quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Voto sustentável

Nunca tivemos uma guerra de informações tão grande quanto na atual eleição presidencial. É fogo de todos os lados!

Verdades, mentiras, intrigas, calúnias, incitações...
Reluto na maioria das vezes em repassar alguma coisa relacionada a tais informações por razões diversas, mas, principalmente, por acreditar que a disseminação massiva de tal conteúdo pode gerar ódio, preconceito e coisas do gênero.

Também resolvi me posicionar nesta reta final porque acredito nas pessoas que têm posicionamento claro e que têm convicções, independentemente de quais sejam.

Assim, declaro meu voto em Dilma e aproveito para fazer das palavras do autor do texto a seguir, as minhas, para explicar as razões.

Semear ódio não ajuda

26.10.2010
Há momentos de posições declaradas. E há limites para tudo.
Segundo o vídeo de Arnaldo Jabor, está sendo preparada uma ditadura, e os culpados seremos nós, se votarmos na Dilma.


Isto com dramático acompanhamento musical, o Jabor parecendo aqueles antigos personagens do Tradição, Família e Propriedade dos anos 1960 anunciando a apocalipse política.


Caso mais sério, segundo a CBN, o futuro governo Dilma seria dirigido pelo José Dirceu, isto dito em tom pausado de reportagem séria.


Nos e-mails religiosos aprendo que o futuro governo vai matar criancinhas. Quanto à Veja, não preciso ser informado, pois já a capa mostra um monstruoso polvo que vai nos engolir.


E naturalmente, temos o aborto, último reduto da direita, instrumento político de profunda covardia, para quem sabe o que é a indústria do aborto clandestino.


Aborto aliás já utilizado na campanha do Collor contra o Lula, anos atrás. Argumentos patéticos desta mídia podem ser rejeitados como fruto de uma fase histérica de quem quer recuperar o poder a qualquer custo.


Mas há uma dimensão que assusta. Muitos dos textos e vídeos exalam e estimulam um ódio doentio. E são produzidos e reproduzidos aos milhões, coisa que as tecnologias modernas permitem.


Os grandes grupos da mídia, e em particular as quatro grandes famílias que os controlam, não só aderiram de maneira irresponsável à fogueira ideológica, como jogam com gosto lenha e gasolina, ainda que sabendo que se trata de comportamentos vergonhosos em termos éticos, e perigosos em termos sociais.


O poder a qualquer custo, vale a pena? Semear e estimular o ódio é perigoso. Porque com o atual domínio de tecnologias de comunicação, o ódio pode ser espalhado aos grandes ventos, e os órgãos que controlam a mídia não se privam.


Espalhar o ódio pode ser mais fácil do que controlá-lo. O tom da grande mídia se assemelha de forma impressionante aos discursos às vésperas da ditadura.
Que aliás foi instalada em nome da proteção da democracia. Fernando Henrique Cardoso, que não teve grandes realizações a apresentar, entregou o governo dizendo que tinha consolidado a democracia. Herança importante.


Vale a pena colocá-la em risco? O governo Lula tem méritos indiscutíveis. Abriu espaço não só para os pobres, mas para todos. À dimensão política da democracia acrescentou a dimensão econômica e social.


Tornou evidente para o país que a massa de pobres deste país desigual, é pobre não por falta de iniciativa, mas por falta de oportunidade.


E que ao melhorar o seu nível, pelo aumento do salário mínimo, pelo maior acesso à universidade, pelo maior financiamento da agricultura familiar, pelo suporte aos municípios mais pobres, e até por iniciativas tão elementares como o Bolsa Família ou o Luz para Todos, mostrou que esta gente passa a consumir, a estudar, a produzir mais. E com isto gera mercado não só no andar de baixo, mas para todos.


Esta imprensa que tantas manchetes publicou sobre o “aerolula”, hoje sabe que a diversificação do nosso comércio internacional, a redução da dependência relativamente aos Estados Unidos, e a prudente acumulação de reservas internacionais, que passaram de ridículos 30 bilhões em 2002 para 260 bilhões atualmente, nos protegeram da crise financeira internacional.


