segunda-feira, 28 de junho de 2010

Patriotismo ou patriotada?


Diz-se por ai, e vê-se por ai que em época de copa do mundo, o brasileiro é o mais patriota dos cidadãos deste planeta.Dia desses perguntei para um vizinho que estendeu uma bandeira enorme na fachada de sua casa o porquê daquilo e ele empunhando sua vuvuzela, grunhiu: BRASILLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL. ????Hoje, durante a mamata contra o Chile, outra vizinha que já tinha tomado umas brejas ficava quase o tempo todo berrando da sua janela: BRASILLLLLLLLLLLL, BRASISISISILLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL.
Até que também gritei: Porra! quem será esse tal Brasil que voce fica chamando e que não te responde?
Fosse apenas torcida esportiva, beleza. Mas o brasileiro é BRASILLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL..
Dizem que é da natureza do brasileiro quando o assunto é seleção canarinho toda esta empolgação todo esse BRASILLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL.. Queria ver todo esse calor verdeamarelo se fossemos a torcida de uma seleção como a da Tasmânia (se é que existe uma).
Um país onde tudo para por qualquer coisa, em época de BRASILLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL, para tudo mesmo. Banco com horários adaptados, comércio perdido, trânsito maluco e, pior, violência por nada. Alias, uma coisa que não entendo é porque brigar se estão todos do mesmo lado, o BRASISISISISILLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL?
Patriotismo é outra coisa, é ter orgulho de nossa postura diante da crise financeira que abalou o planeta, por exemplo; é saber que tiramos milhões de pessoas da linha de pobreza; poder ser contemporâneo de uma grande transição politica de forma pacífica, diferentemente do que acontece em outros países.
Ter orgulho de uma seleção de futebol campeã, de pilotos de automobilismo campeões, de atletas olimpicos campeões não é defeito, mas qualidade de quem busca estima internacional. Entretanto, o que vejo ainda mais do que em outros anos (talvez pela massiva insistência do interesse midiático) é uma verdadeira PATRIOTADA, uma patriotice verdeamarela.
E o Dunga? O dunga fez algo inovador que foi colocar a Globo no lugar comum a que tem direito. Ao menos isso ta valendo a pena.
Pra não dizer que não falei de futebol, torço pelo Maradona, o único cara que tem postura Rock'n'roll desta copa, rs.

sábado, 26 de junho de 2010

As quatro barreiras do Planejamento

A missão e os objetivos gerais conduzem à formulação de estratégias em níveis empresariais, posteriormente, em unidades de negócios e, finalmente, em nível funcional.

Estratégia é a definição de como recursos serão alocados para se atingir determinado objetivo.


Em 1999, uma pesquisa realizada pela Symnetics com 100 empresas brasileiras mostrou que somente 10% das estratégias são implementadas com sucesso.


As principais razões encontradas nas falhas de implementação de 90% das estratégias não estavam na formulação em si.


As principais razões são o que podemos denominar de as quatro barreiras:


1 - Barreida da visão: somente 5% do nivel operacional compreendem a estratégia;
2 - Barreira das pessoas: somente 25% do nivel gerencial possuem incentivos vinculados ao alcance da estratégia.
3 - Barreira de recursos: 60% das empresas não vinculam recursos financeiros à estratégia;
4 - Barreir da gestão:  85% dos gestores gastam menos de uma hora por mês discutindo estratégia.

sábado, 19 de junho de 2010

PL do Marketing de Incentivo vai à sanção presidencial

portal Meio&Mensagem 15/06/2010 - Fernando Murad


O Projeto de Lei número 6.746/2006, que dispõe sobre os aspectos trabalhistas, previdenciário e tributário das quantias espontaneamente pagas pelas empresas a seus empregados a título de prêmio por desempenho e que altera a Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, está a um passo de virar lei. Depois de passar pela Comissão de Assuntos Sociais - CAS e pela Comissão de Assuntos Econômicos - CAE, ambas no Senado, a matéria segue agora para a sanção presidencial.

De acordo com o texto aprovado do PL, de autoria do deputado federal Júlio Redecker (PSDB/RS), os valores pagos em campanhas de incentivo a empregados ou a terceiros a título de desempenho pessoal não serão considerados salário, nem integrarão a base de cálculo de encargos sociais, incidindo sobre esses valores o imposto de renda na fonte pela tabela progressiva. O PL prevê ainda que o regulamento da campanha de incentivo deva ser elaborado com regras claras quanto aos seus objetivos, metas, prazo de duração, participação e aferição de desempenho individual ou em grupo.

