sexta-feira, 29 de agosto de 2008

CAIXA supera ITAÚ em adesão da marca

Pesquisa realizada pela Top Brands Consultoria e Gestão de Marcas para a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) inclui a Caixa no ranking de marcas com mais defensores (fidelidade ou adesão), com 68% de indicações no universo pesquisado. O Itaú ficou com 29% do resultado como marca mais lembrada.

Os resultados da pesquisa apresentados no Fórum Internacional ABA Branding 2008, ontem (27), em São Paulo, confirmam que as marcas líderes continuam no topo da lembrança dos consumidores e também na sua preferência de compra, mas é cada vez mais difícil manter essa dianteira.

A pesquisa ouviu 1.640 pessoas, por telefone, nas capitais São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Salvador. Dezessete categorias de produtos e serviços foram avaliadas em dois tópicos: lembrança de marca e fidelidade (ou adesão) à marca. Este último mede quanto o consumidor recomenda e defende determinada marca.


Veja o ranking das empresas:

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A verdade sobre Responsabilidade Social Empresarial.

Michael Porter, guru das estratégia competitiva, fala da questão da ética empresarial da seguinte forma:

Na medida em que a qualidade, preço e produtos acabam se tornando muito semelhantes entre as empresas, abre-se espaço para que clientes e consumidores façam suas opções com base num diferencial.”

Esse diferencial é a CREDIBILIDADE

Vivemos num momento em que a má reputação pode gerar graves problemas para sua empresa. Nesse contexto, empresas éticas têm grande vantagem. Estudos recentes apontam que elas podem ter rentabilidade crescente e maior facilidade para atrais e reter profissionais talentosos, pois, para eles, é muito mais interessante e estimulante trabalhar numa empresa reconhecida publicamente.

Essa nova realidade de mercado faz com que as empresas invistam em outros atributos hoje essenciais, além de preço, qualidade e produto, como:

  • Confiabilidade
  • Serviço de pós-venda
  • Produtos ambientalmente responsáveis
  • Relacionamento ético com seus consumidores, fornecedores e varejistas
  • Valorização de práticas ligadas ao ambiente interno, como a política adotada em relação à segurança de seus funcionários ou produtos e à qualidade e preservação do meio ambiente.

Em recente pesquisa realizada pela InterScience, publicada pela revista Carta Capital, foram identificados, com empresários, sindicalistas, políticos, imprensa e empreendedores sociais, os FATORES MAIS RELEVANTES NA ATUAÇÃO SOCIALMENTE RESPONSÁVEL, abaixo descritos segundo a ordem de importância apresentada pela pesquisa:

· Respeito ao consumidor

· Ética e transparência

· Cumprimento das obrigações fiscais

· Postura não discriminatória

· Proteção ao meio ambiente

· Qualidade no ambiente de trabalho

· Compromisso com o desenvolvimento do país

· Compromisso com Recursos Humanos

· Qualidade na gestão dos investimentos sociais

· Relacionamento com os parceiros fornecedores

Segundo o Instituto Ethos, as principais características de uma empresa socialmente responsável são:

  • Transparência
  • Estabelecimento de compromissos
  • Envolvimento com instituições que representam interesses variados
  • Capacidade de atrair e manter talentos
  • Alto grau de motivação e comprometimento dos empregados
  • Capacidade de lidar com situações de conflitos
  • Estabelecimento de metas factíveis de curto e longo prazo

Portanto, RSE é a forma de gestão ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona (stakeholders). É o estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, com a preservação dos recursos ambientais e culturais. É ter respeito à diversidade e promover a redução das desigualdades sociais. Fonte Instituto ETHOS

Eu vou continuar neste assunto falando sobre as diferenças entre RSE e ações sociais.

Paulo Rubini, Consultor de Empresas.


domingo, 24 de agosto de 2008

Palestra na AMCHAM Brasil/BH

Público atento e seleto de empresários, estudantes e consultores, no seminário promovido pela Câmara Americana de Comércio (AMCHAM Brasil/BH).

