Do latim cliens,
o termo cliente permite fazer alusão à pessoa que tem acesso a um produto ou
serviço mediante pagamento. A noção tende a ser associada a quem
recorrer ao produto ou serviço em questão com assiduidade, ainda que também
existam os clientes ocasionais (ou pontuais).
Dependendo
do contexto, a palavra cliente pode ser usada como sinônimo de comprador (a
pessoa que compra o produto), utilizador (a pessoa que utiliza o serviço) ou
consumidor (quem consome um produto ou serviço).
Exemplo:
uma criança matriculada numa escola particular cujo pai é quem paga a
mensalidade. Neste caso, a criança é o utilizador e o pai, o cliente comprador
do serviço. Cliente é sempre quem paga, mas nem sempre quem consome.
Confuso?
Não. A distinção é necessária para que a abordagem de comunicação do
planejamento de marketing seja correta, direcionada ao player de interesse da
ação.
Cliente ou Consumidor?
Antigamente
quando ainda não existia a internet e o comércio girava em torno de poucos
estabelecimentos por segmentos, a figura do freguês era notória; indivíduo que
tinha por hábito fazer compras ou usar os serviços do mesmo estabelecimento, e
muitas vezes com o fiado anotado na “cadernetinha”.
O tempo
passou e o cliente não é mais fiel, mas sim o dono do mercado de consumo. É ele
quem decide tudo, inclusive se seu negócio vai se manter de pé. É de suma
importância identificar quem tem o poder de decisão pela aquisição e quem tem o
poder de escolha do bem ou serviço, em todos os pontos de contato, dentro ou
fora da internet, para que direcione acertadamente sua comunicação com ele.
Tipos de Clientes
Os
especialistas em marketing e vendas fazem a distinção entre diferentes classes
de clientes. Os ativos, aqueles que compram com freqüência. Os inativos, que não
realizam compras há algum tempo e que provavelmente o estejam fazendo na
concorrência.
Outra
classificação reúne os clientes em clientes satisfeitos ou clientes
insatisfeitos. Ou seja, os clientes têm necessidades que a empresa ou o
vendedor tem todo o interesse em satisfazer e que, quando da realização da
compra do produto ou do pagamento do serviço, o cliente tem expectativas quanto
àquilo que adquiriu. Se as necessidades não forem satisfeitas ou as
expectativas não forem cumpridas, é muito provável que o cliente deixe de
comprar.
Este
princípio básico de marketing deu lugar à famosa expressão “O cliente tem sempre razão”. A empresa deve, portanto, centrar os
seus esforços na satisfação do cliente, tendo em conta que um cliente
satisfeito acaba não só por voltar, mas também por continuar a comprar e gastar
o seu dinheiro, além de trazer novos clientes para sua empresa.
Finalmente,
satisfaça a necessidade de cliente e de consumidor de forma distinta para que
suas chances de fidelização (quase uma utopia nos dias atuais) cresçam.
- Trecho do
livro “A Fórmula da Satisfação do Cliente” , que será publicado em breve.
Paulo Rubinipcrubini@gmail.com
Consultor de Marketing e Planejamento Estratégico
Consultor de Marketing e Planejamento Estratégico