Adquirimos uma soberania de verdade. E no plano ambiental, só em termos da Amazônia o desmatamento foi reduzido de 28 para 7 mil quilómetros quadrados ao ano.


Continua a ser uma tragédia, mas foi um imenso avanço. Realização onde o trabalho de Marina Silva foi importante, sem dúvida, como foi o de Carlos Minc. Mas foi trabalho deste governo, que nomeou na área ambiental realizadores e não ministros decorativos.


E a sustentabilidade ambiental não é apenas verde. Os investimentos do PAC nas ferrovias e nos estaleiros são vitais para mudar a nossa matriz de transporte, hoje dependente de caminhões.


A construção de casas dignas é política ambiental, que não pode ser dissociada do social. Os investimentos em saneamento do programa Territórios da Cidadania, em cerca de 2 mil municípios, articulam igualmente soluções ambientais e sociais, como o faz o programa Luz para Todos.


Tentar dissociar o meio ambiente e o progresso social é um feito real que a direita conseguiu, divide pessoas que batalhavam juntas por um futuro mais decente. Mas é ruim para todos.


O bom senso indica claramente o caminho da continuidade, equilíbrando as dimensões econômica, social e ambiental. Absorver a dimensão crescente dos desafios ambientais, e expandir as dinâmicas do governo atual articulando os três eixos.


Mas discutir isto envolveria uma campanha política em torno de argumentos e programas, onde a direita só tem a oferecer o argumento de que seria mais “competente”. O importante, é saber a serviço de quem seria esta competência.


A continuidade das políticas é vital para o Brasil. O que tem a direita a oferecer? Mais privatizações? Mais concentração de renda? Mais pedágios de diversos tipos? Leiloar o Pre-Sal?


A última iniciativa do Serra foi tentar privatizar a Nossa Caixa, felizmente salva pelo governo federal. Como teria sido o Brasil frente à crise sem os bancos públicos?


Os jornalistas sabem, mas quando falam, como Maria Rita Kehl, e escrevem o que sabem, são sumariamente demitidos. Que recado isto manda para o jornalismo? A opção adotada foi bagunçar os argumentos políticos, buscar a desestabilização, assustar as pessoas, semear ódio.


Qualquer coisa que tire da eleição a dimensão da racionalidade, da opção cidadã. Porque pela racionalidade, o próprio povo já sabe onde estão os seus interesses, e os resultados são evidentes.


O caminho adotado é baixar o nível, sair da cabeça, ir para as tripas. Não o próprio candidato, porque este precisa parecer digno. Mas os esperançosos herdeiros de poder em torno dele, ou a própria família.


O ódio que esta gente espalha está aí, palpável. E funciona. A maior vítima desta campanha eleitoral ainda pode ser o resto de credibilidade deste tipo de mídia, e os restos de ilusão sobre este tipo de política.


Eu voto na Dilma com a consciência tranquila. Fiz inúmeras avaliações de governos, profissionalmente, no quadro das Nações Unidas.
E fiz a avaliação de políticas sociais do governo de FHC, a pedido de Ruth Cardoso, nas reuniões que tínhamos com pessoas de peso como Gilberto Gil e Zilda Arns.


Sem remuneração, e com isenção, como o faço hoje. Eram políticas que nunca se tornaram políticas de governo, porque a base política não permitia que ultrapassassem a dimensão da boa vontade real da primeira dama.


A base política do candidato Serra, desde a bancada ruralista até os negociantes das privatizações, é a mesma. E se assumir o vice, como tantas vezes já aconteceu, não será apenas um atraso generalizado para o país, será uma vergonha mundial. (Fonte: Carta Capital).


