Por Thiago Borges do B2B Magazine
Seguir rigidamente as metas pré-estabelecidas no início do negócio é uma das principais causas de mortalidade das empresas nascentes. Essa é a conclusão de um estudo realizado pelo Ibmec São Paulo com base no cadastro de quase duas mil empresas listadas na Junta Comercial de São Paulo (Jucesp) abertas entre 1999 e 2006...
O resultado foi apresentado na última quinta-feira (11/12), no primeiro debate sobre Pequenas e Médias Empresas (PMEs) promovido pela B2B Magazine, com coordenação do Ibmec São Paulo e apoio do Sebrae-SP.
“Estabelecer objetivos e metas aumenta as chances de fechamento porque reduz a capacidade de adaptação da empresa nascente”, explica Marcos Hashimoto, diretor do Ibmec São Paulo. “O risco pode ser muito alto porque o grau de incerteza é alto também. Empresas nascentes precisam de margem para manobra”.
Durante o debate, foram apontados os principais fatores para manter a sobrevivência dos novos negócios. O estabelecimento de metas está dentro do fator “práticas gerenciais”, que é o principal diferencial entre as empresas que sobrevivem e as que fecham as portas.
Dentre as práticas, estão ações como a busca de informações para tomada de decisão ou a antecipação de acontecimentos. Em menor escala, estão os capitais social e humano, com destaque para o grau de escolaridade do empreendedor e a experiência de familiares com negócios similares.
O risco de criar metas causou polêmica entre os pequeno e médio empresários presentes no debate. Porém, eles assumiram que a mudança de rumo se tornou fundamental em determinado patamar do negócio.
“Quem foca demais perde oportunidades. O mesmo ponto que faz o empresário se perder, que é o excesso de focos, pode abri oportunidade para ele enrijecer o seu core business”, aponta Marcos Monteiro, presidente da Total Express Transportes.
“Sempre fomos muito otimistas nos nossos objetivos, mas tivemos que parar para refletir sobre alinhamento dos negócios. A concorrência tinha diferencial superior aos nossos produtos”, destaca Mituru Mori, gestor de governança da Embalagens Jaguaré.
Para explicar o risco de estabelecer metas, Hashimoto utiliza a chamada teoria da próxima curva. “As PMEs podem até estabelecer um caminho, mas não é um caminho reto. É um caminho sinuoso. Ou seja, ela não contempla todo o caminho, só enxerga a próxima curva. Portanto, deve estabelecer metas até a próxima curva”, observa.
O debate sobre o assunto continua no fórum virtual criado pela B2B. Para participar, acesse clique aqui, cadastre-se e aguarde confirmação que será enviada pelo e-mail. Após a confirmação, você poderá comentar e criar tópicos de discussão.
----------------
Uma observação muito pertinente. o que voces acham?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário.