Agora tenho certeza de que não suporto mais a patriotada estadunidense em filmes estadunidenses com bons atores estadunidenses. Claro, que em filmes de guerra ou de contra-espionagem onde sempre são os mocinhos insuperáveis, hábeis, inteligentes, bondosos com os civis e acima do bem e do mal. A realidade não é bem assim. Basta ver o mico bélico que está se transformando a invasão do Iraque e que está levando a economia estadunidense ao colapso. Estima-se que se esvaíram cerca de um trilhão de dólares dos cofres estadunidenses para caçar “terroristas” por lá. Só que a vida como ela é (Grande Nelson Rodrigues) não se resume a orçamento roliudiano, que retorna pelas bilheterias de cinemas.
O filme é um clichê estúpido e arrogante e sempre com excelentes efeitos especiais, onde são insuperáveis.
A sinopse já denuncia a patriotada: “... Suspense absolutamente explosivo como os integrantes da equipe de agentes do FBI (sempre eles, argh) mandados a Riad, na Arábia Saudita, para encontrar um assassino, responsável por um ataque brutal, e interceptá-lo antes que faça um novo ato terrorista”. Tudo isso acontece em 5 dias e eles, CLARO, conseguem destruir a força terrorista inimiga por inteiro, coisa que na vida real não conseguem fazer com um exército bem equipado e com muitos anos para tal, como está acontecendo no Iraque e aconteceu no Vietnã.
O enredo chega a ser cômico. Alias, por que todo agente do FBI é agente especial? Se alguém souber a resposta me diga. Agente especial Molder, agente especial Scully... Só que desta série, Arquivo X, eu gosto. Pelo menos o X-files você sabe que é ficção.
Por que tem sempre uma agente gostosa que algum outro agente quer pegar? Por que tem sempre um nerd (hoje é geek) na equipe que descobre mais do que o magayver? Por que os tiros inimigos nunca conseguem acertar os agentes especiais enquanto que o tiro de um federal consegue matar 10 árabes terroristas enfileirados? Por que o árabe bonzinho sempre foi educado nos estadozunidos? Por que os estaduzunidos chamam moradores das regiões INVADIDAS de insurgentes? Por que os Árabes quando se defendem e matam americanos são terroristas assassinos e o contrário, não?
Finalmente, por que os filmes estadunidenses desse gênero não conseguem convencer mais ninguém de que eles são os mocinhos e por que eles não conseguem ser vencedores na vida real, a exemplo do que acontece nas telas? Não seria o caso de convocar diretores, produtores e atores roliudianos para combater no oriente médio?
Para fechar a única crítica de filme da minha vida, tem uma passagem no The Kingdom que dá nojo. Um “agente especial” lendo um livro sob o título “manual do idiota”, que faz uma alusão satírica ao Corão.
Penso que roliudi terá de mudar sua estratégia de vender filmes porque o clichê batidão que nasceu com rambo e permanece com rambo na terceira idade já não cola mais em face da grande quantidade de informações que impõem a todos nós a vida como ela é. Por falar nisso, o tal rambo 4 é um clássico da trash comédia e vale a pena ver para rir muito do velho Istalone em rambo 4, o massacre da serra elétrica giratória.
Enfim, o reino está em declínio.
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