Ladislau Dowbor é formado em economia política pela Universidade de Lausanne, Suiça;
Doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, Polônia (1976).
Atualmente é professor titular no departamento de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, nas áreas de economia e administração.


domingo, 17 de outubro de 2010

O Darwinismo no Marketing

Sou um apaixonado pelo Marketing de Guerrilha. Fico sempre encantado com o que algumas agências fazem de maneira inusitada e criativa, às vezes com parcos recursos e promovendo um ROI também acima da média. Ressaltando que MG não é sempre barato e muito menos de baixa qualidade; entretanto, seu retorno pode ser superior ao investimento em comunicação convencional em face, por exemplo, da mídia espontânea que uma ação pode gerar em determinados horários de TV que custam uma fortuna.

Mas não quero me aprofundar no assunto guerrilha neste momento, até porque o tema é controverso e extenso; quero apenas lincar o MG com o que costumam chamar de “Darwinismo no marketing”.

O mundo do marketing de guerrilha gera todo tipo de maneiras novas e interessantes de criar visibilidade e percepção para um produto ou marca. Mas isso é uma tendência de propaganda que vai durar?

A beleza do marketing de guerrilha está definitivamente, no olhar do observador. Se estas formas alternativas de marketing continuarão ou não a se proliferar e prosperar depende de para quem você pergunta.

Os céticos ainda são céticos, tirar vantagem de práticas únicas permite a estes profissionais de marketing de guerrilha desfrutarem de um cantinho exclusivo no mercado.

As marcas sempre usarão o que funcionar e, quando o que estão fazendo não funciona, encontrarão alguma outra coisa que funcione. Os consumidores informarão às marcas e, em retorno, as marcas informarão as agências se elas tiverem falhando na sua missão, com ambas as partes pagantes levando seus negócios para outro lugar. É o Darwinismo no marketing, o que ajudará a garantir o desenvolvimento de soluções inovadoras de marketing indefinidamente. É algo primitivo e frio, mas esta idéia de seleção natural possibilita a existência de uma indústria inconstante e em movimento que é eletrizante de se observar e, melhor ainda, de se participar.   
Para os “dummies”, sugiro a leitura do manual prático da guerrilha chamado “Marketing de Guerrilha para Leigos”, donde tirei o termo “Darwinismo de Marketing”..

Os autores são celebridades no meio guerrilheiro: Jonathan Margolis e Patrick Garrigan, com prefácio luxuoso de Jay Conrad Levinson, o pai do Marketing de Guerrilha.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Não perca tempo com modinhas passageiras

Ótimo artigo do site "Saia do Lugar" falando sobre o processo de difusão de conhecimento como uma permanente fonte de  stress pela quantidade e não obrigatoriamente qualidade das informações recebidas e como contornar os modismos.


Vamos a ele!



O universo empresarial vive em permanente mutação. O processo de difusão de conhecimento, evolução tecnológica e de práticas de gestão simplesmente desconhecem a expressão “pausa” ou “estabilidade”. O resultado é um bombardeio semanal de novidades e mudanças, que se tornam obsoletas antes mesmo de serem totalmente absorvidas. Isso é um fato, e com ele temos que conviver. Até aí tudo bem.

O pior é a sensação de permanente defasagem, que muitas pessoas experimentam ao ler sobre a mais recente novidade, na mais recente edição de uma revista de negócios qualquer, onde esses assuntos são sempre apresentados como sendo a última onda, a última solução, a cartada final. Sim, até a próxima semana, quando outra novidade imperdível ocupará o lugar da anterior. Simples assim. Descartável, volúvel.

O resultado é uma ansiedade permanente, que tenta a todo momento nos tirar o foco daquilo que buscamos ou acreditamos.

Então, se você é um empreendedor, ou executivo empreendedor na sua empresa, e precisa a todo custo manter a sua produtividade e a cabeça no lugar, selecionamos aqui algumas dicas pra você não perder o foco com modas passageiras:

1 – Evite aprofundar a conversa com pessoas permanentemente ávidas pelos últimas modinhas de gestão. Eles estão sempre fora do eixo e não admitem que alguém possa atuar de forma concentrada e focada.