Eu seria o segundo a falar, mas como o Wagner se atrasou, fui o primeiro.

Paulo Rubini(E) e Wagner Martins (D)

Desenvolvi uma equação simples para o entendimento da satisfação do cliente, e esta foi a razão do meu painel.


A base foi este artigo.

Fiquei muito satisfeito com a reação das pessoas presentes e àqueles que quiserem obter os slides de minha apresentação basta enviar-me e-mail que terei o maior prazer em compartilhar.


Após a minha apresentação foi a vez do Wagner Martins, da agência Espalhe, a primeira agência de Marketing de Guerrilha do país, tendo como clientes empresas como Coca-Cola e Brastemp, demonstrando que o MKT de Guerrilha é uma realidade irrefutável.

Wagner fez uma rápida e objetiva explanação sobre o fato de os consumidores não estarem mais acreditando em propaganda e não confiando mais na publicidade tradicional.

Wagner, para os desavisados, é o Mr. Manson do site cocadaboa (das antigas!).

Também falou sobre técnicas de guerrilha como o PR Stunt e o Ambush Marketing ou emboscada e sobre o marketing invisível em redes sociais como o orkut, afirmando que o caminho para explorar blogs como mídia é justamente atuar nesse ciclo:

Primeiro: fazendo a água aqui da terra (o assunto que você semeou) se aquecer e virar vapor, subir aos céus (ao conhecimento da mídia de massa). Com sorte, isso vira chuva e molha todo mundo (todo mundo mesmo, não só aquele nicho que você trabalhou para aquecer este assunto).

Segundo: fazendo o seu conteúdo de massa cair como chuva e frutificar nos terrenos certos. É fazer a sua propaganda de massa fazer sentido e mobilizar algum nicho. A mídia de massa é capaz de comunicar, mas a mobilização você só consegue trabalhando os nichos.

Do nicho podem surgir argumentos que desacreditam qualquer campanha de massa. Usei o exemplo do Bradesco e sua campanha “Banco do Planeta”. Outro dia entrei em uma agência e vi uma faixa: “Financie seu carro no Bradesco e ajude a preservar a Mata Atlântica”. Achei a mensagem um tanto quanto contraditória: como ajudar o meio ambiente colocando mais um carro nas ruas? Enfim, nada de mais, só um argumento, surgido na cabeça de um individuo. Mas se eu jogo isso nas mídias sociais e este argumento convence mais pessoas? Estas pessoas vão acreditar na campanha milionária do Bradesco ou vão precisar de argumentos mais convincentes do que a voz do Wagner Moura e imagens bonitas da Amazônia em um comercial de 30 segundos?

Temos que repensar o RP, para que transforme a comunicação de empresas em assunto, não apenas em releases para imprensa, comunicados aos investidores e facilidades para vips.

Temos que repensar a publicidade
. Ela não deve só comunicar nossos atributos sensacionais. Precisa argumentar, convencer e mobilizar.

E a resposta final: Como usar a blogosfera como mídia? Crie assuntos. Converse. Convença. – (Trecho trazido do Blog de Guerrilha, mas que foi repetido na íntegra no painel).

A presença mais esperada do evento, Ricardo Nunes, da Ricardo Eletro, não se concretizou por razões pessoais e, em seu lugar, compareceu o também competente empresário e consultor Alexandre Freire, que têm como clientes empresas do porte da Petrobrás e Perdigão.

Parece que o dia era de fórmulas.

O Alexandre também apresentou uma fórmula para medir a qualidade do atendimento:

QUALIDADE = PROCESSO + RESULTADO.

Segundo a equação, todo o processo de atenção ao cliente até o resultado da negociação é importante. Se você errar durante o processo possivelmente não terá uma segunda chance de acertar, mesmo tendo um resultado satisfatório; o que, segundo Alexandre, não acontece quando você erra no resultado e acerta no processo.

Resumidamente, é a filosofia do CRM - Gestão do Relacionamento com o Cliente apresentado de modo pessoal pelo palestrante.

