terça-feira, 31 de maio de 2011

Marketing Digital – A nova era do Marketing


No final dos anos 1990 fui “aplicado” pela internet e nunca mais deixei de admirar, acompanhar e modelar negócios através dela, tendo, inclusive, mantido um dos primeiros players de cobertura de eventos com imagens expostas na rede (www.olhai.com.br – fundado em 1999).

Por conta da paixão pelas inúmeras possibilidades encontradas na internet, e mesmo sendo de outra área (minha formação acadêmica é o Direito), comecei a especializar-me em Marketing, inicialmente com duas pós-graduações em instituições conceituadas, passando por extensões diversas para manter-me sempre atualizado.

Em todos os cursos sobre gestão de Marketing que cursei a internet sempre foi apontada como mais uma ferramenta, uma plataforma de comunicação para as marcas se posicionarem e se fortalecerem. Hoje, posso assegurar que a internet é um universo próprio onde se constroem marcas originalmente digitais. Que o diga Mark Zuckerberg e o seu Facebook, que de longe superou os batidos modelos de sites de festas.

Mas não é só isso!

Eu diria que a ordem está se invertendo muito rapidamente, colocando a internet num patamar altamente profissional e reduzindo as técnicas convencionais de Marketing a meras coadjuvantes no planejamento estratégico das empresas. Não obstante, as estratégias podem contemplar ações 360º entre o mundo de tijolos e o digital, fechando um ciclo de propositura de ações visando resultados ótimos.

O Potencial de Mercado, que é a mensuração das possibilidades de volume de venda de um determinado produto/serviço em um segmento de mercado ou região, nunca foi tão fácil de medir com a nova era digital e suas ferramentas (muitas delas gratuitas). 

No modelo tradicional da dimensão do Marketing como processo, segue-se um conjunto de atividades logicamente encadeadas e executadas para alcançar resultados (efetuar trocas, gerar valor, satisfazer o cliente e atingir os objetivos da organização). As etapas do processo podem incluir atividades de pesquisa de mercado, análise de concorrência, definição de posicionamento e desenvolvimento de produto. 

No Marketing Digital, as etapas do processo são as mesmas, mas o custo/tempo de análise/execução são muito menores e mais eficientes.

Na análise do contexto de Marketing tradicional reunimos aspectos do ambiente (contexto externo) e da organização (contexto interno). As variáveis do ambiente são denominadas de variáveis incontroláveis, tendo caráter mutável e inconstante, como as demográficas, tecnológicas, econômicas e socioculturais. Nesse sentido, as organizações têm sucesso, desde que adaptem seus produtos e serviços ao Ambiente de Marketing (forças externas que atuam sobre a organização e seus clientes, proporcionando o surgimento de ameaças e oportunidades). No meio internet, nunca foi tão evidente o fato de como as forças externas atuam sobre as empresas e como o Marketing Digital pode visualizar melhor as oportunidades e ameaças.

No curso que fiz recentemente, “Gestão de Marketing Digital”, foi citado o case de uma empresa de São Paulo que com apenas dois sócios e uma mesa, vende cartuchos para impressoras para todo o país. O faturamento deles é de R$ 500 mil/mês. Oportunidade? Sim, gestão de relacionamento com os clientes. Poucos dias antes de o cliente ficar “sem tinta”, recebe um e-mail lembrando a data da troca, entre outras referências ao CRM tradicional. Como são conhecidos? As famosas técnicas de Adsense e Adword que aperfeiçoam sua presença na rede, colocando sua empresa na primeira página de pesquisa orgânica do Google.

Dentro dessa dimensão, a idéia é de decodificação dos sinais de mercado para perceber os segmentos e os nichos, avaliar e construir as oportunidades. Nada de novo em relação ao Marketing convencional; entretanto, dificilmente dois caras, atrás de uma mesa, conseguiriam tal feito sem a internet.

Poderia escrever um tratado sobre este assunto, mas não é o caso. Finalmente, devemos ter em conta que a característica mais marcante da nova era é o S-Marketing, onde o consumidor influencia diretamente o resultado das empresas por interação nos seus relacionamentos nas redes sociais.

Se for contratar uma agência de Marketing Digital, pense sempre que a palavra-chave para o sucesso de sua estratégia é: Conversão. Determine suas metas e as converta em resultados. Exija isso de sua agência.



quarta-feira, 18 de maio de 2011

Marketing político - Os perfis políticos nas mídias sociais

O facebook (em minha opinião, o mais relevante no Brasil) está lotado com perfis de políticos. Só que esses cidadãos não têm (salvo raras exceções) a menor noção sobre como acontecem os relacionamentos sociais nessas plataformas.

Boa parte dos usuários do facebook, ou “desorkutou”, ou se encantou de cara pela rede social criada pelo Zuckerberg, por razões muito semelhantes, e no Face – como é mais conhecido por aqui –, na maioria das vezes, as pessoas prezam pelos relacionamentos verdadeiros adquiridos no mundo de tijolos para uma aproximação maior e ao tempo que quiserem. Assim, dificilmente fakes ou desconhecidos têm aderência garantida, como era (é) no Orkut, onde quanto mais add, melhor, não importando quem.  A média no facebook Brasil gira em torno de 273 amigos.