2 – Entenda que nem sempre toda evolução vem para ajudar. O Nazismo, um dia, também foi considerado uma evolução no pensamento político. Portanto, tenha cuidado.

3 – Nunca, jamais, de forma alguma ou por nenhum dinheiro abandone o seu senso crítico. A cultura de massa faz de tudo para eliminá-lo, mas para permanecer saudável, não basta mantê-lo, é preciso desenvolvê-lo. Ele é a sua maior proteção, contra modinhas, bobagens corporativas sem utilidade, e as últimas ondas que nunca se concretizam na realidade.

4 – Aprenda a selecionar as informações que você consome diariamente. E uma vez diante delas, separe o importante do descartável.

5 – Escreva. O máximo que puder. Isso ajuda a organizar as ideias e destacar informações importantes.
Por fim, não abandone a sua curiosidade, sendo sempre crítico, com uma desconfiança saudável, questionando tudo aquilo que estiver muito distante da compreensão comum.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dinheiro Mail entra no pagamento móvel

portal Convergência Digital 01/10/2010

Plataforma de pagamentos online, a Dinheiro Mail lança na primeira quinzena de outubro, um serviço para fomentar o uso do celular. Para simplificar o acesso, decidiu aposta no WAP e não em aplicativo. "Posso garantir que a transação será mais barata do que um SMS", revela o diretor da empresa no Brasil, Marcos Bueno.


Empresa está finalizando a integração da sua plataforma à OLX, empresa voltada para classificados gratuitos que está ampliando a participação no mercado brasileiro. Ao mesmo tempo também trabalha com o site de comércio eletrônico Clube Urbano - recém-lançado no país - há dois meses - mas já com grande aceitação como meio de compras online - para a oferta via celular. O projeto, conta Bueno, é o de permitir o "One click to buy".


"O pagamento móvel tem que ser bastante simples e acessado por toda a camada de usuários. Por isso, inclusive, apostamos no WAP. A nossa página será extremamente simples. É clicar e confirmar. E para o usuário será mais barato do que o envio do serviço via SMS", destaca Bueno. Apesar da prioridade ao WAP, a forte demanda para o iPhone não foi esquecida. A empresa também trabalha no desenvolvimento de um aplicativo para a plataforma.


Fundada em 2004, a Dinheiro Mail atua no Brasil, Argentina, México, Chile e Colômbia, acredita que o pagamento online é uma tendência irreversivel e que o desafio é o de simplificar cada vez mais o processo. Um dos diferenciais da empresa, inclusive, é a oferta do serviço por 0800.


Hoje, no Brasil, a Amway, de venda de produtos com revendedores diretos, é a usuária. "O serviço tem grande presença, especialmente, na região Nordeste. A nossa ideia é expandir o produto para outras redes", salienta Bueno. A expectativa da Dinheiro Mail é de transacionar na sua plataforma US$ 110 milhões em 2010. Em 2009, o montante ficou em US$ 55 milhões. Isso significará cerca de 2 milhões de transações até dezembro.


A adesão ao pagamento online possui ainda características próprias no Brasil. Aqui, reporta a empresa, 60% dos usuários utilizam o cartão de crédito; 49% efetuam o pagamento à vista ou em uma parcela e 51% preferem comprar em até 5 parcelas. O pagamento móvel, acredita Bueno, crescerá significativamente a partir de 2011.


"Não tenho dúvida em afirmar que o celular será um forte aliado no meio de pagamento. Ele será usado por quem não tem acesso ao cartão. Favorecerá o comércio eletrônico", completa o diretor da Dinheiro Mail no Brasil.

Um vídeo para reflexão e que todo brasileiro deveria ver

domingo, 3 de outubro de 2010

Brasileiros querem rapidez no atendimento

portal CallCenter.inf 24/09/2010

Na percepção dos consumidores brasileiros, as companhias ainda precisam aperfeiçoar os serviços de atendimento aos clientes, garantindo maior agilidade e profissionais mais capacitados nas linhas de frente. É que revela Estudo Global de Satisfação dos Consumidores da Accenture

"São dois fatores principais que ainda incomodam os consumidores: o tempo gasto esperando o atendimento ou para obter as soluções finais e a falta de conhecimento dos atendentes. Reconhecemos os esforços das empresas para melhorar a qualidade, mas os consumidores continuam querendo mais avanços nesses quesitos". 

Afirmou René Parente, gerente sênior da prática de CRM da Accenture Brasil, durante o Fórum de Excelência em Serviços, promovido pela Amcham-São Paulo.

O levantamento da Accenture, segundo Parente, indica os aspectos do atendimento que são mais valorizados pelo clientes no País. 

O estudo mostra que os consumidores querem 
redução do tempo de espera; atendimento disponível em horários adequados e em diversos canais; disponibilização de algumas formas de solução sem necessitar de contato direto com atendentes 
e objetividade das informações enviadas por escrito.

Em relação aos atendentes, eles pedem mais conhecimento técnico sobre produtos, serviços e histórico dos clientes e abordagem educada e gentil. Diferentemente de outros anos, a edição atual da pesquisa captou uma mudança no comportamento do consumidor

"Até então, o brasileiro abria a mão da qualidade para ter preços menores, mas com a ascensão das classes, os novos entrantes passaram a exercer uma pressão maior pela excelência e a disposição para pagar um pouco a mais para ter bons serviços", 

Explicou o gerente da Accenture.

A sondagem da Accenture foi realizada em 14 países desenvolvidos e emergentes. Na comparação com os demais países, o Brasil se encontra na média no que diz respeito à qualidade do atendimento, entretanto, o maior desafio está na capacitação da mão de obra. 

"A formação dos profissionais chama atenção pelo lado negativo", concluiu Parente.


Sou apaixonado pelo estudo do comportamento do consumidor, e se você fizer uma busca no MKT360GRAUS encontrará muita coisa a respeito. Por hora sugiro a leitura de:


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A cabeça de Steve Jobs


Jobs é um elitista que considera a maioria das pessoas imbecis, mas faz gadgets fáceis de serem utilizados por qualquer idiota.” Com este prefácio comecei a ler mais um livro sobre aquele que considero o maior gênio vivo quando o assunto é tecnologia e inovação. Um cara que revolucionou a informática nos anos 1970 e 1980 com o Apple II e o Mac; o cinema de animação nos anos 1990 com a Pixar e, mais recentemente, a música digital com o iPod e o iTunes. O cara que criou a complexa simplicidade do iPhone conquistou milhões de fás ardorosos pelo mundo afora.

Estou procurando um lugar que precise de muitas reformas e consertos, mas que tenha fundações sólidas. Estou disposto a demolir paredes, construir pontes e acender fogueiras. Tenho uma grande experiência, um monte de energia, um pouco dessa coisa de ‘visão’ e não tenho medo de começar do zero.”
Currículo de Steve Jobs no site. mac da Apple.

Não dá pra contar tudo que li sobre Jobs, mas vou resumir o que julgo mais didático.

Frases e citações de Jobs

“Foco significa dizer não” – Quando Jobs lançou o inca, ele não tinha drive de disquete, na época um equipamento-padrão nos computadores. Foco significa dizer não quando todo mundo está dizendo sim. Muita gente urrou contra isso na época e hoje parece uma bobagem.

“As raízes da Apple vieram de criar computadores para pessoas, não para corporações.” – Se referindo à negativa de entrar para o chamado mercado empresarial, o de venda para grandes empresas. Completa dizendo: “O mundo não precisa de outra Dell ou Compaq”

“As pessoas não sabem o que querem até que você apresente a elas seu produto.” – A criatividade na arte e na tecnologia está relacionada à expressão pessoal. Assim como um artista não conseguiria produzir um quadro organizando um grupo de foco, Jobs também não o usa. Não consegue inovar perguntando a um grupo de foco o que ele quer. Como disse certa vez Henry Ford (um ícone para Jobs): “Se eu perguntasse a meus compradores o que eles queriam, teriam respondido que era um cavalo mais rápido.”.