Muito bem humorado, Alexandre cunhou a sigla L.T.C - LEVANTAR O TRASEIRO DA CADEIRA. Todo executivo deve aplicar o L.T.C e fazer as coisas acontecerem. Deve ir a campo e ver de perto tudo o que acontece com seu negócio.

Foi uma promoção muito bacana que a AMCHAM BH realizou, e gostaria de agradecer pela excelente acolhida recebida dos mineiros, em especial ao Tomaz Procópio, Sênior de Produtos e Serviços da AMCHAM.

Até a próxima.

Paulo Rubini, Consultor de Empresas.

sábado, 16 de agosto de 2008

Aplicação do Marketing vive dicotomia e erro de estratégia

Recomendo a leitura de entrevista concedida pelo professor Francisco Gracioso ao Mundo Marketing.

Destaque:

A questão do retorno do investimento em Marketing tem que ser mostrada cada vez mais. Como fazer isso?


Não importa o que eu digo. Aí fora, o retorno é o lucro obtido com o investimento feito em comunicação, propaganda ou seja lá o que for. Se alguém está gastando R$ 30 milhões no patrocínio de um grande evento, ele quer que, no final, o lucro líquido de uma determinada linha de produtos aumente em R$ 30 milhões e mais alguma coisa.

Mas não deveria ser assim, senão você não consegue medir a verdadeira eficiência da propaganda. Ela é uma arma destinada a mudar ou reforçar atitudes mentais. Isso se reflete no chamado share of mind. Se esses R$ 30 milhões mostrarem como resultado um aumento do share of mind de uma marca de 25 a 37%, isso para mim seria a prova de que a campanha deu certo.

Resta saber por que esse aumento de 12% do share of mind não resultou em vendas 12% maiores. Talvez algum outro elemento do Marketing não tenha funcionado. O preço talvez não estivesse correto, o produto não correspondia à promessa feita, a distribuição não ajudou... Isso que faz com que o Diretor de Marketing só fique dois anos no cargo. E o Diretor de Produção, que provavelmente é o verdadeiro culpado por estar produzindo com altos custos, continue na função por mais 25 anos.


Paulo Rubini, Consultor de Empresas.

domingo, 10 de agosto de 2008

Seminário de Marketing em BH

Amigos, participarei de um seminário de Marketing promovido pela AMCHAM Brasil em BH, dia 21/8.



Programação:

8h - Welcome Coffee e Credenciamento

8h30 - Painel I: Marketing de Guerrilha - Wagner Martins (Agência Espalhe)

9h30 - Fórum de debates

9h45 - Painel II: A Fórmula de Satisfação do Cliente - Paulo Rubini (www.mkt360.com.br)

10h45 - Fórum de debates

11h - Coffee Break

11h30 - Painel III: Marketing de Varejo - Ricardo Nunes (Fundador da Ricardo Eletro)

12h30 - Fórum de debates

12h45 - Encerramento

Se estiver por lá me avise.

O Ranking da tirania

A pesquisa Stanton Chase/Grupo Foco mostra um interessante ranking das características dos chefes difíceis mais rejeitadas pelos subordinados.

Pelo menos 46% de todos os profissionais entrevistados, das diversas gerações e países latino-americanos, reclamaram de já ter tido chefes difíceis, e a proporção aumenta com o tempo no mercado. Isso reflete a prevalência, nos gestores, de um modelo mental condicionado pela visão da humanização da gestão, segundo a pesquisa Stanton Chase International/Grupo Foco.

A amostra pesquisada foi de 4.514 profissionais do Brasil, Argentina, Chile, México, Equador, Colômbia, Venezuela e Peru, representantes de cinco gerações na ativa -seniores (50 anos e mais), geração X (entre 40 e 49 anos), céticos (entre 30 e 39 anos), geração internet (entre 25 e 29 anos) e juniores (menos de 24 anos).


O ranking da tirania.