"Na
minha expectativa, a aprovação do PL é um grande avanço para a economia do País, pois ele é o primeiro passo para que tenhamos um mercado mais competitivo e apto a enfrentar os desafios desta nova economia globalizada", aponta Leandro Capozzielli, presidente da Orange Soluções Integradas e da Infiniti Incentive, e membro do Comitê de Marketing de Incentivo da Associação de Marketing Promocional (Ampro). De acordo com o profissional, a expectativa do mercado é a de que o PL seja sancionado em 30 dias.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A topografia do Mercado e seus pontos criticos


A miopia de muitos empresários acerca de como o mercado se comporta, faz com que percam espaço, lucratividade e sobrevivência, em várias situações Para tentar clarear as coisas, este artigo pode ser um poderoso guia para orientação mercadológica.

As forças produtivas do mercado têm se organizado em função de analisar suas próprias relações. Este movimento de olhar a si mesmo, que em epistemologia se chama “dobra”, ganhou velocidade com as importantes contribuições de pensadores já “clássicos”, como Porter, Drucker e muitos outros. No entanto, não somente podemos viver a falar de forças, nem de relações ou modelos de clusters. O dinamismo e a velocidade das transformações impõem um ritmo alucinante e, logo mais - isto que, para a maioria ainda é novidade - receberá outro poderoso influxo de moldes topográficos, dialógicos e topológicos. A análise diagnóstica entrará com força total em nossas vidas.

Sendo assim, tentarei detalhar o que se pode esperar para estes movimentos, que, apesar de serem mais conhecidos em filosofia e matemática, começam a ganhar espaço de reflexão nas áreas corporativas. Convencionalmente, espaços topológicos são estruturas que permitem a formalização de conceitos tais como convergência, conexidade e continuidade, atuando como noção unificadora central. Dialógico significa plural. Topográfico, os desníveis e panoramas. Diagnosticar é apontar.

Para tentar desvendar este novo “segredo”, resumi o conteúdo em planos de intersecção, com as perguntas e objetivos principais. Claro que é um resumo, pois este assunto não se esgota num artigo. A noção de planos que se entrecruzam deverá nortear o que entendemos por relações com o mercado e com as estratégias empresariais. Do varejista ao conglomerado que domina toda a cadeia produtiva, ninguém estará isento de participar de uma revolução das simulações e mapeamentos. Por enquanto, devemos nos preparar para a aplicação em nove planos convergentes. São eles:

1- GeoMarketing
Pergunta: Onde estão?
Ação: Infiltrar, Reconhecer e Combater
Objetivo: Identificar a Topografia e Acidentes (Concorrentes/Público/BI)

2- PsicoMarketing
Pergunta: O que faz? (Você seguro? Você feliz?)
Ação: Criar campo transcendental neutro e aprazível (Compra e Comunicação)
Objetivo: Eliminar resistências internas + Formar Experiências para compra futura

3- FisioMarketing
Pergunta: O que tem lá? (que valha a pena ir para conhecer?)
Ação: Vencer a inércia do consumidor e eliminar zonas de conforto (ampliar raio de ação)
Objetivo: Formar zonas intermediárias e/ou clusters variados (novos “pólos”)

4- CulturalMarketing
Pergunta: Como se fazem as coisas por lá? (o que querem realmente e como são?)
Ação: Formar a aceitação e métodos para reconhecê-la
Objetivo: Produção de novas demandas e maior share

5- LobbyMarketing
Pergunta: Qual o caminho mais curto? (existem outros acessos?)
Ação: Evidência, pressão e antecipação
Objetivo: Influenciar escolhas, decisões, espaços e ganhar concorrências

6- TradeMarketing
Pergunta: O quanto podemos participar? (que ações funcionam no PDV?)
Ação: Promoção Inteligente, Ostensiva e Estratégica
Objetivo: Controle do PDV e do melhor espaço no mercado (impacto + venda + imagem)

7- EndoMarketing
Pergunta: Como somos compreendidos? (Isto ocorre? Quando ocorre? Em que nível?)
Ação: Alinhamento Organizacional para um perfeito comando de tropa
Objetivo: Contar com toda a cooperação dos colaboradores (compreensão da Missão)

8- RSEMarketing
Pergunta: O que é Nossa Responsabilidade? (Social, Trabalhista e Ecológica?)
Ação: Neutralização de impactos e sustentabilidade (não só ecológica, mas todos os setores)
Objetivo: Amortecer e sanear quaisquer aspectos negativos na organização

9- PhiloMarketing
Pergunta: Quais objetivos são legítimos e sustentáveis?
Ação: Ética reformuladora e processos sustentáveis
Objetivo: Comando racional do processo e conscientização a longo prazo.

