quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O e-commerce está mudando


O boom do comércio eletrônico varejista que se deu há alguns anos evidenciava duas coisas:
- O rápido crescimento das vendas online;
- A maior fatia do mercado online para as grandes redes.

Em relação ao primeiro item não existem mais dúvidas, salvo alguns setores que têm especificidades mais complexas de se resolver como o do vestuário e a padronização nos tamanhos de peças, deixando as vendas de roupas online patinando em relação às vendas convencionais. Entretanto, só para exemplificar, setores como os de eletroeletrônicos, informática e celulares crescem rapidamente.

Já quanto às grandes redes como Americanas.com, pioneira brasileira que abocanhou a concorrente Submarino.com, a situação tende a ser diferente do que acontece no mundo de cimento e tijolos, onde buscamos otimizar nosso concorrido tempo indo aos shoppings ou grandes redes como o Wal-Mart para comprarmos tudo que precisamos no mesmo lugar, e muitas vezes até o que não precisamos comprar só para “aproveitar o passeio”.

Além da grande variedade de produtos, comprar na Americanas.com tinha vantagens adicionais como menor preço e grande número de opções na tela do computador, sem contar o estímulo do menor frete VS o maior número de itens comprados. Ou seja, o paraíso do consumo na ponta dos dedos.

Você agora deve estar se perguntado: Ta, e o que mudou?

Vamos lá!

Hoje se quero comprar um mimo diferente, vou ao segredodovitorio.com.br.
Se procuro por uma camiseta personalizada, vou na camiseteria.com.br
Um livro, informação sobre carros, motos...Enfim, sobre tudo, basta procurar os melhores com alguns cliques.

Nicho, interação e conteúdo. Isso está mudando a cara do e-commerce.

Além da natural “frieza” de sites como o da Americanas.com, eles passam por problemas logísticos devido ao grande volume de vendas de toda sorte de objetos, tendo que gerenciar de maneira ótima a relação com seus fornecedores de produtos e de entrega (os correios já sinalizam problemas com encomendas), o que, principalmente em épocas comemorativas, não vêm atendendo às expectativas dos consumidores, como eu, que, imaginem, fiz uma compra e tive a infeliz surpresa de ver estampado no site o prazo de 19 DIAS ÚTEIS para a entrega das mercadorias, que mesmo assim não aconteceu.

Quanto menor o nicho maior a chance de sucesso. Acredite, esta é uma realidade que vai se aprimorar e abrir muitas portas para pequenos e criativos empreendedores. Seja especialista num determinado serviço ou produto, forneça o máximo de informações possíveis e, principalmente, interaja com seu público nas mídias sociais, por meio de e-mailmarketing ou qualquer outra forma de comunicação que ele exigir. Se tiver reclamações (e reze para que apareçam) trate-as com empatia e resolva as demandas tempestiva e satisfatoriamente, e se der, surpreenda o cliente com um “plus” compensatório para forma um time de evangelizadores da sua marca.

Resumo da ópera, as grandes corporações do mundo online vão perder em produtividade pela falta de foco, pela falta de interação e pela falta de assunto, mas continuarão como no mundo real a brigar com os concorrentes no quesito preço para manter o share-of-market; diferentemente dos “pequenos prodígios” que se valem de criar valor para crescer.

Este é o derradeiro post de 2009.

Espero ter 2000 + 10 motivos para continuar escrevendo e continuar contando com a atenção de vocês em 2010.

Deixar ir.

“Todas as coisas neste mundo e nesta vida surgem e se vão à vontade delas. Permita que o Caminho dirija os caminhos e deixe ir seus próprios apegos. Esta é a maior das liberações. Nem mesmo à vida devemos nos apegar, mas deixá-la ir, e então seremos capazes de viver livremente”
. - Shinnen akemashite omedeto gozaimasu

Fique com o vídeo do REM, Man On The Moon. Mott the Hoople e o Jogo da Vida - , como demonstração de que a simplicidade da ferramenta é a força motriz do YouTube, o gigante que começou pequeno dentro dos conceitos citados acima, aproximando o artista do seu público.




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