais de comunicação para a promoção de produtos e serviços, aponta que até 2011 serão investidos US$ 44 bilhões em publicidade apenas na internet, quantia que ultrapassará os investimentos em meios de comunicação como jornais, revistas e rádio.
O levantamento verificou que a grande aposta dos anunciantes está na TV de banda larga (22%), publicidade via internet (21%) e celulares (11%). Neste cenário, destaca-se o papel cada vez mais relevante das ferramentas de busca na internet para o mercado publicitário. “As empresas têm buscado novos maneiras de interagir com seus clientes e os canais de procura na web se mostraram o meio para isso”, afirma Petronio Nogueira, executivo responsável pela área de mídia e tecnologia da Accenture. “Prova disso é que 60% dos consultados em nossa pesquisa informaram que, para aumentar a visibilidade de seus websites e produtos, investem em algum tipo de publicidade em sites de busca.”
A necessidade de se aproximar cada vez mais dos consumidores e permitir com que eles decidam o conteúdo a ser produzido pela indústria de propaganda também foi verificado na pesquisa. De fato, 97% das empresas apontaram que a propaganda do futuro está nas mãos dos consumidores, enquanto 43% acreditam que os modelos de anúncio feitos atualmente devem sofrer alterações drásticas nos próximos anos.
Por outro lado, essas mesmas empresas apontaram que estão pouco preparadas para lidar com esse novo cenário. Quando questionados se estão prontas para atuar de forma próxima a seus clientes, apenas 13% responderam afirmativamente. “Neste contexto – e para ganhar espaço no mercado –, as empresas esperam gerar receitas ao oferecer uma experiência rica em vídeos e conteúdo”, afirma Nogueira.
O executivo destaca que “é preciso entender ainda o quanto o aspecto cultural aparece como uma dificuldade para se atuar nesse mercado”. De acordo com o levantamento, as empresas estão preocupadas em contar com pessoas dispostas a atuar nesse novo cenário de negócios (25%) e que sejam competentes (22%) e comprometidas (11%)
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