Como vêem, existem algumas novidades em relação à visão de mercado, que não se esgotam num simples planilhamento de vendas ou previsões de retorno. Estas simulações pressupõe ter-se em mente um horizonte de realização de progresso. Mas, um progresso que seja seguro e, a cada ação implementada esteja, automaticamente, banindo os desequilíbrios.
 Dúvidas sobre alguns dos pontos citados?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pagamento via celular não decola

jornal Valor Econômico 14/06/2010 - Adriana Cotias

Com um ponto ao lado da casa paroquial em Aldeia da Serra, Barueri (SP), o taxista Nilson Lisboa, de 53 anos, é um símbolo de uma nova era no uso dos meios de pagamentos no Brasil. Ao receber o valor das corridas, aceita bandeiras tradicionais, como Visa e MasterCard, passando as transações nas maquininhas da cooperativa a que está associado, ou usa o celular para a cobrança. Ele digita o número do telefone do passageiro, a forma de pagamento, se débito ou crédito, e finaliza a operação com um código móvel capturado pelo cliente no aparelho dele. Numa fração de minuto, uma mensagem de texto confirma a transação.

A tecnologia usada por Lisboa é da novo e-pay, bandeira de crédito que vem dando os primeiros passos no segmento de "mobile payment" no país, somando-se a iniciativas como a da Oi Paggo, administradora de cartões da Oi, ou o Foneshop, desenvolvido pela Redecard, que transforma o celular em terminal de captura de transações. Só que há ainda certas resistências a vencer para essa tecnologia ser massificada e virar moeda corrente na ponta do consumo.

Depois de os bancos terem investido montanhas de dinheiro para construir uma malha de 150 mil correspondentes bancários, alcançado uma base de mais de 380 milhões de cartões de débito e crédito e as credenciadoras terem chegado a 1,6 milhão de lojistas, não há consenso sobre o celular como veículo de inclusão bancária, entendimento que poderia dar escala à modalidade.

"No Brasil, só de 30% a 35% da população tem conta em banco, enquanto a penetração do celular chega a 70%, 80% e essa poderia ser a via para atrair clientes sem acesso a serviços financeiros básicos", diz Joaquim Lima, representante de investimentos do International Finance Corporation (IFC), o braço privado do Banco Mundial. "Mas há o receio dos bancos de canibalizar os atuais canais de atendimento ou mesmo outros negócios."

À exceção do Japão, que usa largamente o pagamento via celular sem contato no transporte público e da Coreia, na última década, o pagamento móvel prosperou em economias onde era baixo o nível de bancarização da população, como em países da África e do Oriente Médio ou na Índia. No Brasil, que entre os emergentes é mercado com maior participação em transações eletrônicas no mundo, com uma fatia de 5% do bolo, o processo está mais atrasado.

Para Lima, enquanto os bancos passaram os últimos anos fortalecendo a sua infraestrutura tecnológica, as operadoras de celular estiveram às voltas com imbróglios societários. O próprio sistema financeiro nacional passou por um processos de consolidação e, mais recentemente, foram as adquirentes Cielo e Redecard que tiveram de dirigir esforços para a abertura do mercado, acrescenta o gerente-executivo da diretoria de cartões do Banco do Brasil, Raul Moreira.

Em 2008, BB e Visa anunciaram o lançamento do Visa Mobile Pay, um serviço que permitiria aos portadores do Ourocard Visa fazer transações de débito e crédito pelo celular, inicialmente para vendas diretas e de "delivery". O projeto ainda não passou do piloto, embora a tecnologia já tenha sido testada. "O BB foi um dos primeiros, junto com a Cielo, a desenhar uma plataforma reconhecida mundialmente pela Visa, mas não tem como um único banco ter uma plataforma individual, com uma única bandeira e uma única adquirente, não faz sentido comercialmente."

