quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Torne-se um "Skunk"

Tom Peters, o guru mais inovador em Gestão Empresarial e co-autor do “Vencendo a Crise”, é defensor da “revolução perpétua”. Ensinando às empresas a como sobreviver e ter sucesso em um mundo cada vez mais confuso.

A oportunidade agora está em aproveitar os momentos de instabilidade – isto é, criar oportunidades a partir das descontinuidades de um mercado turbulento,” – Tom Peters

Peters diz que as lições do fracasso são inestimáveis, mas apenas se você souber aprender com ele – e agir. O modo de lidar com as falhas é perguntando-se por que elas ocorreram.

Reflexões sobre o fracasso

Quais as causas das decisões e ações equivocadas?
Por que as relações com os clientes estão em segundo plano?
O que e quem são os responsáveis pela burocracia, pelo excesso de pessoal e pela pouca eficiência da empresa?
Por que as pessoas produzem menos do que poderiam?
O que impede idéias inovadoras e ações empreendedoras?
O que e quem são os responsáveis pela falta de foco em valores e atividades centrais?
O que mantém os controles desnecessários e excessivos?

Identificando as raízes

Tente identificar onde está a origem do fracasso. Sua reação instintiva será a de culpar o gerenciamento – e você é parte dele.
Avalie aspectos específicos. Algumas explicações possíveis podem ser:

- Excesso de níveis de gerenciamento
- Insistência no conceito “esse é o modo como agimos aqui” e consequente resistência a mudanças e a reformas
- Recompensas e elogios à equipe não levam em conta a satisfação do cliente
- Ignoram-se as idéias da equipe sobre como melhorar o trabalho
- Clima de temor penaliza e desestimula as iniciativas
- A equipe não participa do desenvolvimento de projetos
- As regras e os controles financeiros predominam e inibem os processos gerenciais.

Superando os fracassos

Você pode pensar que as causas básicas do fracasso estão fora de seu controle. Peters não concorda com essa saída. Se você não é um “skunk”, um destruidor de regras, um inovador, por que não se tornar um? Sempre é possível aprender a ser.

Se você não se esforçar para se tornar um “skunk”, não pode se queixar da empresa “burocrática e enfadonha” na qual atua. Espera-se que a atitude parta de seus superiores, a empresa (e seu trabalho) corre o risco de entrar em crise antes que algo aconteça.

TORNE-SE UM “SKUNK”

- Se necessário, quebre as regras para alcançar o que deseja.
- faça várias tentativas até encontrar o melhor modo de agir.
- Procure e junte forças com pessoas de pensamento semelhante.
- Se julgar que as decisões ou atitudes escolhidas estão erradas, desafie-as.
- Seja um agente de mudança.

O contrário da burocracia é a inovação. Saiba tolerar uma dose de desorganização. Tente encontrar atribuições no que Peters chama de “grupos descentralizados”, nos quais se pode aplicar mais liberdade do que controles. Peters acredita que os inovadores agem melhor quando estão em liberdade (em unidades separadas, ou “skunkworks”) para seguir algumas regras anárquicas de um “skunk”:

- Estimule a incerteza, a ambigüidade e a desordem.
- Faça, refaça e torne a fazer tentativas.
- Tente agora.
- Escolha líderes para equipes pequenas.
- Selecione “clientes líderes” com os quais possa inovar.

Seja corajoso: você nasceu em tempos felizes. Hoje, os “skunks” têm mais chance de vencer – e correm menos riscos de serem demitidos.

Paulo Rubini - Consultor de Empresas

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