Nunca admitir seus erros ou pedir desculpas: 62%

Transmitir desprezo ou humilhar os subordinados: 54%

Não dar feedback: 51%

Ser ditatorial: 51%

Não se preocupar com a comunicação: 46%

Nunca ficar satisfeito com o trabalho dos subordinados: 45%

Não saber delegar tarefas: 41%

Preocupar-se somente com a própria carreira: 41%

Tomar para si o mérito de idéias e inovações de outros: 40%

Nunca ser gentil: 35%

Nunca elogiar: 34%

Manipular: 34%

Mentir: 30%

Demitir sem explicar com franqueza as razões: 20%

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Ser vítima da moda ou ter estilo?

Hoje quero apresentar-lhes uma amiga de muita competência: Lorena Bragatto. Além de escrever muitíssimo bem, Lorena é jornalista, apresentadora de TV e Assessora de Imprensa.

O artigo sacado de um site sobre comportamento, onde é articulista, revela o lado cruel da escravidão da moda.


Vamos a ele.

A moda é composta de diversos estilos influenciados por vários aspectos. É abordada como um fenômeno sócio-cultural que expressa os valores da sociedade - usos, hábitos, costumes de um determinado tempo.

Uma imagem construída com inteligência e charme ajuda na comunicação com o outro, incorpora confiança, e não é apenas uma questão de vaidade, mas de sobrevivência. Porém, poucas pessoas têm segurança suficiente para parecerem sofisticadas sem exagerar. Um dos maiores erros que cometem em relação à roupa é querer mostrar tudo o que possuem de uma só vez. Para estar bem vestido e bonito não necessariamente precisa-se de etiquetas e nem de estar “inteiramente” na moda.

Quando uma pessoa se torna escrava da moda é provável que esteja faltando algo a seu senso de identidade. Há pessoas que compram suas roupas “inteiramente” baseadas nas tendências das passarelas, e quando a atenção às tendências supera o bom senso ou até o bom gosto, uma consumidora de moda pode, com muita facilidade, tornar-se vítima da moda.

O estilista dominicano Oscar de la Renta, foi quem, há anos, cunhou a expressão “vítima da moda” numa entrevista à conceituada revista W - “Vítima da moda é a pessoa que permite que a vestimenta eclipse sua personalidade, normalmente quando exercem esta condição estão lidando, inconscientemente, com a baixa auto-estima, insegurança sexual, competição, inveja”. Segundo psicólogos, grande parte das pessoas lida ou já vivenciou esses sentimentos algum dia. Valentino, estilista italiano, disse que “ser vítima da moda ou seguí-la de tal maneira que todos os outros aspectos da vida se tornem secundários é um erro enorme”.

Temerosa de que, se não lançar mão de determinados estereótipos não será aceita pelos outros, a vítima da moda fica “exageradamente” ligada no que as outras pessoas irão pensar de sua roupa, jóia, sapato...Com isso despreza o conforto, e até mesmo a originalidade.

O desejo incessante de “estar” com estilo é, na verdade, o desejo de ser levada em conta. A preocupação da vítima da moda não é a de que sua roupa a valorize, mas a de que esteja “na moda”. Ousar com qualquer coisa fora dos padrões, para ela é por demais ameaçador. Estilo é algo que não se “está” com ele, é algo que “se tem” ou “não se tem”, e não se compra! Segundo o estilista Tom Ford: “moda é muito diferente de estilo, quando você encontrar o que lhe fica bem, seja fiel ao gênero”. E o dicionário Houaiss está aqui para nos confirmar - “Estilo: maneira particular de se expressar, de se vestir, de viver...”, e mais ainda, uma das mulheres mais elegantes do país, Costanza Pascolato, fala em seu livro “O Essencial” que: “Não é a roupa que veste você, é você que veste a roupa. Modas passam, mas o estilo permanece”.

