A disputa presidencial brasileira, pela polarização dos dois
candidatos, mais parece uma final de campeonato brasileiro de futebol com torcidas
emocionais e muitas vezes violentas.
Só que não se trata de futebol.
O que está em jogo pode parecer ser apenas o resultado do
dia 26, mas não é só isso! também o futuro de um país está em jogo. Muitos não
sabem, mas o pensamento ideológico de um candidato é antagônico ao do outro. Ou
seja, não será trocando Dilma por Aécio que teremos um paraíso. Não digo isso
porque acredito mais no modelo de Dilma, mas digo isso porque com a saída de
Dilma não se apagarão os graves problemas a serem enfrentados de um dia para o
outro. Se Aécio for vitorioso, toda a política de governo mudará.
Mudança representa um plano de ação, uma estratégia de
governo, e não apenas uma palavra vazia ou uma pessoa. Não será apenas a troca
do mandatário maior do país, mas toda uma política de governo para educação, saúde,
investimento em infraestrutura, política externa e etc.
Capital Vs Social, estes dois são os times que estão em
campo. De um lado, a distribuição de renda e de outro, o mercado. Posso falar
isso porque, diferentemente de um cenário com Marina, que pregou uma terceira
via, Aécio representa um modelo que já foi testado e Dilma, um modelo que ai
está.
A frente do BC, Arminio Fraga, futuro ministro da fazenda de
eventual governo Aécio, deixou o governo FHC em 2002 com inflação de dois dígitos
e dólar a quase R$ 4, além do risco Brasil avaliado pelas agências
internacionais, de cócoras. Com o “lobo
de Wall Street” novamente à frente da economia do Brasil, o PSDB não passará de
um cavalo de tróia em cuja barriga estufada se acomodará a galera do rentismo
travestido de defensores da “responsabilidade fiscal”, com arrocho salarial,
altas taxas de juros e poucos investimentos públicos.
Quanto ao governo do PT, os números falam por si e não adianta
muito citá-los novamente aqui, mas gostaria apenas de ressaltar que o Brasil
enviou milhares de estudantes para estudar no exterior com tudo pago. Boa parte
das instituições de ensino privado do país tem a maior parte de suas receitas
oriundas de repasses do governo federal em razão do PROUNI, FIES e etc. Foram
mais de 400 Institutos Federais, mais de 20 novas universidades Federais em
contrapartida quase nada do modelo neoliberal de FHC, que Aécio quer repetir.
Nesta eleição, até o Zé Dirceu estaria no segundo turno
contra Dilma. A maior parte dos eleitores de Aécio não vota nele, mas contra o
PT. Algo como torcer para que outro time vença para que o seu seja favorecido
no campeonato. Todo esse ódio destilado pela grande mídia é resultado da incompetência
do atual governo em não criar a lei dos meios por uma imprensa livre e democrática.
De qualquer forma, ganhe quem ganhar, será uma escolha de
modelo econômico. Será uma escolha democrática do ponto de vista das urnas, mas
certamente a eleição acintosamente mais criminosa de todos os tempos pela falta
de isenção da mídia, dos organismos de pesquisas e de parte do judiciário.
Sendo Dilma ou Aécio, estarei aqui e continuarei com meu
ideal de esquerda. Tudo parece ser cíclico e se tiver que passar por um novo
ciclo de privatizações, altas taxas de juros e desemprego, apenas para se manter
a taxa de inflação dentro da meta, que seja e toda a sorte do mundo para o
Brasil.
#Dilma13
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