Moreira conta, porém, que no início do ano a Febraban, a entidade que representa os bancos, e a Abecs, que reúne as empresas de cartões, criaram um comitê para discutir um modelo de negócio e de integração, chamando as empresas de telefonia móvel para a conversa. "Até pouco tempo havia dúvidas se o mercado iria se unir às operadoras ou se elas tentariam fazer sozinhas o que os bancos fazem. Hoje estamos em outra fase de maturidade." Para ele, há plena ciência dos bancos de que foram as operadoras, com os aparelhos pré-pagos, que conseguiram chegar de forma mais contundente às classes C, D e E. As estatísticas Anatel evidenciam isso: em abril, os acessos via pré-pagos chegaram a 148,9 milhões, 82,3% do total, com predominância no Norte (90,5%) e Nordeste (89,3%).

É na dinâmica da inclusão que a Oi apostou ao enveredar pelo negócio de cartões. A Oi Paggo tem uma estrutura similar à do Hipercard, reunindo as atividades de emissor, credenciadora e bandeira, com a diferença que todo o transacional se dá pelo celular. "Há uma parcela grande da população não bancarizada, a aceitação de cartão é restrita, a maior rede tem só 1,5 milhão de estabelecimentos e o correspondente é basicamente usado para pagamento de contas", diz o diretor-geral da Oi Paggo, Roberto Ritte. "O celular é o jeito com que a população de baixa renda está acostumada a interagir para gerenciar a conta pré-paga e a interação pode ocorrer da mesma forma com os serviços bancários."

Com 75 mil estabelecimentos credenciados e 250 mil usuários cadastrados ao Oi Paggo nos 21 municípios em que a Oi está presente, Ritte diz que essa é uma trajetória que pode até ser trilhada sem banco, mas reconhece que para a massificação do serviço seria necessário ter associação com outros players da indústria financeira e da área de telecomunicações.

Após o país ter fortalecido a malha de correspondentes e os esquemas de cartões, não há, entretanto, sentido econômico em se investir maciçamente em outro tipo de infraestrutura, pontua o diretor da Bradesco Cartões, Marcelo Noronha. "Não é o 'mobile payment' que vai bancarizar o Brasil, embora pagamento móvel e bancarização não sejam mutuamente excludentes", diz. O executivo não vê o celular como um meio que canibaliza a rede física e enxerga os serviços como complementares. "O 'mobile' soma, é um esforço adicional, mas não muda a curva de bancarização."

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Marketing 3.0. Ta preparado?


Apesar de não ser muito afeito a nomenclaturas com séries numéricas, como web 2.0, 3.0 e etc., confesso que um livro do gênero me chamou a atenção. Trata-se do “Marketing 3.0 de Hermawan Kartajaya, fundador e CEO da KarkPlus inc. e um dos “50 gurus que moldaram o futuro do Marketing”, segundo o Chartered Institute of Marketing, e Iwan Setiawan, da Kellog School of Management e Philip Kotler (dispensa apresentações), com prefácio luxuoso para a edição brasileira.

O livro traça a evolução do Marketing desde sua versão 1.0, baseado em produtos, passando pela fase 2.0, baseado no consumidor, para desaguar no que os autores denominaram de Marketing 3.0.

O movimento da “nova era” adotado pelas empresas lideres para alcançar os clientes que buscam produtos que satisfaçam suas necessidades mais profundas de criatividade, comunidade, idealismo, e com acesso à tecnologia, se deu em virtude da percepção de que as antigas regras do marketing não as ajudarão a fazê-lo.

A AMA - American Marketing Association criou em 2008 uma nova definição de Marketing já incluindo o interesse público no conceito:
“Marketing é a atividade, conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, oferecer e trocar ofertas que tenham valor para os consumidores, clientes parceiros e para a sociedade como um todo.”

Ao acrescentar “sociedade”, a nova definição reconhece que o marketing tem impactos de grande escala que vão além do que acontece nas negociações privadas entre indivíduos e empresas. Mostra também que agora o marketing está pronto para abordar as implicações culturais da globalização.

O livro ensina a como demonstrar sua relevância nessa comunidade global interconectada com o surgimento do marketing 3.0, ou a era voltada para valores. Em vez de tratar as pessoas simplesmente como consumidoras, os profissionais de marketing devem tratá-las como seres humanos plenos: com mente, coração e espírito.