A compulsão de copiar uma imagem mercadológica idealizada é como que um retorno à adolescência, época em que é normal buscar aprovação dos semelhantes e lutar para se “encaixar” no grupo. Nesse estágio da vida, a personalidade ainda não está plenamente desenvolvida e a associação com os colegas sustenta o sentido de identidade. Infelizmente, muitas pessoas permanecem, sob o ponto de vista emocional, subdesenvolvidas mesmo depois de atingirem a idade adulta. Continuam precisando “desesperadamente” de aprovação externa, e estar perfeitamente dentro dos padrões pré-determinados pela moda parece ser uma boa maneira de conseguir isso.

Adoro o poder que a moda tem de se, e de nos reinventar, portanto, não se trata aqui de levantar bandeira a favor do desleixado ou “out fashion”, penso até que esta também é uma maneira que algumas pessoas usam para chamar a atenção de algo ou de alguém, mas, sobretudo, sou a favor do bem estar, de se sentir bem dentro da roupa: como pode alguém se achar atraente e estar confortável com o botão da calça a ponto de estourar, ou a costura “pocar” de tão apertada? Bem disse um dia Coco Chanel, estilista francesa - “O luxo tem que ser confortável ou não é luxo”.

É preciso preencher nossos vazios pessoais nos valorizando, aceitando e trabalhando o que há de melhor em nós, seja no físico ou nas atitudes. E, sobretudo, procurarmos alcançar satisfação em tudo que temos e fazemos, nossos empreendimentos, nossas relações... Quando aprendermos a apreciar nossas qualidades “únicas” e a gostar de quem somos, não vamos mais travar lutas com nós mesmos. Em vez disso, vamos fazer emergir um estilo unicamente nosso, digo, o próprio de cada um. O compasso ideal de moda deve vir de dentro de cada pessoa, ou seja, saiba extrair da moda o que ela possui que melhor lhe cai bem. Quando você tomar consciência disso, vai se orgulhar da sua estética e, dentro dos limites do bom gosto, irá projetar a pessoa que você verdadeiramente é, e será mais livre e feliz! Boa sorte e sucesso nas suas escolhas!


Fonte


domingo, 3 de agosto de 2008

A classe C acredita que a comida de casa é mais confiável que a da rua

MULHERES E CLASSE C SÃO OS QUE MENOS COMEM FORA
Valor Econômico - 25/6/08

Os homens da classe A são o público mais habituado a freqüentar restaurantes. A classe C acredita que a comida de casa é mais confiável que a da rua. E a pizzaria é, de longe, o lugar mais procurado quando bate a vontade de deixar forno e fogão desligados. Estas são as principais conclusões da pesquisa encomendada pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) ao instituto Ipsos para identificar os hábitos de alimentação fora do lar (food service) em restaurantes. O Ipsos ouviu 700 pessoas das classes A, B e C nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo, na segunda metade de 2007. A amostra representa um universo de 10,2 milhões de pessoas com mais de 15 anos.

De acordo com o levantamento, 69% dos entrevistados costumam comer fora pelo menos uma vez por mês. "Esse resultado é maior do que o da pesquisa anterior, feita no segundo semestre de 2005, quando 56% dos entrevistados tinham esse hábito", diz Amílcar Lacerda de Almeida, gerente do departamento de economia da ABIA. Apesar do aumento da freqüência nos restaurantes nos últimos dois anos, Almeida avalia que há muito espaço para crescer na classe C e também entre as mulheres, uma vez que 38% e 34% dos dois públicos, respectivamente, não costumam comer fora. "A meta é fazer com que o mercado atinja o patamar da classe A, onde apenas 6% não têm o costume de se alimentar na rua", diz o executivo.

O mercado de alimentação fora do lar movimentou R$ 106 bilhões em 2007, segundo a ABIA, enquanto que o faturamento da indústria com o food service foi de R$ 50,3 bilhões. Almeida acredita que tanto fornecedores quanto varejistas vão diminuir as margens de ganhos e aumentar a produtividade para manter a curva ascendente. Esta seria a forma de enfrentar a recente alta das commodities agrícolas que impactou o preço dos alimentos e, conseqüentemente, do menu. "Ninguém está disposto a perder vendas", afirma.