“Seja um padrão de qualidade. Algumas pessoas não estão acostumadas a um ambiente onde se espera excelência.” - Sua referência sobre design de produtos.

“Simplicidade é complexidade resolvida.” – Para Jobs, design não é decoração. Não é a aparencia superficial de um produto. Não é apenas a cor ou os detalhes estilísticos. Para ele design é a maneira como um produto funciona.  A frase citada por Steve para falar de design, é do escultor romeno Constantin Brancusi.

“A inovação não tem nada a ver com a quantidade de dólares que você investe em P&D. Quando a Apple lançou o Mac, a IBM estava gastando no mínimo cem vezes mais em P&D. Não é uma questão de dinheiro. É a equipe que você tem, sua motivação e o quanto você entende da coisa.” – Steve Jobs em entrevista para a Fortune, em 1998.  

“Você precisa de uma cultura muito orientada para produtos, até numa empresa de tecnologia.” – Segundo Jobs, parte do processo na Apple é focalizar os produtos, meta final que orienta e informa a inovação. A inovação aleatória é um desperdício. Tem que haver uma direção, algo que possa impulsionar tudo ao mesmo tempo. Pode parecer incoerente com os dias de hoje, mas concentrar esforços no produto, no caso da Apple, é o seu maior diferencial.

“Se você queima os seus navios, tem que ficar e lutar.” – Steve não tem medo de matar seus próprios produtos mesmo que eles façam sucesso. Ele matou o modelo iPod mais popular da Apple – o mini – no auge de sua popularidade, em favor de um modelo mais novo e mais esguio, o nano. Ele é um cara que queima seus navios. Esta é uma das citações que mais gosto.
As lojas bem-sucedidas de varejo da Apple são um exemplo improvável, porém típico, da inovação da companhia em ação. As lojas nasceram de uma necessidade real, inspiradas pelo hub digital, e desenvolveram-se como todos os produtos da Apple – prototipadas, testadas e refinadas.

“Você quer vender água açucarada pelo resto da sua vida ou quer mudar o mundo?” – Jobs desafiando John Sculley, na tentativa de contratar o então presidente da PepsiCo para administrar a sua companhia.  “Se eu não aceitasse, teria passado o resto da vida me perguntando se havia tomado a decisão certa”, disse Sculley.  

Apetite pela inovação
Um dos tópicos mais quentes nos negócios hoje em dia é a inovação. As empresas ficam desesperadas para encontrar a chave mágica da inovação. Na busca de um sistema, enviam-se funcionários a oficinas de inovação, nas quais eles brincam de Lego para desencadear sua criatividade e etc...
Jobs zomba dessas idéias. Na Apple não há um sistema para gerar inovação. Quando Rob Walker, repórter do New York Times, se alguma vez pensa conscientemente sobre a inovação, Jobs respondeu: “Não. Nós pensamos conscientemente em fazer produtos excelentes. Não pensamos: ‘Vamos ser inovadores! Vamos fazer um curso! Aqui estão as cinco regras da inovação, vamos espalhá-las por toda a companhia! ’”.
Jobs disse que tentar sistematizar a inovação é “como uma pessoa que não é calma e controlada tentando ser calma e controlada. É doloroso de ver... É como ver Michael Dell tentando dançar. Doloroso”.       

DNA de uma marca
“É triste e frustrante que estejamos rodeados de produtos que parecem ser provas de uma completa falta de cuidado”, disse Jonathan Ive (designer chief da Apple). “É isso que é interessante em um objeto. Um objeto diz muitas coisas sobre a empresa que o produziu, sobre seus valores e prioridades.”

A Cabeça de Steve Jobs
“Steve Jobs não faz pesquisa de mercado”, disse Guy Kawasaki (ex-executivo da Apple). “Para ele, pesquisa de mercado é o hemisfério direito falando com o hemisfério esquerdo.”


Parte 2: Lições de Steve Jobs