Cada vez mais, os consumidores estão em busca de soluções para satisfazer seu anseio de transformar o mundo globalizado num mundo melhor. Em um mundo confuso eles buscam empresas que abordem suas mais profundas necessidades de justiça social, econômica e ambiental em sua missão, visão e valores. Buscam não apenas satisfação funcional e emocional, mas também, satisfação espiritual, nos produtos e serviços que escolhem.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

"Lojas grátis", onde cliente leva e não paga, chega a SP

Folha SP   
REF: Setor Varejo - Comportamento do Consumidor - Pesquisa de Marketing

por LEILA COIMBRA
 
Estabelecimentos oferecem produtos para teste e cobram em troca a opinião do cliente Primeira unidade será aberta na próxima semana; modelo de negócios está baseado na propaganda boca a boca entre os consumidores. O consumidor entra na loja, analisa, pega o que tem vontade e sai sem pagar pelo produto. Esse novo conceito varejista, que tem como moeda a opinião do consumidor, finalmente chega ao Brasil depois de ser sucesso em países como Japão, Espanha e Estados Unidos. A primeira loja brasileira desse segmento, a Clube Amostra Grátis, será aberta no próximo dia 11, na Vila Madalena, em São Paulo.
 
No mês seguinte, no dia 29, começa a funcionar, também na capital paulista, nos Jardins, a Sample Central. A estratégia é a seguinte: indústrias da área de alimentos, bebidas, cosméticos, higiene, vestuário e até de eletroeletrônicos expõem seus produtos que, na maioria, ainda não chegaram às prateleiras do grande varejo.
 
O consumidor leva para casa, experimenta e dá sua opinião. As novidades de eletroeletrônicos, porém, terão de ser "provadas" na loja. Nas duas lojas, o interessado deverá fazer o cadastro on-line e pagar uma taxa, que será única, de R$ 50, na Clube Amostra Grátis e anual, de R$ 15, na Sample Center. Depois o associado recebe uma carteirinha que dá acesso livre às próximas visitas e já pode consumir os produtos.
 
Na Sample Central, o cliente terá direito a levar até cinco produtos por visita, que devem ser previamente agendadas. Já na Clube Amostra Grátis, são cinco itens por mês. Em contrapartida, responderá a um questionário sobre cada produto utilizado, apontando defeitos, qualidades, pontos positivos, prós e contras.
 
Na verdade, é uma pesquisa de mercado para as empresas participantes, e elas pagarão às lojas por essas informações. "Em vez de investir R$ 60 mil em uma pesquisa de mercado tradicional, o empresário tem um "feedback" dos produtos de uma forma mais barata", diz Luiz Gaeta, sócio da Clube Amostra Grátis.Num primeiro momento serão expostos cerca de 80 produtos, mas o objetivo é ter nas prateleiras algo entre 160 e 200 itens para a escolha do cliente nos próximos meses, diz ele.
 
O investimento na loja, na Vila Madalena, será de R$ 2 milhões. A expectativa de faturamento anual é de R$ 3 milhões. Algumas marcas, como Nestlé, Telefônica, Locaweb, Plantronics, Góoc e Grupo Berton (área de cosméticos), aderiram ao Clube Amostra Grátis. A Sample Central, que investiu R$ 4 milhões no negócio, não revela as marcas que estarão disponíveis. Mas o gerente geral da empresa, o publicitário João Pedro Borges, adianta que haverá 150 produtos diferentes na loja a cada visita do associado, que já são 4.000. Dentre as opções de maior valor agregado para levar para casa estão calçados, bolsas de praia e adesivos decorativos de parede.
 
Produtos de menor preço, como cremes hidratantes e xampus, além de refrigerantes, massas e sucos, também estão entre as opções. Mesmo estreando um mês e meio depois no mercado, o gerente da Sample Central diz não temer a concorrência. O estabelecimento será uma franquia da rede internacional que leva o mesmo nome e nasceu em julho de 2007, em Tóquio. "Optamos por abrir uma franquia para nos beneficiar do know-how de um sistema que já tem aprendizado de três anos.
 
As visitas à nossa loja são agendadas para garantir que os produtos não acabarão, que as pessoas serão bem atendidas e para evitar filas", explicou. O publicitário explica que o modelo de negócios da loja grátis está associado a uma nova estratégia de marketing: o "tryvertising", expressão resultante da junção das palavras inglesas "try" (experimentar) e "advertising" (propaganda).
 
Segundo ele, no "tryvertising" a pessoa escolhe o que deseja testar e, exatamente por ter escolhido previamente, a divulgação boca a boca ou nas redes sociais tende a ser muito mais eficiente e positiva. No caso da loja em Tóquio, 76% das pessoas que experimentam o produto se tornam consumidoras efetivas quando esse item chega ao mercado, afirma. "Somos uma ferramenta de marketing que alavanca as vendas nas redes varejistas. Nós não vendemos nada", define.