Muitos de nós, usuários do facebook, preferimos manter os desconhecidos longe para não perdermos as conversas com os amigos, a não ser que aquele desconhecido, do ponto de vista pessoal, seja relevante de alguma forma. Zuckerberg criou um mecanismo onde apenas os amigos mais participativos de sua roda têm suas postagens mais vistas. Ou seja, aquelas conversas onde você mais interage são as que elegem os usuários que você mais verá na tela.   

As empresas brasileiras engatinham quando o assunto é mídia social e o posicionamento de suas marcas no mundo digital; mas, o que mais me chama a atenção são as ações equivocadas de grande parte dos políticos brasileiros no facebook, twitter e afins. Deixando claro que a finalidade do microblog twitter é bem diferente da do facebook.

Eles ainda são da “old school” no assunto marketing político; acreditando que as fórmulas convencionais usadas há décadas em suas comunidades reais são as mesmas usadas no mundo online. Ledo engano!

Assessores “cabos eleitorais”, sobrinhos “feras em computação”, entre alguns “não tem outro vai você mesmo”, são os responsáveis pela manutenção desses perfis. Só que, as pessoas não estão muito interessadas por relacionamentos impessoais, ou com “ghost writers”. Se quiser saber sobre o meu candidato, assino uma RSS de seu blog, por exemplo, mas não quero minha timeline ocupada com propaganda política.

Os políticos não estão impedidos de interagir com seu “povo”, mas devem moldar-se às novas tecnologias relacionais do universo digital.

Para saber como, deveriam ouvir gente que entende de comunicação online e não assessores da velha escola. Uma coisa é ter meu conhecido João da Silva participando de amenidades ou discussões sérias no meu facebook, outra coisa é ter o Deputado João da Silva postando suas participações em comissões parlamentares e inaugurações de obras públicas, como nos velhos panfletos. A impressão é que a campanha política é sem fim e de maneira direta. Pensem nisso, senhores políticos.

domingo, 15 de maio de 2011

McDonalds e suas promoções polêmicas

Gosto de compartilhar artigos que provoquem a reflexão como este do Ricardo Jordão, que aliás, gosta de uma polêmica.
É meio extenso mas vale a pena ler.
Só não coaduno com a frase que diz: "Marketing é o que você tem que fazer quando o seu produto não é bom". Mas isso é outro assunto.





O McLanche Feliz é um crime. De feliz não tem nada. O lanche é uma grande infelicidade, e uma bruta safadeza do McDonalds.  

Felizmente os meus filhos não gostam da comida do McDonalds. Eles acham a batata frita gordurosa, o sanduíche sem sabor, o nuggets sem graça, e o refrigerante um lixo. 

Entretanto, vez ou outra, os meus filhos e os seus amiguinhos pedem para ir ao McDonalds. 

Eu não levo. Mas tem sempre algum imbecil que leva. 
Por que as crianças querem ir no McDonalds se elas não gostam da comida do McDonalds?

Por causa da droga do brinquedo que vem “grátis” dentro da droga do mclanche infeliz.

As crianças de hoje não ligam a mínima para o lanche. 
Eu nem preciso me preocupar com a questão da saúde porque eles simplesmente não comem a porcaria da comida do McDonalds. Eles querem apenas o brinquedinho safado e xingue-lingue que acompanha o lanche.
Ou seria vice-versa?!

A estratégia safada do McDonalds em colocar brinquedo dentro de hamburger é tão bem sucedida que levou os gerentes da empresa do sanduíche a evoluirem com a coisa toda. 

Dez anos atrás o brinquedo do McLanche Infeliz era apenas um brinquedinho xingue-lingue. Hoje o brinquedo faz parte de uma "coleção" temática de brinquedos que muda a cada 30 dias ou algo assim.

A estratégia da coleção leva a criançada a querer retornar ao McDonalds até completar a maldita coleção. Nos dias de hoje uma coleção do McLanche Infeliz tem entre 4 ou 5 brinquedos. 

Eu tenho um amigo que viveu em Buenos Aires nos anos 90 e conta que certa vez o McDonalds soltou uma coleção temática de 30 brinquedos. Os filhos dele e os filhos dos amigos encheram o saco durante 30 dias para ir no McDonalds 30 vezes para pegar o brinquedo e completar a tal da coleção.

Coleção essa que é logo esquecida pela criançada. O "tesão" pelo brinquedo é artificial. O objetivo da criança é atingir a meta de completar a coleção antes dos outros amiguinhos. O prazer está apenas no ato de consumir a droga oferecida pelo McDonalds seja ela qual for. 

A criançada descarta o brinquedo em questão de horas; as vezes o brinquedo é descartado na própria loja.  

A experiência do mclanche infeliz serve apenas para atormentar a cabeça das crianças e torná-las consumidoras vorazes de qualquer droga.

No condado de Santa Clara na Califórnia nos EUA o McLanche Feliz foi proibido. “Se você não puder controlar a vontade de uma criança de 3 anos de idade por um brinquedo, o que essa criança vai querer quando tiver 20 anos de idade?”, “É uma bruta sacanagem oferecer um brinquedo como recompensa para uma criança que come comida que contem alta caloria”, comentam os deputados que votaram a favor da proibição. 

O McLanche Feliz foi criado em 1979 por Robert Bernstein marketeiro safado ligado ao McDonalds. O cara já ganhou inclusive um McLanche Infeliz de Bronze em sua homenagem. A sua criação é hoje estudada e glorificada por outros marketeiros pilantras que estudam essa história como caso de sucesso e procuram replicá-las em outras situações. 

Eu imagino que o infeliz do gerente de produtos que criou essa droga, e o infeliz do atual gerente de produtos do McDonalds responsável pelas vendas dessa porcaria não tenham filhos. Qual pai em sã consciência aprovaria uma iniciativa tão safada e hipócrita como essa de premiar uma criança que se alimenta de uma comida que faz mal a saúde?

Muitos pais aprovariam. No web site do ReclameAqui - portal bacana que ajuda os consumidores brasileiros a lutarem por seus direitos - você encontra várias reclamações de pais brasileiros metendo pau no McDonalds porque eles não encontraram um determinado brinquedo na loja.

Pelo jeito o maluco sou eu. Tem trocentos pais por ai que incentivam os seus filhos a consumir brinquedinho do McDonalds e completar suas coleções. 
É aquela velha história, "enquanto houver viciado querendo injetar a droga na veia (dos filhos), vai ter traficante vendendo droga".

Pois os meus filhos essa turma não vão pegar. 

O McDonalds fez história com o mclanche infeliz. Hoje você tem brinquedo dentro de chocolate (Kinder Ovo), brinquedo dentro de revista (Revista Recreio da Editora Abril), brinquedo dentro de embalagem de sucrilho, brinquedo dentro de ovo de páscoa etc etc etc. 

A páscoa desse ano ficará conhecida como a páscoa mais infeliz que as vovós já viram.

Milhares de singelas vovós vão ficar com os olhos cheios de lágrimas quando perceberem que os seus singelos netinhos dispensaram o ovo que compraram com tanto carinho porque o maldito ovo não tem brinquedo dentro, apenas chocolate.

Coitada das vovós. Esqueceram de avisá-las que os seus queridos netinhos viraram vorazes consumidores de brinquedinhos xingue-lingue. 
Nem a chapeuzinho vermelho está interessada nos doces da vovozinha. Talvez nem o lobo. 

A dona de casa Carla Drochner, de 31 anos, moradora do Sul do país, recebeu do filho Caio, 4, pelo menos três opções de compra. Segundo ela, apenas uma era em virtude do gosto pelo chocolate. As outras, foram escolhidas em função dos atrativos infantis. “Se o meu filho não achar o brinquedo bonito, ele não quer”, conta. 

Mais que o puro chocolate, os ovos de páscoa vêm recheados de bonecas, canecas, brinquedos, lanternas e até mesmo gravadores. Ovos de personagens licenciados, como personagens de desenhos animados, de quadrinhos, brinquedos famosos, são os preferidos da garotada, e também os mais caros. 

Foi este o presente escolhido pelo pequeno Lucas, 6 anos, que exigia que sua mãe comprasse um ovo de seu personagem predileto: o Homem Aranha. “Ele nem gosta muito de chocolate, escolhe exclusivamente pelo presente. Bom, assim todos ficam felizes, ele ganha o brinquedo e eu ajudo no chocolate”, diverte-se a enfermeira Alexandra Israel Rovedo, 33.

Se eu penso que o McLanche Infeliz ou Ovo de Páscoa com Recheio de Brinquedo deveriam ser proibidos no Brasil como está rolando na Califórnia? 

Eu não. Deixa rolar. Afinal essa turma precisa de um quitute para detonar enquanto se diverte assistindo as video-cassetadas do faustão. 

Que cada pai eduque os seus filhos do jeito que quiserem. 

Eu já tenho muito o que fazer educando os meus filhos. Eu não tenho tempo nem saco para educar os filhos dos outros. 

domingo, 8 de maio de 2011

8 de maio - Dia do Profissional de Marketing

sen: mil em japonês


Profissional de Marketing é o cara que consegue desviar a trajetória da bala. - Paulo Rubini 


Em estratégia, Musashi Sensei, em seu Livro dos Cinco Anéis, fala que não se deve utilizar a mesma tática repetidas vezes.

Não precisa se chegar a Mil, mas para um estrategista, estudar algumas dezenas de kamae* é imprescindível.

Mesmo assim, você pode ser pego. 
Então é melhor ter Mil mesmo!


Assim é o profissional de Marketing, um estrategista de mil faces.


*kamae = posição de combate


Parabéns a nós, Profissionais de Marketing, e também à todas as mães desses profissionais neste 8 de maio.